sábado, 30 de junho de 2012

Anvisa aprova Kombiglyze XR para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2

São Paulo - A Anvisa anunciou a aprovação de Kombiglyze XR (saxagliptina mais metformina de ação prolongada) para o tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Desenvolvido em parceria pelas farmacêuticas Bristol-Myers Squibb e AstraZeneca, o medicamento é indicado para melhorar o controle glicêmico de adultos com diabetes tipo 2, associado à uma rotina de exercícios e uma dieta equilibrada, quando a terapia com ambas as drogas for indicada.

O produto é o primeiro e, até o momento, único no mercado a combinar, de maneira fixa, a saxagliptina (um inibidor da dipeptidil peptidase -4) e a metformina de ação prolongada (XR), num medicamento para ser administrado em dose única diária. Essa característica do medicamento vem trazer maior comodidade para o paciente. A expectativa é que o medicamento esteja disponível no mercado brasileiro em breve, após a aprovação do preço.

Colaboração entre a Bristol-Myers Squibb e a AstraZeneca -A Bristol-Myers Squibb e a AstraZeneca assinaram um acordo de cooperação para possibilitar às empresas pesquisar, desenvolver e comercializar medicamentos experimentais específicos para o diabetes tipo 2. Esta cooperação entre a Bristol-Myers Squibb e a AstraZeneca para o diabetes é direcionada aos cuidados dos pacientes em escala global para melhorar a saúde dos pacientes, criando uma nova visão para o tratamento do diabetes tipo 2. [ www.juntosnodiabetes.com.br].

Medley lança o primeiro genérico para tratamento de refluxo

29/06/2012 - 09:49

A partir deste mês, chega ao mercado farmacêutico o genérico esomeprazol magnésico tri-hidratado, indicado para o tratamento da doença do refluxo gastroesofágico, azia, úlceras e dor de estômago. Este é o primeiro genérico do medicamento de referência, o Nexium® da AstraZeneca.

O consumidor poderá adquirir o produto com um preço 35% menor. A Medley Indústria Farmacêutica espera conquistar uma grande fatia deste mercado que atualmente movimenta cerca de R$ 157 milhões de reais ao ano.

Indicações: É indicado para o tratamento da doença do refluxo gastroesofágico, azia, úlceras e dor de estômago.

Contraindicações: Hipersensibilidade conhecida ao esomeprazol, benzoimidazóis substituídos ou a qualquer outro componente da formulação.

Apresentações..................................... Registo MS
20MG COM REV C/ 14.................1.1618.0245.002-8
20MG COM REV C/ 28.................1.1618.0245.003-6
40MG COM REV C/ 14.................1.1618.0245.006-0
40MG COM REV C/ 28.................1.1618.0245.007-9

Farmacêuticos e indústria divergem sobre volta da venda de remédios isentos de receita

Estudo mostra que a venda atrás do balcão reduz o poder de escolha do cliente
A audiência pública que debateu ontem (28) a volta da venda de remédios que não exigem receita médica, ao alcance do consumidor, dividiu opiniões da indústria de medicamentos e farmacêuticos.

Desde 2010, farmácias e drogarias são obrigadas a vender medicamentos isentos de prescrição médica somente atrás do balcão. Com isso, os remédios deixaram de ficar expostos em gôndolas e prateleiras de livre acesso ao consumidor.

Agora, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) coloca em discussão o fim da obrigatoriedade, depois de um estudo mostrar que a venda atrás do balcão reduz o poder de escolha do cliente na hora de comprar esses medicamentos, entre eles, antigripais e analgésicos.

Os farmacêuticos defendem a manutenção da regra. Para os profissionais, o acesso livre a remédios aumenta o risco de automedicação e de intoxicações, pois a maioria das pessoas desconhece os efeitos colaterais à saúde e reações adversas causadas pelos medicamentos isentos de prescrição médica.

“É um retrocesso. Não pode vender no supermercado, mas pode vender na farmácia sem orientação?”, perguntou em tom de queixa o presidente do CFF (Conselho Federal de Farmácia), Walter Jorge João, ao relembrar veto da presidenta Dilma Rousseff ao comércio de remédios nas prateleiras dos supermercados.

Na avaliação dos fabricantes de remédios, o brasileiro é informado o bastante para comprar medicamento sem a ajuda do balconista ou farmacêutico. Na maioria dos casos, o cliente teve orientação profissional antes de levar o produto para casa, disse Aurélio Saez, representante da Abimip (Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição).

— Em 90% das compras de medicamentos isentos de prescrição médica nas farmácias, o consumidor já sabe o que levar porque já tinha ido à drogaria antes. Ele [consumidor] consegue ter autonomia para comprar.

Técnicos da Anvisa argumentam que a influência do balconista e do atendente na decisão do consumidor dobrou após a norma entrar em vigor. A venda de remédios livres de receita indicados por um funcionário da drogaria passou de 4,6%, em 2007, para 9,3%, em 2010, conforme estudo da consultoria privada IMS Health, que avalia o mercado farmacêutico.

Segundo Dirceu Barbano, diretor-presidente da Anvisa, o consumidor tem encontrado dificuldade, por exemplo, em comparar preços dos produtos atrás do balcão.

— Essa medida [venda do remédio atrás do balcão] pode ter gerado mais distorções do que benefícios para quem compra. Não é o consumidor que tem escolhido se quer o remédio do laboratório A, B ou C.

Na época em que norma foi aprovada, um dos argumentos da Vigilância Sanitária era coibir os casos de intoxicação. Os remédios de venda livre, no entanto, respondem por apenas 4% dos casos de intoxicação medicamentosa no país, conforme dados da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) citados por Barbano

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Dilma lança estímulos ao investimento nesta quarta-feira. A Indústria Farmacêutica ganha destaque.


Pacote de estímulo ao crescimento inclui margem de preferência a medicamentos produzidos no Brasil, compra de ônibus escolares e a construção de novas unidades de ensino.

