segunda-feira, 28 de maio de 2012

Takeda compra brasileira Multilab por 246 milhões de dólares


28/05/2012 - 08:38 

A Takeda Pharmaceutical anunciou na passada sexta-feira que vai a farmacêutica brasileira Multilab Indústria e Comércio de Produtos Farmacêuticos por 246 milhões de dólares, num acordo em dinheiro, para expandir ainda mais sua presença em mercados emergentes de rápido crescimento, avança a Agência Estado, citada pela revista VEJA.

A companhia já gastou 15 mil milhões de dólares em aquisições no estrangeiro em menos de dois anos para compensar a expiração de patentes de alguns dos seus medicamentos e um mercado interno sem brilho.

A Takeda disse que o negócio deverá estar concluído até o fim de Setembro.

Além do pagamento inicial, a companhia fará pagamentos adicionais futuros aos donos da Multilab. As informações são da Dow Jones.

Sanofi e MSD terão apresentado ofertas para adquirir a Amylin Pharmaceuticals


28/05/2012 - 12:15 

A Sanofi e a MSD (conhecida nos EUA como Merck & Co.) fizeram a primeira rodada de ofertas de pelo menos 25 dólares por acção para adquirir a Amylin Pharmaceuticals, informou a Bloomberg na passada sexta-feira, citando três fontes próximas do assunto. Com base nas acções da Amylin em circulação a partir de 26 de Abril, os lances valorizam a companhia em mais de 4 mil milhões de dólares, avança o site FirstWord.

De acordo com as fontes não identificadas, a Takeda e a Bristol-Myers Squibb disseram à Amylin que também vão fazer ofertas pela companhia. As fontes citadas pela Bloomberg também avançaram que as ofertas pela Amylin termiram hoje.

No início deste mês, a Bloomberg divulgou que fontes com conhecimento do assunto relataram que várias farmacêuticas assinaram acordos de confidencialidade relacionados com o processo de venda da Amylin. A empresa começou a procurar potenciais compradores depois de rejeitar oferta não solicitada da Bristol-Myers Squibb, de 3,5 mil milhões de dólares, em Fevereiro, de acordo com outra notícia da Bloomberg.

Porta-vozes da Sanofi, MSD, Pfizer, Roche, AstraZeneca, Takeda, e Bristol-Myers Squibb – nomes que vieram à tona recentemente como potenciais compradores –, bem como representantes de Amylin, recusaram-se a comentar a notícia da Bloomberg

 
Nota de C&T: Amylin é uma empresa que está focada no desenvolvimento de novas drogas e terapia inovadora para o tratamento de diabetes, obesidade, e outras doenças metabólicas.
Amylin é detentora de marcas conhecidas na comunidade médica prescritora de antidiabéticos como: Byetta, Symlin e outras.

sábado, 26 de maio de 2012

Lula propôs ajuda em CPI para adiar mensalão, diz Gilmar Mendes.



O ex-presidente Lula procurou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes para tentar adiar o julgamento do mensalão. 

Em troca da ajuda, Lula ofereceu ao ministro, segundo reportagem da revista "Veja" publicada neste fim de semana, blindagem na CPI que investiga as relações do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários. 

Mendes confirmou hoje (26) à Folha o encontro com Lula e o teor da conversa revelada pela revista, mas não quis dar detalhes. "Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula", afirmou o ministro. 

O encontro aconteceu em 26 de abril no escritório de Nelson Jobim, ex-ministro do governo Lula e ex-integrante do Supremo. 

Lula disse ao ministro, segundo a revista, que é "inconveniente" julgar o processo agora e chegou a fazer referências a uma viagem a Berlim em que Mendes se encontrou com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), hoje investigado por suas ligações com Cachoeira. 

Membro do Ministério Público, Demóstenes era na época um dos principais interlocutores do Poder Judiciário e de seus integrantes no Congresso Nacional. 

A assessoria de Lula disse que não iria comentar. 

Na conversa, Gilmar ficou irritado com as insinuações de Lula e disse que ele poderia "ir fundo na CPI". 

