sábado, 29 de junho de 2013

XTANDI™ da Astellas autorizado na UE para o cancro da próstata avançado

28/06/2013 - 15:14
A Comissão Europeia concedeu a autorização de introdução no mercado para XTANDI™ (enzalutamida), indicado para o tratamento de cancro da próstata metastático resistente à castração, depois de, em Abril de 2013, o fármaco ter recebido um parecer positivo pelo Comité de Medicamentos para Uso Humano da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendando a sua aprovação. A autorização de introdução no mercado aplica-se a todos os estados membros da União Europeia, assim como à Irlanda, Liechtenstein e Noruega, pertencentes à Área Económica Europeia, anunciaram a Astellas Pharma Europe Ltd. e a Medivation, Inc, avança comunicado de imprensa.
XTANDI™ tem indicação para o tratamento do cancro da próstata metastático resistente à castração, em homens adultos cuja doença tenha progredido durante ou após quimioterapia com docetaxel. O fármaco é um inibidor do sinal do receptor androgénico - de toma única diária e apresentado em cápsulas – e actua em diferentes fases na via de sinalização do receptor androgénico (RA), o que tem demonstrado reduzir o crescimento das células tumorais e induzir a sua morte (apoptose).
Para especialistas internacionais, esta nova opção de tratamento para cancro da próstata avançado é um grande passo. Segundo Johann de Bono, Professor no Institute of Cancer Research, em Londres, e Consultor de Medicina Oncológica na The Royal Marsden NHS Foundation Trust, “este é um desenvolvimento muito importante na terapêutica do cancro da próstata que permitirá uma nova e importante opção de tratamento para os doentes com cancro da próstata avançado, após a quimioterapia”, realçando ainda o facto de a enzalutamida melhorar a qualidade de vida e o tempo de sobrevida dos doentes com cancro da próstata avançado.
A autorização na União Europeia, foi baseada nos resultados do ensaio clínico de fase III, AFFIRM, no qual a enzalutamida demonstrou uma melhoria estatisticamente significativa (p<0,0001) na sobrevida global comparativamente ao placebo, com uma sobrevida média de 18,4 meses no grupo tratado com enzalutamida versus 13,6 meses no grupo tratado com placebo, ou seja, apresentou uma vantagem de sobrevida adicional de 4,8 meses [OR = 0,631]. O ensaio clínico também concluiu que a enzalutamida foi, geralmente, bem tolerada pelos doentes. O ensaio clínico de fase III AFFIRM foi aleatorizado, multinacional, com dupla ocultação e controlado por placebo, tendo avaliado a eficácia e segurança da enzalutamida (160 mg/dia) versus placebo, em 1199 homens com cancro da próstata metastático resistente à castração, previamente submetidos a quimioterapia baseada em docetaxel.
O cancro da próstata avançado define-se como cancro que, para além da próstata, se propaga a outras partes do corpo (metástases). Muitos homens com cancro da próstata avançado podem, eventualmente, desenvolver resistência ao tratamento de privação de androgénio, designado por cancro da próstata resistente à castração (CPRC). Cerca de 10 a 20 por cento dos doentes com cancro da próstata apresentam um estado avançado e mais de 40 por cento dos homens diagnosticados com cancro da próstata podem evoluir para uma doença avançada.
A incidência do cancro da próstata tem vindo a aumentar, sendo o cancro mais diagnosticado em homens europeus.
Actualmente, os doentes com CPRC metastático dispõem de poucas opções de tratamento. Assim, há a necessidade de novos compostos que possam oferecer opções terapêuticas alternativas para doentes com cancro da próstata num estádio avançado.
Recentemente, a Health Canada aprovou XTANDI™, tendo a FDA (Food and Drug Administration) aprovado o fármaco em Agosto de 2012. No Japão, foi submetido, em Maio de 2013, o pedido de autorização de comercialização de XTANDI™.


Lyxumia® da Sanofi é primeira terapêutica a diabetes da sua classe aprovada no Japão

28/06/2013 - 15:41
A Sanofi acaba de anunciar, em comunicado de imprensa, que o Ministério da Saúde, Trabalho e Segurança Social do Japão, aprovou a produção e distribuição do Lyxumia® (lixisenatide) para o tratamento da diabetes tipo 2.
O Lyxumia® é o primeiro agonista do receptor do GLP-1 com uma administração diária e efeito prandial aprovado no Japão para o uso em combinação com a insulina basal.
O Lyxumia® é indicado para os doentes com diabetes mellitus tipo 2 que não atinjam controlo glicémico através de dieta e exercício + tratamento com sulfonilureias (com ou sem biguanidas) ou dieta e exercício + insulina solúvel de efeito prolongado ou intermédio (com ou sem sulfonilureias).