O governo anuncia nesta quarta-feira mais um pacote de medidas de estímulo ao crescimento. Entre elas, está a que determina que medicamentos fabricados no Brasil poderão ser adquiridos pelo governo ainda que os preços sejam superiores ao ofertado pelos concorrentes internacionais, informou fonte da área econômica do governo à Reuters.

Essa ação, destinada a fomentar a indústria farmacêutica instalada no país e ser mais um impulso para o crescimento da economia, será adotada nas próximas semanas também para máquinas e equipamentos, itens de alta tecnologia e máquinas e material de uso hospitalar.

"Este é um ano importante no qual precisamos reaquecer a economia e acelerar o crescimento", afirmou a fonte.


O governo está definindo qual será essa margem de preferência para os produtos nacionais nas licitações públicas, que pode chegar a 20%.

Segundo informou a fonte, esse procedimento foi adotado para produtos têxteis com essa margem. Com isso, o governo tem feito encomendas à indústria têxtil de uniformes escolares e para as Forças Armadas, como forma de oferecer demanda à indústria têxtil. Objetivo é adotar esse procedimento para mais setores.


Essa e outras medidas devem ser anunciadas nesta quarta-feira durante evento da presidente Dilma Rousseff com prefeitos de várias partes do país, disse uma fonte do Palácio do Planalto à Reuters.

Nesse encontro, serão assinados diversos convênios para construção de escolas, quadras, creches e para compra governamentais de ônibus escolares, mobília e material escolar. Será um evento do Ministério da Educação, mas com caráter interministerial. Estão previstas as participações dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Miriam Belchior, além do titular da Educação, Aloizio Mercadante.


O governo está preocupado com o desempenho da economia neste ano, abalada sobretudo pela crise internacional, e já anunciou uma série de medidas de estímulos. Para o mercado, o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá apenas 2,18% neste ano, abaixo até mesmo do desempenho ruim de 2011, quando houve expansão de apenas 2,7%.

Na manhã desta terça-feira, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, segundo sua própria assessoria de imprensa, informou que o governo anunciará estímulos nesta quarta-feira e que a apresentação das medidas seria feita pela própria presidente Dilma.

Pimentel falou nesta manhã em São Paulo que o foco das medidas deverá ser o investimento, e não o setor industrial, sem dar mais detalhes sobre o teor do anúncio. Ele, no entanto, não descartou que possa haver algum estímulo para a indústria.

O anúncio da compra de medicamentos com margem de preferência faz parte das ações para ampliar as compras governamentais. Em 2011, elas atingiram R$ 51,8 bilhões e o governo avalia que essas encomendas podem ser bem maiores em 2012 como forma de estimular a produção e o investimento. Entre janeiro e maio, elas somaram R$ 14,3 bilhões.

No portfólio das medidas que o governo terá que decidir nesta semana está a possível prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para linha branca, móveis e alguns artigos de decoração como luminárias e papel de parede, que vence no final deste mês.

Nos últimos dias, o Ministério da Fazenda vem conversando com os fabricantes de eletroeletrônicos e móveis para avaliar o alcance e efeito da redução tributária. Não está descartado que o governo mantenha a redução em um contexto de estímulo ao consumo e à produção.

Para os próximos dias, o governo também pode anunciar as novas condições do Plano Safra 2012/2013.

TJLP

O Conselho Monetário Nacional (CMN) decide nesta quinta-feira se irá manter ou reduzir a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

Fixada em 6% desde junho de 2009, a TJLP corrige os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A indicação é que o governo deve manter a TJLP em 6% segundo fontes próximas à equipe econômica.

Há dois argumentos: primeiro, o governo tem feito reduções sucessivas nas taxas de juros dos financiamentos dos BNDES em geral e das linhas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI).

Segundo, reduzir a taxa da TJLP criaria risco de o Tesouro ter de fazer mais aportes ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), cuja parte dos recursos são direcionados ao banco de fomento.

O FAT repassa parte de seus recursos ao BNDES para fazer empréstimos que, posteriormente, são recursos devolvidos ao fundo remunerados pela TJLP. Reduzir a taxa implicaria diminuir a rentabilidade do BNDES e dos valores a serem pagos ao FAT.

O FAT já está enfrentando problemas para cobrir integralmente as despesas com os benefícios trabalhistas, como seguro-desemprego, que estão sendo bancadas em parte pelo Tesouro.

Por Luciana Otoni e Tiago Pariz

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Suposto lobby de ex-diretor de Agnelo em favor do Hipolabor é investigado

Com depoimento à CPI do Cachoeira marcado para quarta-feira, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), está novamente na mira da Procuradoria-Geral da República, que analisa novas provas do envolvimento do petista e de seus assessores com um grupo farmacêutico acusado de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, formação de cartel e falsificação de medicamentos.

Escutas telefônicas em poder do órgão indicam que o laboratório Hipolabor, com sede em Minas, recorria ao atual secretário de Saúde do Distrito Federal e ex-diretor adjunto de Agnelo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Rafael de Aguiar Barbosa, para acelerar demandas no órgão. Barbosa era braço direito do petista, que dirigiu a agência entre 2007 e 2010, quando deixou o cargo para concorrer ao Palácio do Buriti.

Os grampos foram feitos com autorização judicial durante a Operação Panaceia, desencadeada em Minas por uma força-tarefa integrada por Ministério Público, Polícia Civil e Receita Estadual, com apoio da Anvisa e do Ministério da Justiça. A procuradoria pediu o compartilhamento das provas e abrirá procedimento administrativo para analisá-las, disse o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Como o jornal O Estado de S.Paulo revelou em 14 de março, uma agenda apreendida durante as operação, com anotações da contabilidade da diretoria do grupo farmacêutico, registra supostos pagamentos ao petista em 2010, ano eleitoral.

Nos grampos feitos naquele ano, um dos diretores do Hipolabor, Renato Alves da Silva - preso em abril de 2011 na operação -, conversa com um representante da empresa na Anvisa, Francisco Borges Filho, ex-chefe de gabinete de Agnelo quando deputado federal, e pede a ele que Barbosa interfira num departamento da agência em favor da empresa.