De acordo com a reportagem da "Veja", o próximo passo de Lula seria procurar o presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto, também com o intuito de adiar o julgamento do mensalão. 

Em recente almoço no Palácio do Alvorada, na ocasião da instalação da Comissão da Verdade, Lula convidou Ayres Britto para tomar um vinho com ele e o amigo comum Celso Antonio Bandeira de Mello, um dos responsáveis pela indicação do atual presidente do Supremo. 

À Folha Britto também confirmou o convite, mas disse que não percebeu qualquer malícia em Lula e que o encontro não ocorreu. 

"Estive com Lula umas quatro vezes nos últimos nove anos e ele sempre fala de Bandeirinha. Ele nunca me pediu nada e não tenho motivos para acreditar que havia malícia no convite", disse. Ele diz que a "luz amarela" só acendeu quando Gilmar Mendes contou sobre o encontro, "mas eu imediatamente apaguei, pois Lula sabe que eu não faria algo do tipo".
Na última sexta-feira (25), em Salvador, Ayres Britto disse que os ministros do STF "estão vacinados contra todo tipo de pressão". "Ainda está para aparecer alguém que ponha uma faca no pescoço dos ministros do STF.


Nota de C&T: O que levaria o ex-presidente Lula tanto interesse de adiar o julgamento do mensalão? Um governo sério não deferia ter absoluto interesse de esclarecer tudo? 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Exposição ao fumo passivo aumenta risco de problemas urinários em crianças

25/05/2012 - 08:31
Pais que fumam podem colocar os seus filhos em maior risco de problemas urinários como irritação na bexiga, de acordo com investigadores da Rutgers University, nos EUA, avança o portal ISaúde.

Os resultados mostram que as crianças entre as idades de 4 e 10 anos são as mais vulneráveis e que, quanto maior a exposição, piores os sintomas.

Irritação da bexiga envolve a vontade de urinar, urinar com mais frequência e incontinência. O estudo revelou que a exposição ao fumo passivo está associada a sintomas mais graves de irritação da bexiga.

A equipa, liderada por Kelly Johnson, analisou informações de 45 crianças com idade entre 4 a 17 anos. Todos apresentavam sintomas de irritação da bexiga. Os investigadores dividiram as crianças em quatro grupos com base na gravidade dos seus sintomas: muito leve, leve, moderada ou grave.

Vinte e quatro das crianças estudadas apresentaram sintomas moderados a graves de irritação da bexiga, enquanto 21 apresentaram sintomas leves ou muito leves.

Os investigadores notaram que as crianças com sintomas moderados ou graves eram mais propensas a ter exposição constante ao fumo passivo. Destas crianças, 23% tinham um dos pais fumantes e 50% delas eram regularmente expostas ao fumo passivo dentro de veículos.

Por outro lado, as crianças cujos pais não fumavam e não foram expostas ao fumo passivo em veículos tiveram apenas sintomas muito leves ou leves de irritação da bexiga.

"O fumo passivo é a principal causa de morte evitável nos EUA. Além de doenças como cancro do pulmão, doenças cardíacas e asma, agora sabemos que o tabagismo tem um impacto negativo sobre os sintomas urinários, particularmente em crianças jovens. Os dados apresentados nesse estudo devem ser adicionados como prova indiscutível de que os pais não devem fumar perto dos seus filhos", ressalta o investigador Anthony Atala.

Novo estudo reafirma vínculo entre cesariana e obesidade infantil

25/05/2012 - 08:09
Um novo estudo de investigadores americanos reafirmou a teoria de que crianças nascidas por cesariana têm mais possibilidades de sofrer obesidade, informou esta quinta-feira a revista Archives of Disease in Childhood, avança a agência EFE, citada pelo portal Terra.

A pesquisa, realizada por especialistas do Hospital da Infância de Boston (EUA), retoma a discussão sobre a relação entre partos por cesariana e excesso de peso infantil e desaconselha com esta intervenção sem motivos estritamente clínicos, segundo a revista, que pertence à publicação British Medical Journal.