Aspen compra negócio da MSD por mil milhões de dólares

28/06/2013 - 09:44
A Aspen Pharmacare, farmacêutica da África do Sul, disse esta quinta-feira que vai adquirir um negócio de medicamentos e fabricação da farmacêutica norte-americana MSD (conhecida nos EUA como Merck & Co.), num acordo de mil milhões de dólares, para reforçar a sua presença na Europa, América Latina e Ásia, avança a agência Reuters.
A maior fabricante de medicamentos genéricos da África está a seguir um caminho de aquisições agressivas este ano, que ampliou a sua oferta de medicamentos em regiões de rápido crescimento, como América Latina e sudeste da Ásia, e elevou o preço da sua acção.
A Aspen disse na semana passada que estava em negociações para comprar medicamentos para tratamento da trombose e uma fábrica francesa da GlaxoSmithKline, num acordo que provavelmente também será de mil milhões de dólares.
Os analistas não esperam que o negócio com a MSD inviabilize a compra da GlaxoSmithKline.
"O acordo com a MSD é bastante bom para o seu plano de expansão", disse Sibonginkosi Nyanga, analista da Imara SP Reid. "Eles têm comprado activos em quase todo o mundo. O seu negócio quase deixou de ser um negócio sul africano. Agora é uma operação bem diversificada".
A Aspen disse em comunicado que iria comprar uma carteira de 11 medicamentos - incluindo terapias de reposição hormonal, contraceptivos orais e um anti-coagulante - da MSD e um negócio de fabricação, na Holanda, que também tem uma unidade nos EUA.


Ser Propagandista ou Representante - 14 de julho, dia do Propagandista da Indústria Farmacêutica.


Pasta de trabalho (a catarina).
Companheira inseparável do
Propagandista.
Com o passar do tempo tenho observado o quanto a sociedade conhece as coisas na forma genérica. Parece que fomos preparados para conhecer a fórmula montada e não como montá-la. Nada fora do normal, é assim mesmo que enxergamos as coisas, observar os detalhes fica para aqueles que têm interesses específicos. Temos tendências em falarmos algumas frases que a princípio estão completas, mas não compreendidas na sua totalidade, tais como: o sistema político é falho, estamos em crise, a saúde pública está sucateada, a indústria farmacêutica é um exemplo do capitalismo selvagem, entre outras. Não há certo nem errado nessas afirmativas, tudo depende da forma que cada um entende ou precisa entender. Não sabemos explicar as falhas do sistema político, não sabemos descrever a crise, não sabemos definir como a saúde está sucateada e muito menos conhecemos a indústria farmacêutica em detalhes, etc
Quando falamos de representante ou propagandista de medicamentos não é diferente. Poucos conhecem a diferença existente entre eles, no geral todos dizem que são sinônimos, isso é um equívoco. A diferença existente não faz um ser mais importante do que o outro, mas são profissionais com perfis diferentes entre si. O representante está focado diretamente para os negócios, os propagandistas para como os negócios serão sedimentados, mas nada impede deles exercerem as mesmas funções.
O representante no tocante as suas habilidades profissionais desenvolvidas a partir de seus investimentos no conhecimento, tem sitio de ação muito amplo que poderá ser aproveitado em vários segmentos do mercado, enquanto o propagandista ao longo do tempo se especializou em conhecimentos específicos de acordo com a vocação de sua empresa. Nenhum dos dois é protagonista direto da espetacular evolução da propaganda de medicamentos na mídia leiga. Podemos considera-la como espetacular quando estudamos seu desempenho no Brasil a partir das primeiras décadas do século XIX, esta evolução tem como plataforma principal as ferramentas de marketing que deste então não param de crescer.
Conta-se que a primeira propaganda de medicamento no Brasil era uma grande mentira, ela prometia devolver o hímen, imaginem, ser virgem de novo naquela época. Hoje tem quem consiga através do bisturi de um cirurgião plástico.

Peça promocional do Laboratório Daudt
Outro marco deste desenvolvimento ocorreu no século seguinte por meio do Dr. João Daudt Filho, fundador da primeira indústria farmacêutica genuinamente brasileira.


Só no século XXI surgiu uma legislação específica por parte do governo brasileiro para regulamentar a propaganda de medicamentos nos diversos canais de mídias. Neste contexto o representante poderá ser agente de negócios, enquanto o propagandista vai mais além. Outro fundamento que os diferenciam é a legislação trabalhista brasileira, ela enquadra cada um desses profissionais em categorias diferentes. O representante tem foco mercadológico o propagandista está mais focado na formação de conceitos para seus produtos com base na ciência da saúde.