De acordo com os áudios, a cúpula do laboratório estava entusiasmada com a possibilidade de Agnelo se eleger em 2010 e, assim, emplacar aliados na Anvisa. A intenção, segundo os diálogos, era que o próprio Barbosa chefiasse a agência, o que poderia facilitar demandas do grupo.

Agnelo é chamado de "Magrelo", variação do apelido usado pelo grupo do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, nas interceptações da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Nelas, o governador figura como "Magrão".

Agenda

Documentos apreendidos na Panaceia indicam ainda que o deputado Fábio Ramalho (PV-MG) servia de intermediário do laboratório na Anvisa. E-mails mostram que ele próprio marcava reuniões de interesse da empresa na agência.

A agenda com anotações contábeis registra supostos repasses a Ramalho, alguns de R$ 30 mil. Os valores vêm ao lado da anotação "Fabinho", apelido do parlamentar. O nome e o sobrenome do deputado aparecem em documento que relaciona supostos pagamentos de viagens.

A procuradoria já recebeu as provas. Se concluir que há indícios de crime, Gurgel disse que pedirá ao Superior Tribunal de Justiça a abertura de novo inquérito contra Agnelo ou a anexação à investigação já em curso, que apura supostas irregularidades cometidas quando o petista dirigia a Anvisa. "Se as condutas são inter-relacionadas, seria no mesmo inquérito. Se são fatos diversos, seria num outro inquérito."

Pedido

Ex-assessor de Agnelo, Borges atua em Brasília como representante de 20 laboratórios, nas suas palavras. Ouvido pela reportagem, ele confirmou ter pedido a Rafael Barbosa, de quem se diz amigo pessoal, que acelerasse a publicação de certificado de boas práticas na Anvisa. O documento é exigido para o registro de medicamentos e comercialização. Sem ele, não é possível participar de licitações públicas.

"Por que que eu pedi para o Rafael? Trabalhei com o Agnelo na Câmara, fui chefe de gabinete dele. Quando ele (Rafael) foi para lá, fui pedir um favor. Fui pedir um favor para ele agilizar, publicar a certificação do laboratório", afirma, acrescentando que o pleito não foi atendido e que não vê irregularidade na situação. "Sou teu amigo, tu é diretor de um órgão. Eu chego lá e digo: ?Verifica a situação de empresa tal, qual é a possibilidade que tem de tu me ajudar. Se tu me disser onde é que está errado isso aí...?. Tá errado?"

Em seu mandato na Anvisa, Agnelo assinou ao menos oito resoluções que beneficiaram o Hipolabor e outras duas empresas do grupo: Sanval e Rhamis. Elas receberam certificados de boas práticas. Barbosa trabalhou como adjunto do petista de 7 de maio de 2008 a 29 de dezembro de 2010, deixando o cargo para assumir a Secretaria de Saúde.

As reuniões de diretores da agência com representantes de laboratórios são, por regra, realizadas na presença de técnicos, com registro em ata. Mas Borges diz que o pedido foi informal. "Nunca pedi nenhuma agulha pro Agnelo e tudo o que eu pedi para o Rafael foi dentro da lei. Nunca pedi um rolo pro Rafael."

Borges diz que o deputado Fábio Ramalho encaminhava demandas para o laboratório na Anvisa e era "quem mais marcava audiências para o Hipolabor", entre elas encontros com o diretor-presidente, Dirceu Brás Aparecido Barbano, e seu antecessor, Dirceu Raposo de Melo. "O Fábio é amigo carne e unha com o dr. Renato Alves da Silva. Ele fez 150 pedidos de audiência para o dr. Dirceu Raposo para resolver um monte de coisas lá para ele."

Segundo Borges, seu trabalho na Anvisa consiste em encaminhar processos, mediante procuração dos laboratórios. "Pode ser classificado como ajuda. Não pode ser tráfico de influência. A burocracia nossa que está matando o sistema".

O ex-chefe de gabinete falou à reportagem na quinta-feira, no condomínio em que mora em Brasília, após a reportagem se identificar e dizer que queria ouvi-lo sobre a Panaceia. Ele falou por mais de uma hora. Um dia depois, quando outros envolvidos no caso foram procurados, Borges ligou para a redação, na tentativa de impedir a publicação de suas declarações. "Deixa isso para lá. Me esquece que eu te esqueço. A gente senta e conversa e eu até te ajudo em outras coisas", propôs. "Isso aí é matéria que mandaram passar por Aécio (senador Aécio Neves, do PSDB-MG) para tentar atingir Agnelo." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Merck Serono e Dr. Reddy em parceria

08/06/2012 - 12:04

A Merck KGaA anunciou na quarta-feira uma parceria entre a sua divisão Merck Serono com os laboratórios Dr. Reddy para desenvolver uma série de produtos produtos biosimilares oncológicos, principalmente focados em anticorpos monoclonais. O CEO da Merck Serono, Stefan Oschmann, referiu que "a partilha de know-how, riscos e benefícios é a abordagem certa para entrar no mercado emergente de biosimilares", avança o site FirstWord.

No início deste ano, a Merck criou uma unidade dedicada aos biosimilares, com base no cantão de Vaud, na Suíça, onde as principais instalações de fabrico de produtos biológicos da Serono estão localizados. Enquanto isso, a Dr. Reddy vende atualmente quatro medicamentos biológicos similares na Índia e outros mercados seleccionados e tem vários agentes adicionais em vários estágios de desenvolvimento.

Sob os temos do acordo, as empresas vão co-desenvolver as moléculas, sendo que a Dr. Reddy assume a liderança do desenvolvimento desde o início até a conclusão da Fase I de ensaios, e a Merck assume responsabilidade pela produção e fase final de ensaios. As duas partes vão dividir os custos de I&D, embora detalhes adicionais financeiros não tenham sido divulgados.

A Merck anunciou que vai comercializar os produtos biológicos similares globalmnte, fora dos EUA e com a excepção de alguns mercados emergentes, onde os medicamentos serão co-comercializados ou onde a Dr. Reddy mantém os direitos exclusivos. A Merck pagará royalties pelas vendas à Dr. Reddy, enquanto nos EUA as empresas vão co-comercializar os produtos numa base de participação nos lucros.