Os investigadores analisaram 1.255 crianças nascidas nesse centro de saúde entre 1999 e 2002, 284 deles por cesariana, desde as 22 semanas de gestação até os três anos. Enquanto só 7,5% dos bebés nascidos de parto natural sofriam obesidade aos três anos, esta percentagem chegava a 15,7% nos casos onde houve intervenção cirúrgica no parto.

Os autores do estudo atribuem esta relação às diferenças na composição da flora intestinal entre os nascidos por parto natural ou por cesariana. Neste último grupo, os investigadores encontraram uma maior incidência de bactérias "firmicutes" que, segundo outros estudos, estão presentes nos intestinos de pessoas obesas e são um dos factores que motivam esta doença.

Além disso, foi apontado que os partos por cesariana são mais frequentes entre as mães com obesidade, o que também poderia favorecer o excesso de peso dos seus filhos.

Os autores da pesquisa também analisaram outros factores que poderiam influir na obesidade infantil como a duração do período de lactação ou o tempo de exposição à televisão, mas nenhum deles apresentou diferenças significativas.

Por fim, os investigadores destacaram a importância de evitar os partos por cesariana sem indicações médicas. "As mulheres grávidas que escolhem um parto cirúrgico quando não haja motivos clínicos para fazê-lo deveriam saber que seus filhos serão mais propensos a ser obesos", alertaram no estudo.

Europa lança iniciativa pública e privada para combater a resistência aos antibióticos.

25/05/2012 - 08:42

A Comissão Europeia lançou uma iniciativa no valor de 224 milhões de euros (281 milhões de dólares) na quinta-feira que leva as empresas farmacêuticas e de biotecnologia a trabalhar lado a lado com parceiros públicos a enfrentar a ameaça crescente da resistência aos antibióticos e a estimular a investigação de novos antibióticos. Patrick Vallance, presidente da unidade de I&D da farmacêutica GlaxoSmithKline, disse que a iniciativa "sinaliza um novo modelo de colaboração e uma vontade de mudar e adaptar-se para procurar soluções diferentes", avança o site FirstWord.

A Iniciativa Medicamentos Inovadores (Innovative Medicines Initiative) contribuirá com 109 milhões de euros (137 milhões de dólares) para o projecto, com as farmacêuticas a fornecer o restante financiamento, juntamente com I&D e outros activos. O programa de investigação é a primeira parte de um plano anunciado em Novembro passado pela Comissão Europeia para resolver o problema da resistência antimicrobiana. O objectivo do projecto é melhorar a compreensão científica da resistência aos antibióticos, para projectar e implementar ensaios clínicos eficientes, e para avançar com candidatos a fármacos através do desenvolvimento clínico. As empresas envolvidas incluem a AstraZeneca, Basilea, a unidade de I&D da Janssen (que faz parte da Johnson&Johnson), a GlaxoSmithKline e a Sanofi.

"O tema central deste projecto de pesquisa é a partilha de informações", disse David Payne, director de descoberta de antibióticos da GlaxoSmithKline. Payne avançou que os dados compartilhados "vão incluir várias estratégias de descoberta de fármacos que tivemos", acrescentando que "as falhas são, provavelmente, uma das partes mais importantes para podermos melhorar o que fazemos como indústria e melhorar a nossa eficiência global sobre I&D antibacteriana".

Sob o programa, um centro de informações será criado para permitir a partilha de conhecimentos e dados entre os parceiros do projecto, bem como de toda a comunidade global de pesquisa com antibióticos. Outros projectos dentro do programa, com recursos adicionais, deverão ser lançados no final do ano.