O propagandista além de conhecimentos específicos está cercado de ferramentas de marketing, legislações e habilidades no mundo das relações interpessoais. É muito difícil se encontrar um propagandista que reúna com expressividade todas as exigências da função. Ele precisa se dedicar a vida inteira ao estudo da fisiologia, patologia, terapia, farmacocinética, farmacodinâmica, conhecimentos técnicos de seus produtos e dos concorrentes, entre muitos outros conhecimentos. O propagandista é hoje extremamente exigido sobre conhecimento de mercado, ferramentas de análises de mercados e interpessoalidade. Competências como motivação, integridade, conhecimentos gerais, persuasão, perfil de liderança, capacidade de negociação, visão macro, entre tantas outras. Resumo, exigimos destes profissionais um nível de comprometimento muito alto. Para preencher todos os requesitos desejados, os propagandistas precisam ter um perfil diferenciado.
O propagandista, apesar do nome, essencialmente não faz propaganda, ele busca oportunidades para seus produtos junto aos seus principais clientes. Os clientes dos propagandistas não consumem seus produtos, mas prescrevem ou influenciam como formadores de opiniões outros profissionais a prescreverem para seus pacientes os produtos que cada propagandista se propõe a inserir no arsenal terapêutico de tais profissionais.
É sabido que a globalização das informações a partir do mais expressivo evento da modernidade, a internet, com uma comunicação rápida em canais seguros como web aula, mídias sociais, mídias especializadas, entre tantas outras formas de se adquirir conhecimentos, ainda não substituíram o propagandista. Não há dúvida que, se hoje a Indústria Farmacêutica pudesse se livrar de suas equipes de propagandistas ela faria por inúmeros motivos, um deles são as relações humanas outro são os custos. O propagandista é a peça mais importante na engrenagem que leva milhões de dólares aos cofres das indústrias.
No Brasil a legislação que regula a relação de profissionais de saúde com a Indústria Farmacêutica tem mudado muito, criando barreiras que limitam a ação direta da Indústria Farmacêutica com tais profissionais. São os propagandistas através do relacionamento com estes profissionais que quebram tais barreiras encontrando espaço para seus produtos diante de tanta concorrência.
Ser propagandista não precisa só querer ser, é preciso ter perfil para ser, mas precisam ter cuidados, cada vez mais a empregabilidade destes profissionais fica mais difícil. Hoje é preciso saber que as empresas precisam de solucionadores de problemas, verdadeiros criadores de valores.
Os vários tipos de eDetailing hoje existentes como o Virtual live eDetailing, Scripted eDetailing, Portais médicos (Doctors.net.uk, OnMedica.net e detaildirect.com), iPads, Closed Loop Marketing, Networking e os mais diversos tipos de treinamentos são uma realidade e aquele que não se enquadrar nesta realidade está fora do mercado.
É por tudo isso acima citado que neste mês de Julho, mais precisamente no dia 14, quero parabenizar os meus colegas por serem Propagandistas e fazerem desta profissão um orgulho para todos nós. FELIZ DIA DO PROPAGANDISTA.
Edson Teófilo Fernandes, propagandista e cidadão brasileiro.

sábado, 22 de junho de 2013

Governo faz 27 novas parcerias para produzir remédios importados

Ministro da Saúde diz que haverá economia de R$ 225 milhões por ano para o governo

Demétrio Weber (Email · Facebook · Twitter)

BRASÍLIA- O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta terça-feira novas 27 parcerias entre laboratórios farmacêuticos públicos e privados para produzir, no Brasil, 11 remédios que atualmente são importados. De acordo com Padilha, as parcerias vão resultar em economia de R$ 225 milhões ao ano, a partir de 2014. Outras 90 parcerias já foram firmadas, envolvendo a transferência de tecnologia de 77 produtos.

A iniciativa consiste em atrair laboratórios estrangeiros que se disponham a transferir a tecnologia de fabricação dos remédios a laboratórios nacionais, inclusive o Instituto Vital Brasil, do Rio. Em troca, o Ministério da Saúde assume o compromisso de comprar os medicamentos desses laboratórios. Ao todo, as 27 parcerias anunciadas ontem englobam 14 remédios do tipo biológico, que utilizam tecnologia de ponta e passarão a ser fabricados integralmente no Brasil até 2017. Três deles foram objeto de parcerias anteriores.

— Damos mais segurança aos pacientes. Nehuma crise do dólar nem decisão unilateral de laboratório estrangeiro de interromper a produção de um remédio vai gerar insegurança aos pacientes no Brasil — disse Padilha.

Medicamentos tem déficit de R$ 11 bi na balança

Ele participou de reunião do grupo executivo do Complexo Industrial da Saúde, que reúne representantes do governo e empresas farmacêuticas públicas e privadas. A substituição de importações no setor de remédios faz parte do Plano Brasil Maior, lançado pela presidente Dilma Rousseff, com o intuito de estimular a inovação tecnológica no país. O déficit na balança comercial é de US$ 11 bilhões no setor de medicamentos, devido à dependência das importações.

O vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, participou da reunião. Segundo ele, o estado receberá investimentos de cerca de R$ 1 bilhão graças aos projetos relacionados às parcerias, que resultarão em seis remédios fabricados no Rio. O Instituto Vital Brasil, que pertence ao governo estadual, é um dos parceiros, bem como a Fiocruz. Uma fábrica também será criada no Ceará.

