terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Indústria Farmacêutica em Portugal prova seu poder sobre o Presidente Cavaco.


Nota de C&T referente a matéria postada abaixo do quadro.
Imaginem como foi no Brasil há11 anos o esforço da Indústria Farmacêutica para impedir a estabilização dos Genéricos.
Bem que os portugueses poderiam avaliar os benefícios dos Genéricos para os brasileiros, indústrias nacionais e também multinacionais. Claro que os Genéricos incomodaram muito os detentores de marcas, mas estes encontraram alternativas e hoje o Brasil tem um dos mercados mais atrativos do mundo. Outros fatores têm contribuído para esta melhora do mercado, mas os Genéricos marcaram duas fases do mercado farmacêutico brasileiro, antes e depois deles.
Nota postada por Teófilo Fernandes.

Indústria Farmacêutica congratula-se com veto de Cavaco
A associação da Indústria Farmacêutica (IF) congratulou-se com o veto presidencial ao diploma do Governo sobre prescrição de medicamentos, por considerar que aquele documento trazia alterações que "representariam riscos" para os pacientes.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a Associação Portuguesa da Industria Farmacêutica (Apifarma) considera que agora “estão acautelados os interesses e a defesa da saúde dos utentes do Serviço Nacional de Saúde".

Para a IF, o veto presidencial vai impedir uma "alteração da actual legislação sobre a prescrição por Denominação Comum Internacional (DCI)", mudança que "representaria riscos para a adesão à terapêutica, com consequentes impactos na Saúde Pública”.

A Apifarma recorda ainda que a actual legislação já “preconiza a obrigatoriedade da prescrição por DCI ou por nome genérico para medicamentos que contenham substâncias activas para as quais existem genéricos autorizados”.

Numa breve nota, a Apifarma conclui que “a imposição da prescrição por DCI de uma forma generalizada não permitiria acautelar devidamente os direitos dos doentes em matéria de segurança terapêutica”.

O Presidente da República vetou esta terça-feira o diploma do Governo por considerar que faltava a regulamentação do diploma assim como tempo suficiente que permitisse pôr a nova modalidade em prática.

O diploma do Governo permitia que o medicamento prescrito pelo médico pudesse ser substituído pelo farmacêutico e, para Cavaco Silva não estavam ainda “devidamente avaliados os efeitos do regime" que se pretendia aprovar, "muito em particular sobre a insegurança provocada pela amplitude da possibilidade de alteração sistemática dos medicamentos com base na opção do utente e na disponibilidade de cada marca”, segundo a nota oficial divulgada esta terça-feira.
2011-02-08 | 17:51

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