No ano passado, a Organização Mundial de Saúde pediu esforços urgentes por parte da indústria farmacêutica, de governos e profissionais de saúde para trabalharem em conjunto para combater a crescente ameaça global de resistência aos medicamentos. Os EUA estão actualmente a avaliar novas medidas para tornar mais rentável para as farmacêuticas desenvolver antibióticos, incluindo o alargamento do período de exclusividade de patente desses medicamentos

Alemanha: médicos aprovam declaração de desculpa por sadismo durante regime nazi

25/05/2012 - 14:45
A associação médica alemã aprovou uma declaração de desculpa pelas experiências sádicas e outras acções dos médicos durante o regime nazi, avança a agência Lusa.
Numa declaração aprovada esta semana em Nuremberga, a associação diz que muitos médicos foram naquele período, “contrariamente à sua missão de curar, culpados de muitas violações de direitos humanos”.
“Pedimos o perdão das vítimas, vivas e mortas, e dos descendentes”, adianta o texto.
Além de realizarem experiências pseudo-científicas nos detidos nos campos de concentração, os médicos alemães também participaram no programa nazi de esterilização forçada ou de eutanásia de doentes mentais e de outros considerados “indignos para viverem”.
A associação médica assinala que “aqueles crimes não foram acções individuais de médicos, tendo envolvido membros dirigentes da comunidade médica” e devem ser vistos como um aviso para o futuro.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Abbott recebe resposta da FDA sobre nova indicação para o Humira®

23/05/2012 - 15:40
Um porta-voz da Abbott confirmou que a farmacêutica recebeu uma carta de resposta completa sobre a sua tentativa de expandir o uso do seu medicamento Humira® (adalimumab) para incluir doentes com colite ulcerosa, avança o site FirstWord.

"Recebemos uma carta de resposta completa há vários meses e têm fornecidas informações adicionais à FDA”, referiu Elizabeth Hoff, acrescentando que "estamos a antecipar uma decisão até ao final do ano".

O pedido de expansão da indicação do fármaco teve como base dados clínicos que mostram que o Humira® melhorou as taxas de remissão da doença em comparação com placebo em pessoas com colite.

Hoff não quis dar detalhes sobre o conteúdo da carta de resposta completa.

A Abbott entrou com o pedido de aprovação regulamentar do Humira® para o tratamento da colite ulcerosa nos EUA e na Europa no início de 2011, e a entidade reguladora europeia aprovou a terapia nesta indicação em Abril.

FDA expande aprovação do Levimir® da Novo Nordisk

24/05/2012 - 08:09

A Novo Nordisk anunciou na terça-feira que FDA (entidade que regula os medicamentos nos EUA) aprovou a expansão da indicação do seu medicamento Levimir® (insulina detemir) para incluir crianças com diabetes tipo 1 com idade entre os dois e os cinco anos. De acordo com a farmacêutica, o Levemir® é a única insulina basal aprovada para crianças a partir dos dois anos, avança o site FirstWord.

A decisão da FDA baseou-se em dados que mostraram que o Levemir® é uma opção de tratamento igualmente eficaz para crianças com dois a cinco anos de idade com diabetes tipo 1, quando comparada com a insulina isofânica ou NPH (Neutral Protamine Hagedorn).

Com a expansão da indicação, a terapia injectável está agora aprovada nos EUA para uso em doentes com diabetes tipo 1 a partir dos dois anos de idade, e para adultos com diabetes tipo 2.

Em Setembro, o Comité Europeu dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento adoptou um parecer positivo sobre o uso prolongado de Levemir® em crianças de dois a cinco anos com diabetes tipo 1.

GlaxoSmithKline pode desistir de oferta pela Human Genome Sciences


24/05/2012 - 08:48
A GlaxoSmithKline (GSK) afirmou que não vai prosseguir com a sua oferta de 2,6 mil milhões de dólares pela Human Genome Sciences, a menos que a companhia de biotecnologia dos EUA retire os direitos de "poison pill", um mecanismo de defesa contra aquisições hostis, imposto para bloquear o negócio, avança a agência Reuters.

A Human Genome adoptou o plano de direitos dos accionistas no início do mês numa tentativa de afastar a GSK do que está a tornar-se uma batalha cada vez mais amarga entre as empresas que, juntas, vendem o Benlysta®, novo medicamento contra o lúpus.


A companhia britânica está a levar sua oferta de 13 dólares por acção directamente aos investidores, depois que o conselho de administração da Human Genome ter dito que era inadequada.


O plano permite aos accionistas comprar acções adicionais com desconto se um investidor comprar ou lançar uma oferta pública para mais de 15 por cento de acções do grupo sem a aprovação do conselho, bloqueando efectivamente uma oferta indesejada.


"Uma vez que a Human Genome aprovou a ‘poison pill’, a GSK acrescentou uma condição para a sua oferta exigindo que a Human Genome retire a ‘poison pill’ ou, em alternativa, ou, de outra maneira, não fosse aplicada na aquisição da Human Genome", disse a GSK em comunicado, esta quarta-feira.


Lobby na Anvisa: Eduardo Suplicy responde a matéria do ‘Estadão’.


Durante a sessão plenária desta terça-feira (22), o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) comentou matéria do jornal Estado de S. Paulo, segundo a qual muitas empresas usam parlamentares para fazer lobby na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com a reportagem, empresas farmacêuticas, laboratórios químicos e indústrias de alimentos usam políticos para tentar pressionar a Anvisa na defesa de seus interesses. Um desses parlamentares seria o senador Eduardo Suplicy, que intercedeu em favor da autorização do uso do remédio lenalidomida no Brasil, para tratamento do mieloma.



O senador disse que enviou uma carta ao jornal, confirmando a participação em uma reunião em que representantes da International Myeloma Foundation entregaram à Anvisa um abaixo-assinado com mais de 22 mil assinaturas em favor do estudo da liberação da lenalidomida para tratamento do mieloma múltiplo, um tipo de câncer que atinge a medula óssea. Suplicy reafirmou seu compromisso com a ética e negou qualquer pedido de descumprimento de normas da Anvisa.

Na carta, Suplicy explicou que o uso da substância já é liberado na América do Norte e em países da Europa e da América Latina. Segundo o senador, a combinação de várias drogas, entre as quais a lenalidomida, é a melhor estratégia encontrada para o tratamento do mieloma múltiplo. O parlamentar ainda acrescentou que os ricos conseguem importar os medicamentos, mas o pobres não têm acesso a esse tipo de remédio de última geração. O senador disse que, diante dessas informações, decidiu apoiar a solicitação da liberação lenalidomida no Brasil.

- Solicitar a atenção da Anvisa para analisar a liberação ou a comercialização de produtos que possam curar ou diminuir o sofrimento das pessoas constitui minha legítima atuação como senador da República – disse Suplicy.

Xuxa

O senador também leu uma carta endereçada à apresentadora de TV Xuxa Meneghel, elogiando a postura dela em conceder uma entrevista ao programa Fantástico, no último domingo (20). Xuxa relatou abusos sexuais que sofreu na infância e, segundo Suplicy, seu exemplo pode ajudar a combater o abuso infantil e incentivar outros jovens a denunciar situações de exploração sexual.

- Sua entrevista foi acompanhada com comoção por milhares de pessoas em todo o Brasil. Sua fala terá uma repercussão muito positiva – disse o senador.


Fonte: http://www.cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=197837&codDep=15

Desinformação sobre doenças cardiovasculares ainda é grande entre população brasileira.

Nota de C&T: Este é apenas um exemplo, exemplo gerado a partir de um tema que envolve o bem mais precioso do ser humano; A VIDA. Imaginem outros temas também importante como: Direito, Educação, Meio Ambiente, etc.

De acordo com pesquisa divulgada durante workshop realizado em São Paulo, a população brasileira não conhece causas e prevenções de doenças cardiovasculares

Durante o lançamento de um novo medicamento que promete mudar a história da prevenção e tratamento dos problemas cardiovasculares no Brasil, o Xeralto (Rivaroxabana), a empresa fabricante, a Bayer, apresentou, na manhã dessa terça-feira (22), em São Paulo, o resultado de uma pesquisa que em vários aspectos foi considerada alarmante, segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o médico cardiologista Jadelson Pinheiro Andrade. O levantamento apontou um total desconhecimento da população brasileira sobre as causas do acidente vascular e, consequentemente, da prevenção às doenças cardiovasculares. O dado inclui a Região Norte, onde a Bayer começa este ano uma pesquisa detalhada sobre o perfil cardiovascular dos pacientes da região.