— Estamos recuperando a indústria farmacêutica no Rio de Janeiro, sobretudo a indústria pública — disse Padilha.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/governo-faz-27-novas-parcerias-para-produzir-remedios-importados-8736827#ixzz2WyzrGeNO

Conselho de psicologia critica ato médico e pede veto da presidente Dilma

Senado aprovou na terça-feira projeto que restringe aos médicos atos como a prescrição de medicamentos e o diagnóstico de doenças

André de Souza (Email · Facebook · Twitter) Publicado:19/06/13

BRASÍLIA — O Conselho Federal de Psicologia (CFP) criticou nesta quarta-feira a aprovação pelo Senado do projeto de lei conhecido como ato médico e já avisou que vai pedir o veto da presidente Dilma Rousseff. Na noite de terça-feira, o Senado aprovou o projeto que regulamenta a atividade médica, restringindo à categoria atos como a prescrição de medicamentos e o diagnóstico de doenças. Psicólogos e outros profissionais da saúde são contrários ao texto votado ontem.

Em nota, o CFP diz que "é importante frisar que não há posicionamento contrário à regulamentação da Medicina. Os médicos podem e devem trabalhar para que a sociedade reconheça as competências específicas destes profissionais. No entanto, isto não pode ser feito em detrimento de qualquer outra profissão na área da saúde".

Também pede que a presidente Dilma Rousseff vete parte do texto. "A autarquia vai dispor de toda sua capacidade de articulação com o governo, entidades ligadas ao tema e sociedade civil para que esse projeto não siga adiante: Campanha Ato Médico #VetaDilma!", diz a nota.

A proposta é polêmica e contou com a oposição de categorias como fisioterapeutas, nutricionistas e farmacêuticos. Por isso, a expectativa é que a questão seja levada à Justiça. Outra discussão suscitada pelo projeto é se há médicos suficientes no país, principalmente no interior, para suprir essa demanda.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/conselho-de-psicologia-critica-ato-medico-pede-veto-da-presidente-dilma-8743410#ixzz2WyxCXf57

Rio terá laboratório para medicamentos complexos

Investimento pode chegar a R$ 1,3 bi e prevê transferência de tecnologia

RIO – O Rio de Janeiro receberá uma fábrica dos chamados medicamentos de alta complexidade. A BioNovis, joint venture formada pelas gigantes Aché, EMS, União Química e Hypermarcas definiu que o laboratório e a unidade de medicamentos biológicos, para doenças como câncer, artrite reumatoide, lúpus e mal de Alzheimer será na Zona Oeste do Rio. Na fase inicial de construção e desenvolvimento de medicamentos, serão gastos R$ 514 milhões. Mas os investimentos podem chegar a R$ 1,3 bilhão, pelas contas do presidente da empresa, Odnir Finotti.

Serão fabricados cinco tipos de medicamentos. A Anvisa já deu o sinal verde para o Etanercepte, cujo nome comercial é Reumatocept, e que trata de artrite reumatoide e doenças crônicas que afetam as articulações. A previsão é que o medicamento esteja pronto para comercialização em 2016.

Dos investimentos previstos, R$ 200 milhões sairão dos caixas das sócias. O restante será captado em fontes públicas e privadas. A empresa tem pedido de financiamento de cerca de R$ 300 milhões no BNDES.

— Vamos dar ao Brasil a independência tecnológica ao produzir o medicamento 100% aqui e produzir efeitos no déficit crônico da balança comercial farmacêutica — afirmou Finotti.

Redução nos preços pode chegar a 30%

O fábrica será construída em parceria com Biomanguinhos/Fiocruz e com o Instituto Vital Brasil e envolve a transferência de tecnologia a partir dos cinco anos da instalação. Finotti estima uma redução média de 30% nos preços de medicamentos, que atualmente são distribuídos pelo Sistema Único de Saúde e que podem custar cerca de R$ 8.000 uma ampola.

O executivo disse que serão abertos 160 postos de trabalho de alta qualificação e que a empresa ainda discute com o governo do Estado do Rio incentivos fiscais. Segundo ele, a alta do dólar deve ter impacto nos custos, mas não preocupa.

— Se o dólar descolar das projeções, é evidente, tem impacto, mas não é algo que seja um problema agora — afirma.

Europa multa farmacêuticas por concorrência desleal

20/06/2013 - 09:51


Nove farmacêuticas foram multadas, num total de 146 milhões de euros, pelo Regulador da Concorrência da União Europeia, avança a euronews.
Entre estas empresas está a farmacêutica dinamarquesa Lundbeck acusada de pagar a fabricantes de genéricos para retardarem o lançamento do genérico do seu medicamento antidepressivo citalopram.
Segundo o comissário europeu para a Concorrência “acordos deste tipo prejudicam directamente os pacientes e os sistemas nacionais de saúde, que já estão sob fortes restrições orçamentais”,
A Comissão Europeia, que actua como Regulador da Concorrência, em toda a União Europeia, passou à Lundbeck a maior multa no montante de mais de 93 mil euros.


