domingo, 20 de fevereiro de 2011

Segundo o Cinform, Estado de Sergipe deixou faltar medicamento essencial (Somatropina GH - hormônio do crescimento) para atender paciente carente.

Nota C&T:
Não quero aqui atribuir culpas, mas fazer um comentário preciso.
Quem conhece o mínimo de gestão de logística, inclusive caseira, por exemplo: a compra do café, arroz, feijão no mercadinho, tem competência para saber para quantos dias aproximadamente o que tem em sua dispensa será suficiente.
No caso do CASE, precisamos saber se os diversos fabricantes deixaram de fornecer o GH para o Governo de Sergipe ou foi falha de gerenciamento nas compras. Não quero nem falar na questão licitação pública, pois sabemos que ao final do ano sempre tem saldo licitado para ser empenhado. Não me digam que licitaram menos do que a demanda previsível, além da flexibilidade prevista em lei!
No final do ano passado, a relação do Governo de Sergipe, assim como de muitos Estados da Federação, foi complicada com os fornecedores de medicamentos e outros produtos de saúde. Os atrasos nos pagamentos aos fornecedores foram muitos.
Não adianta estatísticas nesta hora, para a família da Sra. Rosangela Pereira Cardoso Moura a falha do setor de compras para o CASE foi 100%. Esta é uma questão típica para sociedade buscar amparo junto ao Ministério Público.
Não tenho dúvida, que sob determinação de uma autoridade competente em caráter de urgência, o Estado providenciará o produto em até 5 dias, salvo falta no fabricante, afinal, o Brasil depende na sua grande maioria de substâncias importadas, infelizmente estamos muito longe de ser um país independente na produção de substâncias  básicas para o dia a dia. Temos que importar praticamente tudo, mesmo caminhando para ser um dos maiores mercados consumidores de medicamentos do mundo.
Nota postada por Teófilo Fernandes.

Mãe se desespera alegando que filha não recebe medicamentos do Case 

Rosangela Pereira Cardoso Moura é mãe e está desesperada. Há mais ou menos dois meses não consegue receber do Centro de Atenção à Saúde – CASE-  a medicação somatropina GH para garantir a continuidade do tratamento hormonal da filha de 15 anos. A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde informa que o remédio já está disponível desde sexta-feira e que faltou medicamento durante um mês. Funcionários já estão ligando para os pacientes informando.
Os usuários pretendem se unir e buscar a intervenção do Ministério Público Estadual para garantir a continuidade dos tratamentos.“Tenho buscando informações diariamente no CASE. Além de mal atendida, não consigo saber nenhuma previsão de quando a minha filha vai poder retomar o tratamento”, reclama Rosangela, que se esforça para se manter no trabalho e garantir uma aplicação injetável diária do hormônio na adolescente.
A  filha de Rosangela é portadora de uma síndrome rara, a Síndrome de Taner, uma anomalia genética, de caráter fenotípica, manifestada apenas em meninas e com incidência de uma portadora a cada grupo de cinco mil.
“Desde os 11 anos, minha filha recebe cerca de 15 ampolas mensais para um tratamento continuado. As aplicações precisam ser de uma injeção de ½ ampola de hormônio diária. Conforme orientação médica, não pode haver interrupção das aplicações porque o estado clínico da paciente regride com a baixa hormonal pela falta das aplicações”, clama Rosangela.
 A mãe não tem condições financeiras para custear o tratamento, visto que, o custo mensal da medicação seria equivalente a R$ 2 mil/mensais.  “Eu já sou obrigada a pagar as 30 seringas de silicones mensais não fornecidas pelo CASE”, revela a mãe.
Desde que iniciou o tratamento, há quatro anos, a filha de Rosangela tem apresentado melhora, manifestando atualmente idade óssea de 13 anos. Segundo diagnóstico médico, a adolescente depende das aplicações até atingir a idade óssea de 15 anos. A Secretaria de Saúde informou que faltou o medicamento dia 11 de janeiro e que 11 de fevereiro já estava com tuso normalizado.
Síndrome de Taner - se caracteriza pricipalmente por baixa estatura; órgãos sexuais, como ovários e vagina, além das mamas, subdesenvolvidos por carência de hormônios sexuais; tórax largo e pescoço alado; com maior frequência para problemas renais e cardiovasculares; e a  portadora é quase sempre estéril em decorrência dos ovários não produzem óvulos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário