sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Déficit do setor farmacêutico deverá atingir US$ 6 bilhões

Nota de C&T:
Sabemos que não é fácil um cidadão comum querer entender o que significa os dados abaixo, principalmente em um momento em que tudo é politizado, mas como pode uma grande nação se tornar forte sem produzir pelo menos o que consume? Uma das maiores economias do mundo consumidora de medicamentos como o Brasil se comportar como um nanico é uma vergonha para governos que nada fizeram e nem fazem para fortalecer a indústria nacional efetivamente. O que não falta são discursos que se perdem aos ventos... Acorda Gigante!

25/09/2014
Importações avançaram 8,5%, enquanto as vendas para o exterior cresceram 2%
O desempenho negativo da balança comercial de produtos farmacêuticos deverá superar a marca de US$ 6 bilhões (aproximadamente R$ 14 bilhões) neste ano. O deficit cresceu de forma progressiva na última década e praticamente dobrou em um intervalo de cinco anos, segundo estudo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).
Só em 2013, as importações da área avançaram 8,5%, enquanto as vendas para o exterior evoluíram apenas 2%. "O setor farmacêutico passa pela mesma situação enfrentada por outros segmentos no País, é uma questão estrutural da indústria", afirma o presidente-executivo da associação, Antonio Britto.
No caso das exportações de medicamentos mais baratos, como os genéricos, a indústria nacional não tem competitividade para disputar o mercado externo com países como Índia e China, de acordo com o executivo. Sobre os medicamentos para doenças mais complexas, ainda falta inovação, segundo Britto. "Como a gente não produz esses medicamentos, somos obrigados a importar."
O governo tem feito um esforço ao oferecer mercado por meio de compras públicas e, com isso, estimular que os produtos sejam fabricados no País, afirma o executivo. "Mas isso não resolve a questão central, que é a falta de inovação, de parcerias com as universidades", diz ele. "No Brasil, salvo algumas exceções, a universidade e o setor privado trabalham de costas um para o outro."

Fonte: Folha de S.Paulo / Foto: Shutterstock 

Última Fonte: http://guiadafarmacia.com.br/noticias/mercado/8616-deficit-do-setor-farmaceutico-devera-atingir-us-6-bilhoes 


Abandono criminoso: donos deixam os bichos em pet shops e não retornam para buscá-los