Abbott, uma das melhores empresas para Cientistas trabalharem.

A Abbott está entre as 10 primeiras na lista anual “Melhores Lugares para Trabalhar na Indústria”, publicada anualmente pela revista americana The Scientist. Na lista de 2010, a Abbott é a melhor classificada entre as indústrias farmacêuticas e a 4ª. da lista “Maiores Empresas”. Esta é a sétima vez que a Abbott está na lista desde que a revista The Scientist começou a classificar as empresas, em 2003. Esta lista de prestígio tem por base uma pesquisa detalhada feita com cientistas de empresas de biociências e instituições de pesquisa no mundo todo. As listas estão incluídas na edição impressa e online de maio da The Scientist, disponível a partir de hoje.
"O sucesso da Abbott começa com seus cientistas e nossa presença nesta lista reconhece o comprometimento em construir uma forte comunidade científica que seja criativa e participativa na busca de novas soluções para os pacientes," afirmou John Leonard, Vice-Presidente Sênior de Pesquisa e Desenvolvimento da Divisão Farmacêutica da Abbott.
"Os vencedores deste ano incluem empresas inovadoras, que valorizam a criatividade científica e encorajam os funcionários a contribuir com suas comunidades," disse Edyta Zielinska, Editora Associada do The Scientist.
Aos entrevistados da pesquisa da The Scientist foi solicitada uma avaliação do ambiente de trabalho, de acordo com 45 critérios em oito categorias diferentes, incluindo satisfação geral no trabalho, treinamento, benefícios e flexibilidade. Os entrevistados mencionaram treinamento, desenvolvimento educacional e um senso de comunidade como os principais fatores para determinar um ambiente de trabalho positivo.
Na Abbott, os empregados têm oportunidade de progredir, liderar e crescer em suas carreiras por meio de treinamento, orientação, rede de grupos de trabalho e programas de desenvolvimento extensivo. Os cientistas da Abbott são recompensados com prêmios do chairman, do presidente, prêmios para invenção/patente e encaminhamento à Sociedade Volwiler, estabelecida em 1985, com a finalidade de destacar os cientistas e engenheiros mais notáveis da empresa.
A Sociedade Ernest H. Volwiler – assim chamada, em homenagem ao cientista internacionalmente renomado e ex-presidente do Conselho de Administração da Abbott – encoraja o crescimento profissional e busca estimular, reconhecer e expor as inovações científicas na Abbott. Todo ano, a Sociedade Volwiler emite um Certificado de “Pesquisa Excepcional” para os cientistas e equipes da Abbott que deram importantes contribuições em suas áreas científicas.

A Abbott é amplamente conhecida como uma das Melhores Empresas para Trabalhar - Além de reconhecida como uma das melhores empregadoras para cientistas, a Abbott foi indicada como um ótimo lugar para trabalhar em mais de 20 países no mundo. A Abbott também foi considerada como um dos "50 Melhores Lugares para Iniciar uma Carreira" pela revista BusinessWeek; uma das 10 primeiras entre as “100 Melhores Empresas para a Mãe que Trabalha”, publicada pela revista Working Mother, e apontada como uma das melhores empresas em diversidade, pela revista DiversityInc. A revista FORTUNE tem escolhido, todo ano, a Abbott como uma das "Empresas mais Admiradas da América“, desde o início de publicação da lista, em 1983; e neste ano também considerou a Abbott como a “A Mais Admirada Indústria Farmacêutica”
Sobre a The Scientist
The Scientist, a premiada revista sobre a ciência da vida, leva informação e entretenimento a profissionais de ciências biológicas em todo o mundo há mais de 20 anos. Cobre, nas versões impressas e on-line, os últimos avanços em ciências biológicas, incluindo tendências de pesquisas, novas tecnologias, notícias, negócios e carreiras. É lida pelos principais pesquisadores acadêmicos e da indústria, interessados numa visão ampla das ciências biológicas e na leitura de artigos atuais, concisos e precisos. Para mais informação sobre a revista The Scientist, acesse www.the-scientist.com.
Sobre a Abbott
A Abbott é uma empresa global, diversificada em saúde, dedicada à descoberta,desenvolvimento, produção, e comercialização de produtos médicos e farmacêuticos, incluindo nutricionais, equipamentos e diagnósticos. A empresa emprega aproximadamente 83.000 pessoas e comercializa seus produtos em mais de 130 países.

Eparema patrocina o “Maior Forró do Mundo”

07/06/2012 - 10:13
Nota de C&T: Parabéns ao Mkt da Takeda por reconhecer nos festejos juninos uma grande oportunidade de exposição de sua marca "Eparema". Não esqueçam que Campina Grande-PB tem o "Maior São João do Mundo" e Caruaru-PE "O Melhor São João do Mundo".
Eparema, medicamento fitoterápico indicado para distúrbios do fígado e da digestão produzido pelo laboratório Takeda, entra no clima das festas juninas e no ritmo de forró patrocinando a primeira edição do “Maior Forró do Mundo”, evento inédito que reunirá grandes nomes do forró e da música popular brasileira nos dias 08 e 09 de junho. “Participar de um do evento que reúne o que há de melhor na cultura nordestina típica desta época do ano é uma grande oportunidade de reforçar a imagem da marca e as funcionalidades do produto”, explica Laís Rosin, diretora de marketing OTC do laboratório Takeda.

A festa, que pretende reunir um público de aproximadamente 60 mil pessoas, terá uma quermesse com barracas de comidas típicas e jogos, além de dois palcos – Gonzagão e Arrastapé - onde convidados como Bruno e Marrone, Aviões do Forró, Garota Safada e Solteirões do Forró e apresentarão. “Nesta primeira edição do evento, Eparema contará com exposição da marca no local da festa e com a presença da plantinha carnívora, personagem principal da atual campanha, que promete divertir e interagir de forma bem humorada com o público”, completa Bruno Gallerani, gerente de marca OTC do laboratório Takeda.