O detalhe é ainda preocupante, de acordo com o cardiologista, uma vez que o Brasil é um país com um dos maiores índices epidemiológicos em números de mortes por acidente vascular cerebral (AVC) na América Latina, com mais de 129 mil casos todos os anos, conforme levantamento feito junto a dados do Sistema Único de Saúde. O presidente da SBC destaca que os dados podem ser ainda piores, se for levado em conta o número de casos não registrados.

“O resultado dessa pesquisa demonstra uma necessidade urgente de maior conscientização da população brasileira sobre a saúde cardiovascular e seus fatores de risco. A cada minuto, uma pessoa morre de infarto de miocárdio no mundo. As doenças do coração estão entre as maiores causas da mortalidade, mais de 30% no Brasil. Isso deve ser uma preocupação da sociedade, da imprensa e, principalmente, do Governo”, destacou Andrade.

O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia alertou ainda que o crescimento desse percentual é irreversível, uma vez que o numero de fatores de risco aumenta com a idade, e a população mundial está envelhecendo.

Levando em conta todas estas informações e os resultados apresentados pelo Xeralto, durante as pesquisas, Andrade destacou a importância desta nova medicação no mercado farmacêutico, no que se refere ao tratamento e prevenção de doenças cardíacas.

De acordo com o supervisor de Cardiologia Clinica do Hospital do Coração, Ricardo Parvanello, o acidente cardiovascular pode ser revertido por meio de medicamentos, e dentre eles, durante mais de 110 anos, a aspirina foi a mais efetiva, sendo no século passado, a principal droga usada na prevenção do AVC. Nos últimos 50 anos, ela foi substituída pela varfarina – uma antagonista da vitamina k -, que demonstrou ser ainda melhor no cenário da fibrilação arterial.

Mas ao longo do tempo, as pesquisas comprovaram que o medicamento demora para fazer efeito, que por sua vez é longo, o que prejudica o trabalho medico na hora que se quer reverter o efeito do remédio, além de requerer monitoramento constante. “Pacientes que fazem uso da varfarina chegam a fazer exames de sangue semanais, quando se faz necessário”, detalhou, completando que o medicamento também requer cuidados quanto ao uso juntamente com outros remédios e até mesmo com a ingestão de certos alimentos.

A necessidade de um anticoagulante que apresentasse uma resposta previsível, início e término rápidos do efeito anticoagulante, e que pudesse ser administrado em doses fixas, via oral e sem apresentar intervenções colaterais com outros produtos ou medicamentos foi atendida por meios dos resultados obtidos com o efeito da rivaroxabana, conforme a explicação de Parvanello.

O medicamento é analisado desde 1998, o que incluiu estudo pré-clínicos, com animais e mais de 14 mil pacientes investigados em mais de 140 paises. Testada em pacientes com fatores de risco como pressão alta, diabetes, derrames, e comparada com o tratamento stander, então existente, a valfrarina, o medicamento mostrou-se eficaz.

Os dados foram apresentados durante o lançamento do medicamento nas dosagens de 15 miligramas e 20 miligramas, uma vez que a versão em 10mg, aprovada no Brasil para a redução no risco do AVC, foi lançada em 2010. As novas dosagens do Xarelto que com base em mais pesquisas, estão sendo utilizados com sucesso em outras áreas de tratamento de doenças cardiovasculares, como a trombose venosa foram lançadas ontem, simultaneamente, em vários países como Canadá e Alemanha. Na America Latina, o Brasil foi o primeiro a conhecer o novo produto.

“São 115 anos de investimentos e pesquisa no Brasil, onde somos a primeira empresa farmacêutica e a mais antiga, hoje, com mais de quatro mil funcionários. O Brasil é o quinto país mais importante para a Bayer e, por isso, esta prioridade”, destacou Teo Van Der Lou, presidente da Bayer HealthCare Pharmaceuticals no Brasil.