sábado, 15 de junho de 2013

Ex-executivo da BMS admite uso de informação privilegiada

Um ex-executivo de finanças da Bristol-Myers Squibb (BMS) declarou-se culpado de uma acusação de uso de informação privilegiada esta segunda-feira, admitindo a compra de opções de acções de uma empresa de biotecnologia que a farmacêutica estava a preparar-se para comprar, avança a agência Reuters.
Robert Ramnarine, de 46 anos, admitiu uma acusação de fraude na negociação de opções da Amylin Pharmaceuticals antes de a BMS concordar em comprar a empresa em Junho passado por 5,3 mil milhões de dólares, disse o procurador dos EUA Paul Fishman, em Nova Jersey.
Os investigadores disseram que ele obteve 311,3 milhões de dólares com lucro ilegal de Agosto de 2010 a Julho de 2012 a partir de negociação de opções da Amylin e de outras duas empresas que a Bristol-Myers Squibb procurou para comprar - Pharmasset e ZymoGenetics.
A Securities and Exchange Commission dos EUA abriu um processo paralelo de fraude civil contra Ramnarine.
Os investigadores disseram que Ramnarine obteve as informações sobre as aquisições enquanto trabalhava como director da empresa e depois como director executivo no escritório de pensão e investimentos da BMS em Princeton, Nova Jersey.
Ele enfrenta uma pena máxima de 20 anos de prisão e 5 milhões de dólares de multa quando for sentenciado em 26 de Setembro. Ramnarine concordou em entregar 311,3 milhões de dólares, e a sentença pode levar em conta seus negócios com Pharmasset e ZymoGenetics, bem como na Amylin.
Douglas Jensen, um advogado de Ramnarine, não respondeu imediatamente aos pedidos para comentar o assunto.


segunda-feira, 10 de junho de 2013

AstraZeneca compra farmacêutica Pearl por até US$1,15 bilhões.

Reuters
Por Ben Hirschler

LONDRES (Reuters) - A AstraZeneca anunciou nesta segunda-feira que vai comprar a companhia norte-americana especializada em medicamentos respiratórios Pearl Therapeutics por até 1,15 bilhão de dólares.

A aquisição da companhia privada garante à AstraZeneca uma posição no mercado emergente para uma nova classe de tratamentos pulmonares conhecidos como medicamentos LABA/LAMA, que prometem melhorar a adesão do paciente e controle de doença, sem esteroides.

A comprar da Pearl, com sede na Califórnia, preencherá uma lacuna no portfólio respiratório da AstraZeneca, embora ela ainda estará atrás de rivais que incluem GlaxoSmithKline e Novartis, na corrida para desenvolver o novo tipo de droga inalada.

A AstraZeneca pagará inicialmente 560 milhões de dólares, e mais até 450 milhões de dólares, se alguns marcos de desenvolvimento forem atingidos, bem como pagamentos relacionados a vendas de até mais de 140 milhões de dólares

A transação é uma importante aposta do novo presidente-executivo da AstraZeneca, Pascal Soriot, que assumiu em outubro passado, para a área de produtos respiratórios, identificada como uma área de terapia essencial para a empresa.

O acordo é a segunda aquisição de Soriot em duas semanas, após a compra da Omthera Pharmaceuticals por 443 milhões de dólares para fortalecer a área de medicamentos cardiovasculares.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/astrazeneca-compra-farmaceutica-pearl-por-ate-us115-bi-8638178#ixzz2Vr5im0it

Entenda o que é a sibutramina e os efeitos colaterais do tratamento

Anvisa decidiu manter venda de emagrecedores com a substância no país.
Especialistas recomendam remédios para tratar obesidade graus 1, 2 e 3


Na última segunda-feira (27), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter no Brasil o comércio de medicamentos emagrecedores que contenham a substância sibutramina.

Desde 2011, quando outros remédios semelhantes foram proibidos no país, a substância se tornou a única droga usada para emagrecer que atua sobre o sistema nervoso.

Em alguns países, como nos Estados Unidos, o produto não é mais vendido. No Brasil, a Anvisa decidiu manter seu uso, depois de monitorar a substância durante um ano. Nesse período, a agência estabeleceu um controle mais rígido sobre a venda, além de medidas de segurança, que vão permanecer por mais dois anos.

Agora, os profissionais de saúde são obrigados a notificar qualquer efeito adverso relacionado ao produto, e a validade das receitas é de até 30 dias. Tire suas dúvidas sobre o medicamento.

O que é a sibutramina?
É uma substância aplicada no tratamento de obesidade, vendida mediante prescrição médica. Criada inicialmente como antidepressivo, a sibutramina age no sistema nervoso central, especialmente sobre dois neurotransmissores, a serotonina e a noradrenalina. Ela provoca no paciente a sensação de saciedade e o controle da fome. A pessoa come menos, mas perder a fome.

Para quem este medicamento é recomendado?
De acordo com endocrinologista Walmir Coutinho, professor de endocrinologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC), no Rio de Janeiro, e presidente da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade (Iaso, na sigla em inglês), a sibutramina deve ser utilizada por pacientes com grau de obesidade grau 1 (quando o Índice de Massa Corpórea, IMC, está entre 30 e 34,9), grau 2 (quando o IMC, está entre 35 e 39,9) e grau 3 (quando o IMC está acima de 40).

A sibutramina provoca efeitos colaterais?
Sim. Segundo a endocrinologista Marcia Nery, do Hospital das Clínicas, em São Paulo, por ser um “parente distante dos remédios antidepressivos”, que agem em diversos locais do sistema nervoso central, é possível que ocorram efeitos colaterais.