A estratégia de Eparema é aproveitar a tradição das festas juninas para estreitar o relacionamento com seus clientes e ampliar a visibilidade da marca. O patrocínio é a segunda ação da marca em 2012. Além do patrocínio do “Maior Forró do Mundo”, Eparema continuará investindo, sobretudo, em ações para o público final, por meio da presença nas principais festas típicas regionais ao longo do ano.

.[Maior Forró do Mundo, dias 08 e 09 de junho (sexta e sábado), na Arena do Sitio – CE].

Eparema® é um medicamento fitoterápico (medicamento composto de extratos vegetais) cujos benefícios vêm sendo transmitidos de geração para geração desde 1934. Produzido à base de extrato de boldo, cáscara sagrada e ruibarbo, elimina o desconforto causado pela digestão lenta e difícil e alivia a "sensação de peso" após a ingestão de alimentos gordurosos. [ www.eparema.com.br].

Eparema® Peumus boldus, Rhamnus purshiana e Rheum palmatum(Boldo, Cáscara Sagrada e Ruibarbo). EPAREMA® é indicado para os distúrbios do fígado e da digestão e para os casos de prisão de ventre leve. Se persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado. EPAREMA® é um medicamento. Seu uso pode trazer riscos. procure o médico e o farmacêutico. Leia a bula. Medicamento registrado com base no uso tradicional, não sendo recomendado seu uso por período prolongado.Registro MS - 1.0639.0030 Junho/2012.

Takeda Brasil -Com sede localizada em São Paulo e fábrica em Jaguariúna, a Takeda Brasil é uma companhia global japonesa orientada para pesquisas, com foco principal em produtos farmacêuticos. Presente em mais de 70 países, ocupa o 12º lugar no ranking das companhias farmacêuticas globais. A Takeda tem presença consolidada no mercado brasileiro, fabricando e comercializando mais de 40 produtos, distribuídos entre as linhas de prescrição médica (Rx), uso hospitalar e medicamentos isentos de prescrição (OTC), como Neosaldina® (analgésico), Eparema® (digestivo), Nebacetin® (antibactericida), entre outros.

No Brasil, a Takeda reúne cerca de 1.200 colaboradores e sua fábrica tem capacidade de produzir 100 milhões de unidades por ano. [www.nycomed.com.br].

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Estudo conclui que Actos® da Takeda pode aumentar o risco de cancro da bexiga

04/06/2012 - 09:16
As descobertas de um estudo publicado no BMJ indicam que o medicamento para a diabetes da Takeda, o Actos® (pioglitazona), está associado com um risco aumentado de cancro da bexiga, embora o risco absoluto permaneça baixo. O investigador Laurent Azoulay referiu que a ligação entre o fármaco e o cancro da bexiga é "controversa, com vários estudos relatando resultados conflituantes, de riscos modestos acrescidos para a não associação". No entanto, ele disse que "os médicos, doentes e as agências reguladoras devem estar cientes desta associação na avaliação dos riscos globais e dos benefícios desta terapia", diz, citado pelo site FirstWord.
Para o estudo de coorte retrospectivo, os cientistas examinaram registos médicos de 115 727 pessoas na Grã-Bretanha que começaram a tomar medicação para a diabetes tipo 2 entre 1988 e 2009. Os investigadores identificaram 470 incidentes diagnosticados de cancro da bexiga durante um período de follow-up de mais de 4,5 anos, que segundo os investigadores se traduz para uma taxa global de cerca de 89 casos por 100 000 pessoas-ano, contra 73 casos por 100 000 pessoas-ano população geral no Reino Unido em 2008.
Os investigadores compararam os 376 casos de cancro da bexiga diagnosticados após um ano de follow-up com 6699 pessoas que não desenvolvem a doença. O estudo descobriu que Actos® está associado a uma taxa de risco de 83% para cancro da bexiga. Além disso, a utilização de Actos® durante dois anos ou mais estava associada com 88 casos adicionais de cancro da bexiga por 100 000 pessoas-ano, aumentando para 137 casos adicionais entre os doentes que tinham tomado dosagens cumulativas de mais de 28 000 miligramas do fármaco. Os investigadores referiram que nenhum aumento de risco foi observado com o medicamento Avandia®(rosiglitazona), da GlaxoSmithKline, outro fármaco à base de tiazolidinediona disponível no Reino Unido durante o período de estudo.
Num editorial que acompanha o estudo, Dominique Hillaire-Buys e Jean-Luc Faillie disseram que o estudo poderia levantar questões sobre o uso futuro do Actos®. "Os médicos que são em última instância responsável pelas escolhas terapêuticas pode, legitimamente questionar se a relação benefício-risco do [Actos®] ainda é aceitável para os pacientes com diabetes", comentaram.
No ano passado, tanto a FDA como a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) concluíram revisões de segurança do Actos®, emitindo avisos sobre um possível risco aumentado de cancro da bexiga associado ao tratamento. Reguladores em França e na Alemanha já tinham suspendido o uso do medicamento. As vendas de Actos® atingiram um pico de quase 5 mil milhões de dólares no ano até Março de 2010, mas a receita desde então diminuiu.
Atenção: Toda e qualquer matéria reproduzida neste Blog tem sua origem descrita final da reportagem com  link que levará o leitor ao site original que publicou ou republicou a referida matéria, assim como também, recomendamos aos leitores de matérias relacionadas à saúde, que por hipótese alguma façam uso ou deixe de fazer, de produtos ou métodos terapêuticos aqui republicados sem consultar um profissional de saúde devidamente habilitado na matéria. Este é um Blog particular no qual o seu criador não tem habilitação profissional emitida ou reconhecida pelos órgãos reguladores da saúde. Não nos responsabilizamos por quaisquer danos ou prejuízos que o leitor venha a ter por inobservância deste alerta.