25 de setembro de 20141

Larissa Roso
larissa.roso@zerohora.com.br
A situação era insuspeita: a dona chegou com a cadela poodle preta de seis anos e alguns pertences do animal, como cama e roupas, pedindo hospedagem para os poucos dias em que ficaria fora de Porto Alegre. Tratando-a como “filhinha”, despediu-se antes de rumar para a viagem:
- Mamãe volta em seguida.
Mas nunca mais apareceu. A mulher informou nome, endereço e telefone falsos, em um golpe que costuma ser aplicado em proprietários de pet shops, salões de banho e tosa e clínicas veterinárias.
- Uma semana se tornou três meses. Não quis mais e abandonou. Era muito mais digno ter pedido ajuda – diz a gerente da Vetmax Clínica Veterinária, Carolina Xavier Martins.
Os motivos para o ato insensível são variados. Protetores de animais e veterinários estão habituados a ouvir donos reclamando da idade avançada, do custo e dos hábitos de cães e gatos. Mudanças de endereço, casos de doença na família e falta de informação específica sobre raças também levam à decisão de se desfazer de um mascote – o proprietário que não sabe que o cachorro tem determinado tipo de comportamento acaba por se sentir desapontado e desiste de mantê-lo em casa.
Donos de lojas têm prejuízos
Muitos não são nem os responsáveis dos bichos largados nas pet shops – encontram um cachorro maltratado e faminto perambulando e o levam para um check-up, fazendo de conta que voltarão para recolhê-los. A suposta boa ação acarreta gastos para terceiros, e o animal segue sem lar.
- Acham que estão tirando o bichinho da rua, mas largam para outra pessoa e tiram o corpo fora – condena Diogo Bessa Fortes, da Hobby Pet Shop.
Tobi conseguiu uma protetora
A equipe de Diogo foi enganada duas vezes nos últimos meses. Na primeira vez, a impostora solicitou banho, vacina e vermífugo para dois vira-latas grandes. Uma funcionária decidiu levar ambos para casa quando ficou claro que tudo não passara de encenação. Total da conta jamais paga: cerca de R$ 300. No segundo episódio, Diogo suspeitou que o cliente não fosse o verdadeiro dono – pediu um banho e nunca mais apareceu.
A aposentada Maria Gevehr Cardoso, 80 anos, avó de Diogo, se apaixonou pelo cusco, batizado de Tobi.
- Sou doida por animais. Achei absurdo, fiquei com pena. Cachorro pequeno é como criança. Um bichinho tão engraçadinho, e a pessoa larga. Não tem coração – compadece-se Maria.
Um ato que implica em duas violações à lei
De acordo com Kika Menezes, responsável jurídica da Associação Gaúcha de Pet Shops (Agapet), quem fornece dados pessoais falsos ao solicitar um serviço e nunca mais retorna para apanhar o bicho está cometendo duas violações à lei: o chamado crime do falso e o crime de abandono. A pena prevista para cada uma delas é de três meses a um ano de detenção, mais multa.
A Agapet reforça a necessidade de que os funcionários dos estabelecimentos exijam documentação dos clientes para que seja criado um cadastro mais detalhado dos donos dos animais.
Respeite o seu bichinho
* Antes de adotar um animal, informe-se sobre as características de cada raça. Um cachorro ativo e de grande porte precisa de espaço. Procure saber como fazer a adaptação se já tiveroutros bichos em casa.
* Se precisa doar o gato ou o cachorro, tire fotos e faça a divulgação entre os seus contatos. Peça também o auxílio de ONGs, grupos de adoção e protetores voluntários.
* Animas castrados, desverminados e vacinados têm maior receptividade. A castração evita o abandono futuro e crias indesejadas.
* Um bicho acostumado a atenção exclusiva em casa pode se tornar agressivo ou ser agredido ao ser encaminhado a abrigo. Ideal é entregá-lo diretamente ao próximo dono.
* Tenha paciência. Pode levar um tempo até que surja um interessado em ficar com o pet.

Fontes: Carolina Xavier Martins, sócia-fundadora da União das Amigas Protetoras dos Animais, e Magliane de Oliveira, sócia-voluntária da Associação Riograndense de Proteção aos Animais.


Obama ataca fuga aos impostos com transferência de sede fiscal para estrangeiro

Nota de C&T: O Estado em qualquer continente tem sempre o mesmo comportamento, nada produz, só se liga no capital da rede privada que por sua vez se utiliza como pode das oportunidades legais comuns ao sistema capitalista. É a eterna briga do gato e o rato, o rato buscando se defender sem sair do habitat natural do gato e o gato só esperando a oportunidade, muito embora passe boa parte do seu tempo dormindo, acorda só para comer o rato.

24/09/2014 - 07:24

Os EUA apresentaram na segunda-feira uma série de medidas para reduzir as possibilidades para as suas multinacionais se exilarem fiscalmente através de fusões e aquisições, prática esta alvo de críticas crescentes no país, avança a agência Lusa, citada pela RTP.

Para contornar a oposição republicana no Congresso, o governo do presidente Barack Obama age por directiva, estimando que "não pode esperar" mais, perante a recente multiplicação destas operações, indicou o Departamento do Tesouro, em comunicado.
As operações em causa decorrem de um princípio tão simples quando legal: uma empresa que compra outra no estrangeiro pode mudar para esse país a sua sede social e fiscal, conservando as suas actividades e estruturas de direcção nos EUA.
Pesos pesados da indústria farmacêutica, como a Medtronic ou a Mylan, ou da agroalimentar, como a Chiquita Brands ou a Burger King, aproveitaram a oportunidade e preparam-se para mudar a residência fiscal para países onde o imposto sobre as empresas é mais baixo do que nos EUA, onde é de 35%.
"Estas transacções corroem a receita fiscal [norte-]americana, colocando injustamente um fardo mais pesado sobre os outros contribuintes, como as pequenas empresas e os trabalhadores [norte-]americanos", garante o Tesouro no seu texto.
Para acabar com esta prática, o governo propõe acabar com as falhas legislativas que permitem contornar a regra segundo a qual pelo menos 20% do capital da empresa resultante da fusão ou aquisição têm de ser detidos por novos accionistas para que se possa domiciliar fiscalmente no estrangeiro.
"Vimos recentemente algumas grandes empresas anunciar projectos que visam aproveitar estas falhas legais, (...) deixando a classe média pagar a conta e estou satisfeito por o secretário [do Tesouro, Lew] explorar nova acções para acabar com esta tendência", reagiu o Presidente Obama, em comunicado próprio.