De acordo com o presidente da Bayer, a pesquisa foi realizada com sete mil participantes, acima de 18 anos, em oito capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Recife, Brasília, Curitiba e Porto Alegre). “Este ano vamos começar pesquisas regionais e direcionadas o que inclui o Amazonas”, declarou

Fonte: http://acritica.uol.com.br/vida/Desinformacao-doencas-cardiovasculares-populacao-brasileira_0_705529479.html

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Daiichi Sankyo e Centro Nacional de Cancro formam aliança global de investigação

O Centro Nacional de Cancro, do Japão, e a farmacêutica Daiichi Sankyo concordaram em formar uma aliança global de investigação para colaborar na criação de agentes anticancerígenos superiores utilizando as capacidades de investigação de ambas as organizações, avança a farmacêutica, em comunicado de imprensa.

O acordo foi concebido para integrar a tecnologia de investigação em cancro de alto nível e a experiência clínica do Centro Nacional de Cancro com a capacidade de investigação avançada e capacidades de desenvolvimento de medicamentos da Daiichi Sankyo para contribuir para luta contra o cancro e para a saúde pública global através do desenvolvimento de agentes anti-cancro superiores.

Através da relação de colaboração criada com este acordo, a aceleração da investigação conjunta será possível. O Centro Nacional de Cancro vai fornecer à Daiichi Sankyo resultados de investigação em linha com a pesquisa da Daiichi Sankyo e da sua política de desenvolvimento de medicamentos e promover "pesquisa exploratória para a identificação de alvos de medicamentos” ou "pesquisa de descoberta precoce de fármacos”.

O Centro Nacional de Cancro foi criado em 1962 e é dos principais institutos médicos do Japão para tratamento e investigação oncológicos. Com meio século de actividade relacionada à luta contra o cancro, o Centro possui uma abundante quantidade de dados de pesquisa acumulados que podem auxiliar na descoberta de novos medicamentos. Ao mesmo tempo, Daiichi Sankyo posicionou a oncologia como uma área de núcleo terapêutico em que recursos de fundo serão aplicados, não só para a finalidade da sua própria pesquisa, mas para permitir a pesquisa e desenvolvimento conjuntos com uma variedade de parceiros.

O Centro Nacional de Cancro e a Daiichi Sankyo já realizaram pesquisas conjuntas sobre vários temas no passado. Este acordo deverá ainda promover a investigação conjunta através da construção de uma relação mais estreita entre as duas organizações, e uma reunião conjunta foi realizada em Abril, onde representantes do Centro Nacional de Cancro e da Daiichi Sankyo trocaram ideias e discutiram a estratégia e direcção futuras do acordo.

Utilizando as suas capacidades de investigação e operacionais, o Centro Nacional de Cancro e a Daiichi Sankyo partilham uma única missão de proporcionar agentes anticancerígenos de qualidade superior aos doentes o mais rápido possível. Este acordo reforça a colaboração entre ambas as organizações poderá representar um grande avanço no desenvolvimento de agentes anticancerígenos promissores.


Fonte: http://www.pop.eu.com/news/7105/5/Daiichi-Sankyo-e-Centro-Nacional-de-Cancro-formam-alianca-global-de-investigacao.html

Abusos em patentes - Kaletra - empregado no combate à Aids.