Sandoz amplia portefólio das linhas de Sistema Nervoso Central e de Cardiologia

05/06/2012 - 08:49
A área de Sistema Nervoso Central da Sandoz, segunda maior fabricante mundial de genéricos e empresa do grupo suíço Novartis, participará do Congresso Brasileiro de Epilepsia que acontece de 07 a 09 de Junho, em Ribeirão Preto. Na oportunidade, a empresa divulgará o medicamento Toptil®, uma importante opção para o tratamento de crises epilépticas, em adultos e crianças, avança comunicado de imprensa.

Esse segmento vem despontando como uma importante área dentro da divisão de prescrição da Sandoz por possuir seis das 15 principais moléculas do mercado, que no Brasil obteve crescimento de 16% em cinco anos. Esse resultado foi impulsionado pela ampliação constante do portefólio, principalmente com genéricos de marca.

A empresa prevê ainda investimentos no lançamento de novas moléculas que deverão se repetir nos próximos anos.

Já a divisão de Cardiologia participará do XXXI Congresso SOCESP (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo) que acontecerá na capital paulistana de 6 a 9 de Junho. O destaque do laboratório ficará por conta do lançamento da Valsartana, medicamento indicado para o tratamento da hipertensão que recebeu aprovação da Anvisa, em marco de 2012. A área possui um robusto portefólio formado por cerca de 20 medicamentos produzidos a partir de importantes moléculas deste segmento como: Candesartana, Rosuvastatina, Atenolol, Captopril, Maleato de Enalapril e Losartana.

Generalidades sobre os genéricos

Por Celio Levyman em 05/06/2012 na edição 697

Muito bem, apesar de não ser aparentemente um tema complexo e polêmico, escrever sobre os medicamentos genéricos não é exatamente uma tarefa fácil e pretendo deixar claro o porquê.

Ontem (30/5), em alguns órgãos de mídia, tradicionais e na internet, publicou-se pesquisa divulgada por instituições públicas e de defesa do consumidor mostrando dados bastante chamativos, como variações monstruosas de preços entre o medicamento referência e um fabricante de seu genérico (caso do antinflamatório diclofenaco, com mais de 4.000% de variação) e mesmo variações extraordinárias de preço entre o mesmo medicamento de referência em farmácias distintas do mesmo estado.

Em primeiro lugar, algumas críticas: creio ser bastante óbvio o assunto preço e qualidade de medicamentos para a população em geral, uma vez que muita gente tem que usar um ou mais medicamentos eventualmente, e várias pessoas de modo crônico. Contudo, a divulgação do assunto foi quase restrita e praticamente reproduzindo dados, sem comentários, entrevistas, avaliações etc. Online, alguns internautas postaram alguma coisa, mas ficou por aí. Escorregada feia da imprensa sensu lato.

Vamos então ao que interessa, tentando preencher essa lacuna, antes, porém, comentando as dificuldades que um médico enfrenta ao querer abordar o assunto.

Lei dos Genéricos

Apenas para lembrar, os medicamentos possuem um princípio ativo, também conhecido como nome genérico, que é a droga em si. Até 1999, a indústria farmacêutica lançava um remédio, batizava o mesmo com um nome fantasia e detinha a patente. O primeiro a fabricar o mesmo, em geral alguma multinacional, que pesquisou o mesmo. Contudo, no governo FHC, seguindo modelo usado em países com sistemas de saúde distintos, como EUA, Reino Unido e Canadá, foi aprovada a Lei dos Genéricos. Ela alterava legislação anterior de 1976 em pontos fundamentais: a propriedade intelectual, ou patente, ficava reduzida a dez anos. Após esse período, o laboratório proprietário da marca poderia continuar fabricando e comercializando seu produto, mas qualquer outro laboratório que mostrasse interesse poderia solicitar à Anvisa a fabricação do genérico do mesmo. Comercializado com o nome do princípio ativo, em embalagem com faixa amarela e um “G”, o remédio certamente custaria menos: não seria computador na margem de lucro os gastos com o desenvolvimento da droga, o marketing inicial, a propriedade do nome fantasia, amostras grátis e um longo etc. Resumindo, seria vendido apenas o medicamento em si, com seu nome genérico e a preços mais baixos. A previsão inicial baseava-se no que acontecia em outros países, com uma média de corte do valor final ao consumidor (preço máximo ao consumidor, PMC) da ordem de ao menos 50%, tornando acessíveis a inúmeras pessoas medicamentos antes impensáveis em serem utilizados por boa parte da população.

Com relação à qualidade, o texto legal exige que o laboratório que queira fabricar um determinado produto genérico deve apresentar três amostras do seu a serem comparadas com o medicamento referência em testes laboratoriais de bioequivalência e biodisponibilidade; simplificando, testes que mostrariam se o genérico efetivamente continha a mesma droga e na mesma concentração que o de marca e se seria metabolizada no corpo do paciente do mesmo modo. Sendo assim, caso a equivalência fosse atestada, o mesmo remédio teria a vantagem de ser mais barato.

Claro que houve amplo uso político da Lei dos Genéricos, especialmente pelo então ministro da Saúde, José Serra, que cita esse seu feito até os dias de hoje em todas as campanhas eleitorais de que participou. De qualquer forma, foi um avanço muito grande, assim como os benefícios para os usuários de medicamentos também são evidentemente extraordinários.

Exame de equivalência

No bojo da campanha para lançamento dos genéricos e/ou nos textos legais, incentivou-se a classe médica e demais profissionais de saúde a prescreverem em seus receituários o nome genérico, ficando a critério do comprador se levaria o de marca ou algum mais barato. A rede pública de saúde também estava obrigada a utilizar genéricos e os médicos, a receitarem nos papéis públicos a nomenclatura genérica.

As entidades de classe, como o Conselho Federal de Medicina e os regionais, associações médicas e do consumidor etc. apoiaram efusivamente a nova Lei, com toda a razão. Falar algo “contra” genéricos passou a ser considerado quase um crime, uma evidência da ligação do médico com a indústria farmacêutica; e, claro, não existindo apena um remédio de marca e seus genéricos, mas também os similares, que são fabricados por laboratórios com nomes fantasia diferentes, mas não têm os mesmos deveres de controle de qualidade, lançaram-se muitos avisos de “Cuidado!”, uma vez que se poderia estar sendo vendido gato por lebre, sem controle. Assim, comentar sobre genéricos é no mínimo polêmico; alguns podem julgar antiético e talvez mesmo ilegal.