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Farmacêutica GSK condenada por corrupção na China

Nota de C&T: Uma vergonha, vagabundos ocupando cargos na cúpula da empresa que deveriam ser exemplos, se comportam como criminosos sem escrúpulos nenhum em suas atitudes. É muito pouco a pena aplicada, ela estimula que outros vagabundos façam o mesmo.
Uma empresa como a GSK não merece ter seu nome maculado por grupos de vagabundos como este.

22/09/2014 - 08:07

O antigo responsável pela GlaxoSmithKline (GSK) na China, o britânico Mark Reilly e "outros responsáveis" foram levados à justiça tendo sido condenados a penas de prisão de entre dois a quatro anos, avança a agência Lusa, citada pelo Diário Digital.
A empresa farmacêutica britânica GSK foi considerada culpada de corrupção e condenada por um tribunal chinês ao pagamento de 380 milhões de euros, indica a agência Nova China.
O antigo responsável pela GSK na China, o britânico Mark Reilly e "outros responsáveis" foram levados à justiça tendo sido condenados a penas de prisão de entre dois a quatro anos, refere a notícia da agência oficial chinesa sem fornecer mais pormenores.


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domingo, 21 de setembro de 2014

Procon Jaboatão constata irregularidades em Pet Shops do município.

Nota de C&T: Esta ação precisa acontecer em todos os municípios brasileiros, estes estabelecimentos estão à margem dos princípios básicos de higiene e legalidade na sua grande maioria, são muitos os Pet Shops que se quer tem registro no Cadastro  Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), isso mesmo, não tem personalidade jurídica, funcionam na clandestinidade. Aqui em Aracaju se as autoridades quiserem fecharão aproximadamente 50% dos estabelecimentos em funcionamento hoje.

Operação durou duas semanas e visitou 24 estabelecimentos. Do total, 15 receberam advertência e 4 foram autuados. Mais de uma tonelada de ração fora da validade foram aprendidas


Publicação: 21/09/2014

O Procon Jaboatão dos Guararapes realizou, durante as duas primeiras semanas de setembro, uma blitz que fiscalizou 24 estabelecimentos de pet shop do município. Do total, 15 receberam advertências, 4 foram autuados  e 5 estavam em conformidade. No balanço da ação, foram apreendidas mais de uma tonelada de ração fora da validade. Em alguns casos, pode ser aplicada multa, no valor máximo de 9 mil reais.

Essa foi a primeira vez que o órgão fiscalizou esse tipo de estabelecimento em Jaboatão, tendo em vista que o assunto não é posto em evidência quando o se trata de relação de consumo. A iniciativa averiguou a existência do adesivo com o telefone do Procon visível aos clientes e de se ter à disposição deles o exemplar do Código de Defesa do Consumidor. Além de verificar a origem e validade dos produtos.

Entre as irregularidades encontradas, o que chamou a atenção do órgão foi o excessivo volume de produtos contendo irregularidades. Além dos produtos apreendidos, produtos a granel postos à venda sem identificação do fabricante e do prazo de validade, desrespeitando, assim, os consumidores e mostrando o descaso com os animais. Na maioria dos petsshops, foram encontrados ambientes sujos.

Segundo a secretária Executiva de Defesa do Consumidor, Débora Albuquerque, essa ação é inovadora. "Umas ação muito importante, pois os pet shops costumam ser negligenciados pelos órgão de fiscalização. Porém, os estabelecimentos são comerciais e devem respeitar as leis", disse. A secretária explicou, ainda, que os animais precisam de tratamento adequado e que a iniciativa assegura o direito dos consumidores


Mercado farmacêutico precisa de profissionais especializados

Conhecido como propagandista ou representante farmacêutico, esse profissional precisa ter conhecimentos específicos.