Anvisa reconheceu a ilegalidade da conduta do INPI

Um produto farmacêutico vastamente empregado no combate à Aids, conhecido comercialmente pelo nome Kaletra, constituído pelos princípios ativos Ritonavir e Lopinavir, com alto valor unitário e elevada demanda internacional de mercado (acima de US$ 1 bilhão/ano, representando no orçamento público brasileiro cerca de US$ 60 milhões/ano), acaba de ter a patente de um de seus princípios ativos — o Lopinavir — colocada em domínio público. E um fato marcante que resultará em expressiva queda no preço desse medicamento de fundamental importância para o atendimento feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a pacientes que sofrem com esse mal no país.
Em sentença publicada no dia 7 de março, a 9ª Vara Federal do Rio de Janeiro julgou nula a patente do Lopinavir. Em decorrência dessa sentença, foram anulados todos os atos administrativos concessórios do privilégio de invenção relacionados a esse processo no Brasil, tornando-se de conhecimento público a matéria para fins de seu aproveitamento em aplicações industriais e para uso pelo SUS. Com isso, o governo deixa de despender elevados recursos orçamentários requeridos para as aquisições desse medicamento nos produtores nacionais já capacitados a produzi-lo.
Essa sentença, reafirmada no dia 20 de março quando não foi aceita uma medida cautelar proposta pela titular da patente, se encontra em plena sintonia com os mais relevantes interesses nacionais, em especial com a política de desenvolvimento econômico e social do país. E, mais importante, a Justiça Federal, entre outros fundamentos postos contra a patente na ação judicial, reconheceu mais uma vez que as patentes pipelines são inconstitucionais por permitirem o monopólio de mercado para fármacos e para medicamentos que já estavam em domínio público ao ser aprovada a Lei de Patentes brasileira, sem que atendessem, assim, ao requisito da novidade exigido pela lei nacional.
Além da inconstitucionalidade das pipelines, a ação judicial levou em conta a falta de anuência prévia pela Anvisa no processo de concessão da patente pelo INPI, argumento corroborado pela própria Anvisa, que também se colocou a favor da nulidade. Portanto, a Anvisa reconheceu a ilegalidade da conduta do INPI, pois, na data da concessão da patente, já estava em vigor a medida provisória que outorgou a obrigatoriedade da consulta à Anvisa como precondição ao registro.
Nesse cenário, deve ser ressaltado que, antes dessa relevante decisão da Justiça brasileira, o laboratório multinacional titular da patente desse composto já havia depositado outros pedidos de patente com as mesmas substâncias ativas, sem qualquer atividade inventiva relevante, visando simplesmente a prorrogar seu monopólio mercadológico de comercialização do produto.
O Kaletra é o segundo antirretroviral mais consumido no país, segundo o Ministério da Saúde. Está apenas atrás do Efavirenz, que foi submetido ao licenciamento compulsório pelo governo Lula, em processo que marcou a posição segura e soberana de seu governo.
Em 2004, o Ministério da Saúde tentou obter do laboratório multinacional detentor da patente do Kaletra uma redução no preço do medicamento, na ordem de 42%, mas não obteve êxito nessa tratativa. Com o aumento nos custos desse medicamento, no ano seguinte o Ministério da Saúde fez uma ameaça final: licenciar compulsoriamente a patente desse produto, na forma permitida pela Organização Mundial do Comércio (OMC) — em casos de emergências sérias à saúde pública, prática posteriormente adotada pelo governo federal ao licenciar compulsoriamente o antirretroviral Efavirenz.
Antes, porém, de se concretizar o referido licenciamento compulsório da patente do medicamento, o laboratório titular desse privilégio concordou em reduzir o preço desse medicamento e mantê-lo estável durante seis anos. Esse acordo, que terminou em 2011, rendeu ao governo uma economia total de US$ 340 milhões, de acordo com o Ministério da Saúde. Com essa medida o Kaletra escapou do licenciamento compulsório, mas ainda continuou a ter expressivo retorno financeiro além do razoável para a empresa multinacional em suas vendas ao governo brasileiro.
Ao impedir agora a extensão dos benefícios da patente pretendida via sua revalidação (instituto do pipeline), a decisão da 9ª Vara da Justiça Federal do Rio de Janeiro se fundamenta, também, no fato de que não faz sentido adquirir tal fármaco com preços não concorrenciais, o que lesa o erário público, a sociedade e a concorrência.
O tema é importante. Não é por outra razão que o próprio Ministério Público está movendo uma ação civil pública requerendo o licenciamento compulsório do Kaletra. A decisão certamente servirá para sinalizar aos titulares de patentes que o exercício abusivo de tais direitos, na área estratégica da saúde pública, em especial nos casos embasados no instituto do pipeline, está fadado a ser banido para sempre pela Justiça brasileira.
NELSON BRASIL DE OLIVEIRA é vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina).
Nota de C&T: O Sr. Nelson Brasil de Oliveira evita citar o nome da empresa detentora da patente do Kaletra, mas como se trata de um assunto público e do interesse de todos, como também não temos compromissos com Indústrias Farmacêuticas, para conhecimento da sociedade se trata do ABBOTT LABORATÓRIOS, uma empresa de origem americana.