Mas um bom tempo já se passou desde 1999 e algumas coisas fazem com que os médicos fiquem a pensar, mas nem sempre dispostos a comentar publicamente. Não que seja algum tipo de heroísmo de minha parte, até mesmo por não haver como provar ou deixar de provar a maioria dessas questões, mas é incômodo falar sobre hipóteses, contra a corrente e, pior ainda, aparentando ser contra a economia popular... Não é nada disso, não tenho vínculos com indústrias farmacêuticas, nacionais ou multinacionais, tampouco com farmácias. O que me incomoda, creio ser de fácil compreensão.

Vejamos: controle de qualidade. Os laboratórios credenciados pela Anvisa para fazer os citados testes de equivalência possuem renome institucional e não há porque duvidar de sua seriedade. Mas que certas coisas ficam nebulosas, isso ficam: ao contrário de alguns outros países, o exame de equivalência é exigido quando um determinado laboratório quer produzir um genérico, mas em nenhum momento ele é reavaliado depois, por amostragem e/ou fiscalização sem aviso. Isso gera uma questão clara: o laboratório “A” fabrica seu medicamento de referência, perde a patente e aparece o laboratório “B” desejando fabricar o genérico. Entrega seu produto para análise e é aprovado. Até aí, tudo perfeito. Mas quem garante que essa equivalência perfeita só ocorreu nessa primeira avaliação para aprovação e não foi mantida ao longo do tempo?

Observamos um número tão grande de laboratórios a fabricar genéricos, e a preços tão incrivelmente baixos, que a frase sempre lembrada do conservador economista Milton Friedman não pode deixar de ser lembrada: não há almoço grátis! Que o genérico seja mais barato pelas razões apontadas acima, se compreende bem, mas quando a esmola é demasiada, é claro que santos pacientes e médicos desconfiam. Preços incrivelmente mais baixos não podem ocorrer à toa!

Volta e meia creio que todo médico observa que um paciente seu, usando um medicamento de marca ou genérico de laboratório conhecido está bem controlado de seu problema de saúde, mas quando troca de fabricante de genérico, há uma piora do quadro clínico. Coincidência? Efeito psicológico? Má vontade com um benfeitor que quer lucrar pouco? Não há como saber, pois para isso necessitaríamos de novo exame de equivalência...

Cabe à imprensa levantar dúvidas

E as coisas são mais complexas: uma das únicas coisas sem sentido algum, que jamais deveria ocorrer no caso de medicamentos de marca versus genéricos, volta e meia acontece – o remédio referência sai mais barato que o genérico. Isso é a inversão completa do princípio fundamental a nortear a legislação! Claro que aparecem algumas explicações, como a de que o fabricante do medicamento referência resolveu por um tempo baratear seu produto para concorrer com os genéricos e, depois de tanto tempo já com a legislação em vigor, isso seria de se esperar como compensação econômico-legal previsível (nunca entendi quando advogados tentaram me explicar melhor essa parte, mas enfim...) e por aí vai. É mais ou menos como quando todos concordam que um Audi custa mais que um Gol, mas depois de alguns anos as concessionárias passam a vender o Gol mais caro.

Outra coisa: na rede pública, os médicos são obrigador a receitar o nome genérico, certo? Tem toda a lógica do mundo. Contudo, na prática, ao se dar a receita de um genérico para o paciente retirar em uma unidade de saúde, ele não sai com um medicamento dessa categoria, tampouco com o de referência, mas com um similar, muitas vezes de laboratórios completamente desconhecidos! Ora, isso vai contra a Lei dos Genéricos, mas a explicação dada se baseia na Lei das Licitações – vale o menor preço. O que ninguém explica é por que nos editais das tais licitações não consta que devem participar de tais concorrências apenas medicamentos genéricos, daí se aplicando o critério do menor preço.

Uma das coisas interessantes na legislação dos genéricos é deixar ao paciente o direito de escolha: esteja na prescrição o nome genérico ou de marca, ele pode escolher qual vai levar, segundo seus próprios critérios. Mas quando se trata de medicação controlada, em receituário especial (e isso não ocorria antes...), caso a receita tenha o nome do medicamento de marca, o paciente só pode levar aquele, e não o genérico do mesmo, enquanto o vice-versa vale! Dá para entender a lógica disso?

E voltamos ao começo do texto, as discrepâncias de preço: variações são esperadas, é uma economia de mercado. Mas existem tantos preços absurdamente caros quanto outros também efusivamente muito baratos que qualquer tentativa de explicação lógica cai por terra. Talvez a resposta seja a mesma do supercomputador do “Guia do Mochileiro das Galáxias”, que após bilhões de anos calculando a resposta para a pergunta fundamental sobre como, de onde e por que o universo e os seres que nele habitam existem deu a famosa resposta “42”. Então, nessas questões todas ligadas aos genéricos, acho que me encontro frente à mesma resposta “42”, pois ninguém explica satisfatoriamente o que ocorre.

Será um caso de teoria da conspiração exacerbada de minha parte? Deixei de ler alguma coisa nas entrelinhas? Todos estão contentes mesmo? Não sei. Mas para ter as respostas adequadas certamente não vai bastar o Ministério Público, Conselhos de Medicina, Procons e assemelhados a questionar: é mais uma vez papel da imprensa levantar todas essas dúvidas e outras mais certamente por aí existam, para que a sociedade pressione por uma transparência maior nesse nevoeiro medicamentoso.
***
[Celio Levyman é médico, mestre em neurologia pela Unifesp, ex-conselheiro e ex-diretor do Cremesp]



A ANVISA e suas publicações confusas para o público leigo.

Qual é a justificativa da ANVISA para que seus atos nem sempre sejam claros para sociedade? Como cidadão brasileiro, eu tenho dificuldade de entender as publicações feitas nos diários oficiais. Não seria o DOU (Diário Oficial da União) uma ferramenta para cidadãos comuns terem acesso e compreensão? Parece que o mesmo é ferramenta restrita para pessoas que têm largo conhecimento jurídico, no mínimo.

