sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Obesidade e Hipotiroidismo. Tem ou não relação? Especialistas divergem.

Tireóide e obesidade: existe relação?

17/02/2011 - 09:12
Endocrinologista do Lâmina Medicina Diagnóstica/ DASA, Dra. Rosita Fontes, esclarece a relação.
A obesidade e a alteração da função da tireóide são doenças frequentes que podem estar ou não relacionadas. Considerada uma epidemia, que aumenta sobremaneira a cada ano, a obesidade afeta mais de 30% dos adultos e até 18% das crianças e adolescentes de todo o mundo.
De acordo com artigo publicado no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, pesquisadores associam o hipotireoidismo - diminuição da função da tireóide - com ganho de peso. Indivíduos com hipotireoidismo têm propensão à alteração do gasto de energia e da temperatura corporal e teriam maior risco de obesidade.
Há estudos que pesquisam se o hormônio leptina, produzido pelas células gordurosas, poderia ser o fator que liga o hipotireoidismo à obesidade, pois este hormônio regula o equilíbrio energético do nosso corpo, informando ao cérebro sobre as reservas de energia no organismo.
A leptina também é um dos reguladores do gene do TRH, produzido no hipotálamo, uma região do cérebro que age estimulando a secreção do hormônio TSH, o qual, por sua vez, atua sobre a tireóide para produzir os hormônios tireoideanos. Parece existir uma relação entre os níveis de TSH, leptina e obesidade, ou seja, o TSH estaria mais elevado em obesos, como se houvesse uma resistência periférica a este hormônio e isto poderia ser normalizado pela perda de peso.
No entanto, não devemos chegar a conclusões precipitadas deste tipo de estudo supondo que se deva fazer uso de hormônios tireoideanos para emagrecer, o que já foi utilizado décadas atrás sem sucesso, não havendo indicação para a sua administração nestes casos, a não ser que o indivíduo realmente apresente hipotireoidismo, visando o tratamento desta disfunção tireoideana.
É possível acompanhar como está funcionando a glândula tireóide através da dosagem do TSH e dos hormônios tireoideanos, assim como realizar outras dosagens que permitem que se pesquise a causa de uma eventual diminuição da sua função, o que é feito com métodos de dosagem sensíveis que utilizam padrões internacionalmente reconhecidos e estão disponíveis em todas as unidades do Lâmina Medicina Diagnóstica, no Rio de Janeiro.

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