Quais são os efeitos colaterais?
Aumento da pressão arterial, elevação da frequência cardíaca, dores de cabeça, boca seca, insônia e prisão de ventre.

Existe alguma contraindicação para utilizar remédios com esta substância?
Sim. Pessoas que sofrem de alguma cardiopatia (doença no coração) ou descontrole na pressão arterial. “No caso delas, o melhor a se fazer é uma dieta balanceada e atividade física, apenas”, explica Márcia.

Se a pressão aumentar enquanto houver o consumo de sibutramina, é possível tomar um remédio para hipertensão e manter o tratamento com a droga emagrecedora?
O especialista Walmir Coutinho diz que o critério médico deve ser levado em conta nesta decisão. "Se a pessoa tiver pressão alta, mas ela estiver controlada, poderá consumir medicamentos com a substância", explica.

A pessoa que já tomou o remédio alguma vez, parou e agora quer voltar ao tratamento pode utilizar normalmente a substância?
Sim, de acordo com a especialista. No entanto, os efeitos podem não ser os mesmos do primeiro período de tratamento. “Não é todo mundo que responde ao remédio de forma igual. Se não ocorrer emagrecimento, é melhor suspender a sibutramina", disse Márcia.

Quem parar de usar a sibutramina pode engordar o dobro do peso que perdeu?
Não. Segundo o endocrinologista Walmir Coutinho, qualquer tratamento feito para emagrecer, quando é interrompido, pode proporcionar o ganho de peso. “A questão de engordar o dobro que emagreceu pode ocorrer quando há interrupção do tratamento de fórmulas com hormônios de tireoide. Tal fenômeno é chamado de 'efeito rebote'."


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sábado, 8 de junho de 2013

Mercado farmacêutico brasileiro deve chegar aos R$ 100 bi até 2017 e atrai estrangeiros

O varejo farmacêutico cresce em ritmo chinês no Brasil. Embalado pelo aumento do consumo, a forte concorrência e a abertura de novas lojas, o setor vem aumentando suas receitas a taxas de 15% ao ano e não deve parar por aí. A projeção é que as vendas dobrem em cinco anos, atingindo a casa dos R$ 100 bilhões. Os cálculos são da consultoria Brasilpar, que faz análises do setor e é especializada em fusões e aquisições. Neste ano, em que a economia não deve crescer mais que 2,5%, o setor deve repetir a taxa de crescimento de 15%, estima a empresa.

O baixo nível de desemprego, o aumento das vendas de produtos com maior valor agregado - como cosméticos - e o envelhecimento da população colocaram o país no radar de investimentos nacionais e estrangeiros nesse setor. Em fevereiro, a norte-americana CVS, maior rede de farmácias dos Estados Unidos, com receita de US$ 123 bilhões, marcou a entrada de um grupo estrangeiro nesse setor no país ao comprar uma grande rede de drogarias paulista.

A Walgreens, segunda maior rede norte-americana de drogarias, também se prepara para fincar sua bandeira no país. A empresa vem fazendo prospecções no mercado e deve, até o fim do ano, fazer uma aquisição por meio do seu braço inglês, a Boots.

A chegada das redes internacionais ocorre em um momento de consolidação do mercado local e pode abrir um novo capítulo para o setor. "O mercado de farmácias passa pelo mesmo processo que o setor de supermercados viveu há alguns anos, com o aumento da concorrência, inclusive estrangeira, maior concentração, graças a fusões e aquisições, e forte volume de vendas", diz Luiz Eduardo Costa, sócio da Brasilpar.

Em 2012, as cinco maiores redes responderam por 29% do faturamento do mercado, de R$ 49,6 bilhões. Há cinco anos, elas representavam 20% das vendas. Ainda assim, o Brasil tem um nível de concentração bem menor que outros mercados, como o dos EUA. Aqui, redes regionais ainda têm presença forte em seus mercados e rivalizam com empresas de abrangência nacional.

O setor atrai cada vez mais concorrentes. Além das redes de farmácias, os supermercados vêm investindo, há pelo menos uma década, em redes próprias, junto das suas lojas, movimento que vem sendo puxado por Walmart, Pão de Açúcar e Carrefour. Por trás do interesse das empresas está um mercado com consumo ainda baixo quando comparado a outros países. "Na Argentina ele é de US$ 123 per capita. No Brasil é de US$ 110", diz Costa.


HIGIENE E BELEZA

A venda de cosméticos e perfumaria é uma das responsáveis pelo bom desempenho do setor de farmácias. Cerca de 30% do faturamento das redes é gerado por esses produtos. A previsão, segundo as empresas, é que o percentual chegue a 50%.

Atentos a esse mercado, fabricantes investem em parcerias com redes de drogarias. Há dois anos, a francesa L'Occitane passou a vender seus produtos em drogarias. Há uma tendência que as farmácias tenham exclusividade em alguns produtos de determinadas marcas.

Produção mundial de antibióticos está paralisada e ameaça a saúde

Duas velocidades incompatíveis ameaçam o tratamento mundial de doenças causadas por bactérias.