Especificamente sobre o assunto medicamento, entendo como importante que cada consumidor tenha conhecimento dos motivos que levam a ANVISA suspender a produção, comercialização, distribuição e outros atos de produtos por ele consumido. Vejam abaixo uma publicação de suspensão temporária da fabricação de um medicamento que qualquer cidadão poderá está fazendo uso. Qual foi o motivo da suspensão temporária?  A ANVISA precisa ser mais clara.

RESOLUÇÃO - RE No- 2.333, DE 1o- DE JUNHO DE 2012(*).

O Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe conferem o Decreto de recondução de 11 de outubro de 2011, da Presidenta da República, publicado no DOU de 13 de outubro de 2011 e o inciso X do art. 13 do Regulamento da ANVISA, aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, tendo em vista o disposto no inciso VIII do art. 16 e no inciso I, § 1º do art. 55 do Regimento Interno da ANVISA, aprovado nos termos do Anexo I da Portaria n.º 354, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, resolve:

Art. 1º Deferir cancelamento de registro do medicamento, renovação de registro de medicamento, suspensão temporária de fabricação, cancelamento de registro da apresentação do medicamento, inclusão de nova apresentação comercial, inclusão de novo acondicionamento e retificação de publicação, conforme relação anexa;

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO

(*) Esta Resolução e o anexo a que se refere serão publicados em suplemento à presente edição.

Segue o suplemento:

APRESENTAÇÃO - ANVISA

FUMARATO DE FORMOTEROL

ANTIASMATICOS

FORMARE 25351.013724/2003-15 01/2014

COMERCIAL 1.0033.0116.001-5 18 Meses

12 MCG CAP GEL DURA C/ PÓ INAL CT BL AL AL X 30

Não informado

1987 SIMILAR - SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DE FABRICAÇÃO

COMERCIAL 1.0033.0116.002-3 18 Meses

12 MCG CAP GEL DURA C/ PÓ INAL CT BL AL AL X 30 +

INALADOR

Não informado

1987 SIMILAR - SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DE FABRICAÇÃO

COMERCIAL 1.0033.0116.003-1 18 Meses

12 MCG CAP GEL DURA C/ PÓ INAL CT BL AL AL X 60

Não informado

1987 SIMILAR - SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DE FABRICAÇÃO

COMERCIAL 1.0033.0116.004-1 18 Meses

12 MCG CAP GEL DURA C/ PÓ INAL CT BL AL AL X 60 +

INALADOR

Não informado

1987 SIMILAR - SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DE FABRICAÇÃO

Nota de responsabilidade de Edson Teófilo Fernandes, responsável pelas publicações e republicações deste Blog.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Ranbaxy recebe OK dos EUA para tratamento da acne

31/05/2012 - 11:53
A Ranbaxy recebeu a aprovação dos EUA para o medicamento para o tratamento da acne Absorica® e espera lançar o fármaco no mercado norte-americano no quarto trimestre deste ano, avança a agência Reuters.

O produto foi desenvolvido em conjunto pelo o grupo canadiano Cipher Pharmaceuticals e pela Galephar Pharmaceutical Research, sendo que a Ranbaxy detém os direitos de comercialização do medicamento nos EUA.

Após a aprovação, a Cipher receberá um pagamento 9 milhões de dólares da Ranbaxy, dos quais 4,5 milhões de dólares serão partilhados com a Galephar, explicou o grupo canadiano.

A Cipher também irá receber royalties sobre as vendas líquidas da Ranbaxy – que é maioritariamente propriedade da empresa japonesa Daiichi Sankyo.

O mercado norte-americano de tratamento da acne valia cerca de 400 milhões de dólares em 2011.

O Absorica® será a principal marca da força de vendas especializada em dermatologia da Ranbaxy, disse Venkat Krishnan, vice-presidente sénior da Ranbaxy para a região da América.

FDA aprova primeiro medicamento fabricado com cenoura transgénica

31/05/2012 - 07:46

Cientistas israelitas conseguiram produzir um medicamento através de células de cenoura geneticamente modificada. O medicamento alivia os sintomas da doença de Gaucher, causadora de deficiência na produção da enzima glucocerebrosidase. Sem ela, ocorre o acúmulo de gordura em órgãos como o baço, fígado e rins, além do aparecimento de infecções ósseas e anemia, avança o site CenárioMT.com.br.

Para resolver este problema, os investigadores desenvolveram um método que permite fabricar esta enzima em células de cenoura geneticamente modificada. A substância, quando aplicada nos portadores da doença, reduz a formação dos depósitos de gordura em até 40%.

Segundo a FDA (entidade que regula os medicamentos nos EUA), que aprovou o medicamento no início do mês, cerca de seis mil norte-americanos sofrem com a doença de Gaucher actualmente.

Biofarmacêutica belga UCB compra 51% das acções da brasileira Meizler

Nota C&T: A corrida por compra de empresas brasileiras continua. É a internacionalização do mercado farmacêutico brasileiro. Por trás destas aquisições há um ponto positivo; a confiança em produtos frabricados por empresas nacionais são mais confiáveis do que a uma ou duas décadas passadas.

01/06/2012 - 14:38

A empresa biofarmacêutica belga UCB anunciou esta quinta-feira a compra de 51% das acções da farmacêutica brasileira Meizler Biopharma, avança a Agência Estado.

Segundo comunicado divulgado à imprensa, o acordo prevê pagamentos relacionados ao desempenho dos próximos anos e opção de aquisição futura das demais 49% das acções.

O valor da transacção não foi divulgado.

A empresa passará a ser chamada de Meizler-UCB Biopharma S.A..

A UCB é uma multinacional com foco em investigação e desenvolvimento de medicamentos. A empresa teve uma receita de 3,2 mil milhões de euros em 2011. Já a Meizler Biopharma registou uma receita de 36 milhões de euros em 2011. O seu portefólio cobre áreas terapêuticas como sistema nervoso central e sistema imunológico.