O caminho pelo qual a indústria farmacêutica se comunica com seus principais clientes, os médicos e profissionais de saúde, é por meio do marketing de relacionamento em um âmbito técnico. E esse contato é feito por intermédio de um profissional formalmente conhecido como propagandista, profissão legalizada pela CLT desde 1975 (lei 6224). Também conhecido como representante farmacêutico ou consultor comercial, este profissional pode atuar também em áreas específicas como especialista por linhas médicas como: cardiovascular, dermatologia, sistema nervoso central, pneumologia/respiratória, entre outras. Essas designações vão depender dos diversos segmentos em que o laboratório atua.
"Com o crescimento gradativo da economia e com a crescente complexidade do merca-do farmacêutico no Brasil, as empresas foram segmentando esses profissionais não só por especialidades médicas como também por canal existem os profissionais especialistas em contatar distribuidores e farmácias, conhecidos como Key Accounts. E, por fim, os representantes responsáveis por medicamentos mais complexos como as drogas utilizadas para quimioterapia, para o trata-mento de alguns cânceres e ou doenças mais complexas. Estes são conhecidos como representantes especialistas em virologia, oncologia e outros", explica Daniel Carvalho de Souza professor,professional especializado nesta área e sócio de uma empresa de representação comercial.

O trabalho do representante ou propagandista é bastante técnico e o grau de conhecimento depende da complexidade do medicamento ou equipamento em questão. Alguns medicamentos, de perfil mais conhecido e que são usuais na prática médica ambulatorial, precisam de abordagens técnicas menos profundas. "Já medicamentos como os biotecnológicos, necessitam de profundo conhecimento e suporte por parte do representante, pois envolve a abordagem com base em extensos trabalhos científicos, apresentados em congressos e publicados em revistas especializadas", explica.

Características

Para exercer essa atividade, os laboratórios farmacêuticos buscam pessoas com curso superior e, em alguns casos até pós-graduação que demonstrem atitudes baseadas em algumas competências chave.

Estima-se que hoje existam cerca de 20.000 propagandistas no Brasil com salários que variam de R$ 3 mil para iniciantes e R$ 7 mil para sênior. Os profissionais que pretendem ingressar nesse mercado devem adorar estudar e apren-der coisas novas, pois o conhe-cimento técnico é e sempre se-rá um dos diferenciais desta profissão. Por isso, as empresas farmacêuticas investem muito em treinamentos e reciclagens constantes.

"Mas para os novatos, o in-gresso se dá sempre de forma inglória, sem grande conheci-mento. Por isso, vem surgindo


cada vez mais a demanda por cursos livres que preparem as pessoas para essa profissão", explica.

A CogninHealth, na região de Campinas é especializada em treinar candidatos para as áreas comerciais das empresas farmacêuticas. Segundo Daniel a CH é a primeira escola nesse segmento de cursos livres onde os professores são altos executivos do mercado farmacêutico. Com 40 horas de aulas interativas os interessados aprendem os principais fundamentos de um verdadeiro consultor comercial para a indústria farmacêutica e de saúde.

Já estão abertas as inscrições para a turma com início em 4 de outubro, para os profissionais que já atuam comprovadamente no segmento de saúde, serão oferecidas algumas bolsas parciais. Mais informações no site: http://cogninhealth.com.br/ ou pelos tels. 019 9 81756855 ou 011 27091127

ALGUMAS COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA DESEMPENHAR A FUNÇÃO

Boa Comunicação - É preciso ter um repertório rico e utilizá-lo para influenciar o interlocutor. É comunicar-se bem é checar se o outro entende o que eu digo;

Empatia - É colocar-se no lugar do outro, ser um bom ouvinte e criar pontos de identificação que geram confiança na relação com o cliente;

Planejamento - É saber programar uma agenda de compromissos e e revisá-la de forma a sempre saber o que foi produtivo e o que pode ser melhorado;

Foco em resultados - Ter sempre estabelecidas metas e prazos;

Inteligência Tecnológica - Entender, aprender e internalizar novas tecnologias que facilitam seu ganho de produtividade.

