quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Drogas prioritárias para o Governo, são analisadas nos processos para genéricos de forma especial. Quetiapina (Seroquel) e Rosuvastatina (Crestor).


Brasil aprova genéricos para esquizofrenia e colesterol.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entidade que regula o medicamento no Brasil, aprovou o registo de dois novos genéricos no país: quetiapina, usado para esquizofrenia, e rosivastatina, indicado para reduzir os índices de colesterol. Ambos movimentam cerca de 324 milhões de reais anuais (cerca de 144 milhões de euros), avança a Agência Estado.
A autorização da versão genérica desses fármacos é reflexo de uma mudança de estratégia da agência, que agora passa a dar prioridade à análise de medicamentos considerados estratégicos para o governo brasileiro. São drogas listadas numa portaria do ministério, que pelo alto preço ou pelo uso numa parcela significativa de doentes passam a ser classificadas como prioritárias. "Isso é feito de maneira clara, respeitando todas as determinações legais", afirmou o presidente em exercício da Anvisa, Dirceu Barbano.

Desde o início do ano, a agência autorizou a versão genérica de cinco fármacos classificados como importantes para o governo brasileiro. Juntos, estes medicamentos movimentaram em 2010 cerca de 900 milhões de reais (cerca de 400 milhões de euros).

Já antes a Anvisa tinha concedido registo para o genérico do antirretroviral tenovovir, do fármaco entacapona, usado em doentes com Parkinson, e da darcabazina, receitado para doentes oncológicos.

Barbano disse que a análise de todos os processos já começou, mas não há prazo para conclusão. "Há medicamentos em que o exame é mais trabalhoso. Dependemos ainda da qualidade de informações apresentada pela indústria farmacêutica que apresentou o pedido de registo de genérico", completou.

Além de criar uma fila separada para pedidos de medicamentos considerados prioritários pelo governo, a Anvisa determinou, no seu plano de gestão, a redução do prazo para a análise de medicamentos e equipamentos de saúde - uma determinação que atende às solicitações do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O contrato, que deverá ser assinado nos próximos dias, determina uma redução de 40% no tempo de início de análise de fármacos e de 50% no prazo de início de exame de equipamentos de saúde. Com isso, completa Barbano, o prazo de início de exame de um remédio passará de 90 dias para 55.
2011-02-16 | 14:49


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