Ao mesmo tempo em que a indústria farmacêutica do planeta reduziu a produção de novos antibióticos, os casos de bactérias multirresistentes aos remédios disponíveis estão em plena aceleração.

Os números já alarmaram a Organização Mundial de Saúde (OMS) que, em relatório divulgado no ano passado, informou: oito das 15 farmacêuticas produtoras de antibióticos perderam o interesse em atuar na elaboração de fármacos mais potentes. Os dados, publicados em artigo na revista The Economist, contabilizam o prejuízo. “Entre 1983 e 1992, as agências reguladoras de novos medicamentos aprovaram 30 drogas do tipo. Desde 2003, no entanto, apenas sete antibióticos chegaram ao mercado”.

Enquanto isso, as autoridades sanitárias, incluindo a do Brasil, registram o aparecimento veloz de bactérias causadoras de pneumonias e outras doenças que simplesmente não reagem às medicações existentes, como os últimos casos registrados em unidades de terapia intensiva (UTI) de Porto Alegre (Rio Grande do Sul) .

O ideal, afirmam os especialistas, seria investir em tratamentos pioneiros para vencer os agentes bacterianos multirresistentes e que provocam mortes, características de 20, 2% das bactérias que circulam no Brasil , conforme atestou o estudo internacional chamado Sentry, feito com base em 325 amostras de bactérias do pneumococo que circulam no País.

A falta de novidades terapêuticas impede, no entanto, este tipo de investida e deixa os médicos com pouca munição para tratar as doenças bacterianas líderes em causa de internação.

Um levantamento feito pelo iG no banco de dados do Ministério da Saúde indica que são, em média, 1.300 internações diárias em hospitais públicos acumuladas só por causa da pneumonia .

Apelo

Com esta realidade clínica, um grupo de especialistas de diversas nacionalidades, entre eles a médica brasileira Rosana Richtmann, publicou um apelo na revista médica The Lancet alertando que “um dos tesouros da medicina” está ameaçado de extinção.

“Apelamos aos nossos colegas em todo o mundo para assumir a responsabilidade para a proteção desse precioso recurso [os antibióticos]. Não há mais tempo para o silêncio e a complacência”, diz o manifesto divulgado em 2011.

Dois anos se passaram desde a convocação feita pelo Lancet e o quadro crítico não foi alterado, lamenta Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e do comitê de Imunização do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim).

Leia: Alerta médico sobre a resistência bacteriana

“Acabo de voltar de um congresso na Europa muito preocupada e desanimada. Não tivemos nenhum lançamento de impacto no cenário dos antibióticos em 2012”, afirmou ela.

“As informações são de que não temos nada programado para 2013. Assim, ficamos de mão atadas”, completou.

A origem

Marcos Antonio Cyrillo, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), pontua os fatores que contribuem para a letargia industrial na produção de novos antibióticos. Segundo ele, os medicamentos desta classe são usados por pouco tempo, mas exigem ao menos 10 anos de pesquisa.

Diferentemente dos remédios para doenças no coração, que serão usados a vida toda, eles agem em problemas pontuais, revertidos em poucas semanas.

Além disso, as patentes que regem a exclusividade na produção são expiradas após cinco anos, o que desestimula o investimento financeiro.

Somado a este contexto, está o mau uso dos antibióticos, tanto por parte dos médicos quanto da população.

Leia mais: Os principais erros ao tomar remédios

Prescrever medicamentos deste tipo para doenças causadas por vírus ou parar o tratamento antes do prazo acelera o processo que faz a bactéria virar multirresistente. Isso torna, em poucos anos, o antibiótico obsoleto.

“O poder público, as universidades e as sociedades médicas deveriam estabelecer programas de cooperação para pesquisa, pois temos os profissionais capacitados, tecnologia adequada e os pacientes-alvo dos estudos científicos”, acredita Cyrillo.

Sem os novos fármacos e sem a mudança de hábitos por parte da população – que além da prescrição responsável também exige medidas de higiene, como lavar as mãos – as bactérias ficarão ainda mais protegidas e os pacientes cada vez mais vulneráveis.

Novas e velhos

Enquanto novas bactérias só contam com velhos antibióticos, os médicos recorrem a alquimias, esperando efeito positivo.

“Nestes casos, utilizamos associações de antibióticos, aumentamos as doses e utilizamos princípios de farmacocinética e farmacodinâmica”, explica Cyrillo sobre os processos que buscam otimizar doses e tempo de duração.

A esperança para mudar o contexto vem do aperfeiçoamento das técnicas preventivas às doenças bacterianas, como novas vacinas que impedem a contaminação por microrganismos bacterianos, transmitidos pelo ar.