Website: http://www.cogninhealth.com.br



segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Exploração de caranguejos-ferradura nos EUA por indústrias farmacêuticas causa revolta


Por Robson Fernando de Souza em sábado, 6 de setembro de 2014 às 10:05 ·  comentário. Venha deixar o seu também  

Repercutiu essa semana no Brasil o caso da exploração de caranguejos-ferradura para fins medicinais e lucrativos. Postais como o Gizmodo divulgaram, ainda que num tom acrítico, que 250 mil animais dessa espécie são sequestrados do seu habitat – na costa leste dos EUA – todo ano, aprisionados em recintos de fornecedoras de matéria-prima farmacêutica e submetidos à remoção de parte do seu sangue para a produção de remédio.
Afirma-se que o sangue deles, de cor azul, contém uma substância capaz de, mesmo em concentração ínfima, detectar e isolar contaminações por bactérias. Por isso ela é usada em testes de equipamentos médicos e vacinas. Esses testes, chamados de LAL, alegamente têm evitado muitas mortes humanas por infecção, e são uma imposição vinda do governo dos EUA para a indústria de medicamentos e de implantes cirúrgicos.
O Gizmodo (o mesmo portal que havia divulgado a mentira de que a reação de uma dada espécie de planta a ondas sonoras era “má notícia” para os veganos) mostrou, mesmo sem um tom de denúncia, que essa exploração animal tem diminuído significativamente a população de caranguejos-ferradura na América do Norte. E a política bem-estarista de tomar 30% do sangue de cada animal e devolvê-lo ao habitat não tem impedido que entre 10 e 30% desses animais morram durante a coleta e a taxa de natalidade dessa espécie tenha diminuído por causa da exploração.
O portal revelou também que há um claro interesse econômico, longe de uma preocupação altruísta em salvar vidas humanas, em explorar esses animais. O litro do sangue roubado deles custa 15 mil dólares e alimenta, assim, uma indústria multimilionária de matérias-primas de fins medicinais.
Algumas pesquisas têm procurado criar uma versão sintética da substância tirada do sangue deles, mas ainda estão em fase preliminar.
Essa notícia tem causado revolta nos defensores dos Direitos Animais. Retrata fielmente o fato de que a indústria farmacêutica trata animais não humanos como máquinas de produção ou instrumentos de trabalho descartáveis, não como seres sencientes que querem continuar vivos e voltar para a liberdade.
Queremos acreditar que o movimento abolicionista estadunidense tem demandado de cientistas a dedicação no desenvolvimento de uma versão sintética ou um substituto ético dessa substância. De qualquer forma, fica escancarada mais uma faceta da exploração animal promovida pela indústria farmacêutica.

Autor dos blogs Consciencia.blog.br e Veganagente e do vlog Canal Veganagente. Articulista desde 2007, blogueiro desde 2008, vlogueiro desde 2011. Atualmente estuda Ciências Sociais na UFPE



sábado, 6 de setembro de 2014

Farmacêuticas brasileiras ultrapassam multinacionais

Data: 05/09/2014

Fonte: Folha de S.Paulo

No 1º semestre, empresas locais faturaram, juntas, R$ 15,8 bi, 50,8% do total
Resultado reflete crescimento da indústria nacional calcado na produção de genéricos e similares
JOANA CUNHA DE SÃO PAULO
Em um setor historicamente dominado por estrangeiras, as farmacêuticas brasileiras passaram a abocanhar a maior fatia do faturamento.
No primeiro semestre deste ano, faturaram, juntas, R$ 15,8 bilhões, 50,8% do total, segundo análise da Alanac (associação dos laboratórios nacionais) com base em dados do IMS Health, instituto que audita o setor.
Os resultados refletem a evolução do mercado desde quando as multinacionais se instalaram aqui, no século passado, quando não havia concorrentes de peso.
No fim da década de 90, após a Lei dos Genéricos, as brasileiras entraram em programas de financiamentopúblico, modernizaram suas instalações, elevaram sua capacidade e se transformaram em fortes competidores no mercado de genéricos.
Se em 2004 Pfizer e Aventis lideravam o ranking de faturamento, nos últimos anos as estrangeiras cederam espaço para brasileiras como EMS e Hypermarcas.
Henrique Tada, presidente-executivo da Alanac, diz que algumas estrangeiras saíram do mercado.
Neste ano, a brasileira União Química fez acordo para produzir e fornecer medicamentos da suíça Novartis feitos na fábrica de Taboão da Serra (SP). Em 2010, a americana Bristol-Myers Squibb fechou uma fábrica no país.
A atuação das brasileiras ainda está concentrada no mercado de cópias, com 71% dos genéricos vendidos no país, em unidades, e 68% do segmento dos similares.
Mas a indústria nacional começa a ganhar espaço no segmento de medicamentos de referência (18%), que são osprodutos originais.
"A indústria de capital nacional depende do faturamento de seus similares e genéricos para investir em inovação e desenvolver os originais", diz Tada.
Esse avanço também tem permitido que as brasileiras se expandam para outros países, segundo Reginaldo Arcuri, presidente do Grupo FarmaBrasil, entidade que reúne brasileiras envolvidas em projetos de inovação. Ele cita, entre outras, a EMS, a Eurofarma e a Biolab.
Antonio Brito, presidente-executivo da Interfarma, entidade que reúne as estrangeiras, ressalva que as multinacionais também avançaram na direção dos genéricos para ganhar participação.
Nos últimos anos, francesa Sanofi comprou a brasileira Medley, de genéricos, e a americana Pfizer comprou o laboratório Teuto.