Segundo os especialistas, vem também da iniciativa das pessoas de atentarem para a importância de que lavar as mãos salva vidas e de que o tesouro da medicina chamado antibiótico precisa ser usado com cautela

Fonte: http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vEditoria=Sa%FAde&vCod=149781

quinta-feira, 6 de junho de 2013

GlaxoSmithKline compra Okairos por 250 milhões de euros

31/05/2013
A GlaxoSmithKline (GSK) adquiriu a Okairos, companhia suíça que se dedica ao desenvolvimento de vacinas, por 250 milhões de euros, avança a agência Bloomberg.
A aquisição engloba produtos destinados ao VIH, tuberculose, malária, ébola, hepatite C e vírus sincicial respiratório, referiu a empresa britânica, em comunicado.
Segundo a Bloomberg , as vacinas experimentais para a hepatite C e malária encontram-se em fase intermédia de ensaios.
A Okairos recorre a vírus para introduzir material genético nas células, estimulando o sistema imunitário. A tecnologia foi testada em mais de 700 indivíduos.
A GSK referiu que planeia utilizar esta tecnologia da Okairos para a produção de vacinas que previnam infecções e combatam doenças como o cancro.


Fonte: http://www.rcmpharma.com/actualidade/industria-farmaceutica/31-05-13/glaxosmithkline-compra-okairos-por-250-milhoes-de-euros

Bruxelas multa farmacêuticas por atrasarem comercialização de genéricos

04/06/2013 - 08:48
A Comissão Europeia prepara-se para multar nove fabricantes de medicamentos genéricos por atrasarem, de forma deliberada, a chegada dos seus produtos ao mercado, avança a RTP, citando a agência Reuters. O caso envolve acordos em que as farmacêuticas que comercializam os medicamentos de marca pagam aos fabricantes de genéricos para retardarem a comercialização dos equivalentes mais baratos, num processo que acaba por prejudicar os consumidores.
Segundo os reguladores europeus, em alguns casos os consumidores estão a pagar mais vinte por cento pelos medicamentos devido a esta prática que em inglês se denomina pay for delay (pagar para atrasar).
Na mira de Bruxelas estão a farmacêutica dinamarquesa Lundebeck e a alemã Merck KGaA. Outras companhias que vão ser multadas incluem a Generics UK, Arrow, Resolution Chemicals, Xellia Pharmaceuticals , Alpharma , A.L Industrier e a principal companhia farmacêutica da Índia, Ranbaxy, todas elas fabricantes de medicamentos genéricos.
De todos os envolvidos, é a dinamarquesa Lundbeck que se arrisca a receber a penalização mais pesada. A Comissão Europeia pode multar uma companhia no equivalente a dez por cento dos seus lucros globais por violar as leis antitrust o que, no caso da Lundbeck, representaria um valor de 240 milhões de euros.
“A multa para a Lundbeck deve ser significativa; de valor menor para as outras”, disse à Reuters uma fonte europeia que não quis ser identificada, devido à delicadeza do assunto.
Um porta-voz da farmacêutica dinamarquesa disse à Reuters que a Lundbeck não foi notificada de qualquer multa e que a empresa considera não nada ter feito de ilegal. Entretanto, as acções desta companhia caíram 1,9 por cento depois de terem sido noticiadas as sanções de Bruxelas.
Interrogada pela Reuters, uma porta-voz da Merck KGaA respondeu que a companhia não faz comentários sobre questões legais pendentes. O responsável pela política da concorrência da Comissão Europeia, Antoine Colombani, recusou-se também a comentar o assunto.

 

AstraZeneca compra Omthera por até 443 milhões de dólares

5/06/2013 - 09:26
A AstraZeneca vai comprar a Omthera Pharmaceuticals por até 443 milhões de dólares para fortalecer o seu negócio de medicamentos cardíacos, uma área prioritária para a segunda maior farmacêutica da Grã-Bretanha, avança a agência Reuters.
A aquisição da empresa norte-americana especializada em medicamentos derivados de óleo de peixes enfatiza um impulso do novo CEO, Pascal Soriot, de recuperar as fortunas da AstraZeneca através de uma série de acordos interligados.

É a sua segunda aquisição na área cardíaca, após a aquisição da AlphaCore Pharma, no mês passado, uma pequena empresa em estágio inicial de biotecnologia dos EUA.

A última transacção lança a AstraZeneca em confronto com os rivais, incluindo a GlaxoSmithKline, que já vende fármacos para o coração à base de óleo de peixes.

O principal medicamento da Omthera já concluiu o estágio final dos ensaios clínicos e tem o potencial de ser combinado com o bem sucedido medicamento para combater o colesterol Crestor®, da AstraZeneca.

As vendas e lucros da AstraZeneca estão a cair, uma vez que os medicamentos mais antigos estão a perder a protecção de patente, e a empresa precisa urgentemente de novos produtos para substituir os fármacos que vendiam bem.

A AstraZeneca afirmou esta terça-feira que tinha entrado num acordo definitivo para comprar a Omthera por 12,70 dólares por acção, ou cerca de 323 milhões de dólares, um prémio de 88 por cento sobre o preço de fecho da acção da Omthera, na sexta-feira.

Além disso, os accionistas da Omthera terão "direitos de valor condicionais" (CVR) de até cerca de 4,70 dólares por acção, ou 120 milhões de dólares no total, dependendo do sucesso do fármaco experimental Epanova®, da Omthera.