 


 

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Cimed Indústria Farmacêutica anuncia filial nos EUA

Nota de C&T:
Para quem já viveu algumas décadas, uma nota como esta é motivo de satisfação, saber que uma empresa brasileira investe em sua internacionalização. Seguindo o exemplo de outras, a Cimed demonstra sua ousadia e com certeza confiança na sua capacidade de produzir com padrões diferentes do passado, a indústria farmacêutica brasileira não era referência para o seu próprio mercado, nós brasileiros tínhamos nossos motivos para não confiar no que brasileiros daquela época produzia.
Para os jovens profissionais desse mercado é bom que saibam que no passado ter uma filial nos EUA ou exportar produtos para lá era uma utopia... Parabéns novos empreendedores brasileiros.



04/09/2014 - 10:45:15

O Grupo Cimed anuncia a inauguração de uma filial na cidade de Fort Lauderdale, no Estado da Flórida, nos EUA.

- É um passo muito importante para a Cimed, que é uma empresa 100% brasileira - declara João Adibe, presidente do Grupo Cimed, que completa “agora estamos entrando com processo de legalização e registro dos nossos medicamentos junto ao Food and Drug Administration (FDA, o órgão governamental responsável pelo controle de alimentos, suplementos alimentares, medicamentos, cosméticos etc). Nossa intenção, neste primeiro momento, é continuar a produzir os produtos no Brasil e comercializar nos EUA”.

Os medicamentos que já estão em análise são Loratamed (loratadina em comprimido mais vendida no mercado nacional), Magnazia (antiácido referência no mercado farmacêutico como suspensão oral e comprimidos mastigáveis) e Cimegripe (sétimo medicamento mais vendido em todo mercado brasileiro).


terça-feira, 2 de setembro de 2014

Governo Federal continua agindo como os anteriores; sempre desconsiderando as conquistas das categorias profissionais.

DIGA NÃO À MP 653/14

Foi publicada em 11 de agosto a Lei 13.021/14 conhecida como “Farmácia Estabelecimento de Saúde”. O texto da Lei foi elaborado através de um processo democrático com a participação de representantes das entidades farmacêuticas, dos empresários da área e do governo.
A Lei que a princípio parecia ser um grande avanço em termos de saúde pública, uma vez que determina que as farmácias são unidades de prestação de serviços destinada a prestar assistência farmacêutica e assistência à saúde, teve quatro artigos vetados pela Presidente Dilma ao sancioná-la, editando desta forma a MP 653/14.
A MP em questão propõe que as microempresas e empresas de pequeno porte mantenham a situação atual no que diz respeito à responsabilidade técnica de farmacêutico, uma vez que determina que se aplique o artigo 15 da Lei Federal nº 5.991/73 a esses estabelecimentos. Na prática não houve nenhuma mudança, uma vez que as farmácias continuam precisando de um responsável técnico inscrito no Conselho Regional de Farmácia (o farmacêutico).
Porém, a MP pode gerar dúvidas acerca da necessidade da assistência farmacêutica. Sendo assim,  a edição dessa MP é uma afronta à saúde do povo brasileiro e promove um retrocesso social, desrespeitando 20 anos de trabalho nas casas legislativas do país (Câmara dos Deputados e Senado Federal). Todas as discussões e acordos pactuados entre os diversos setores e que trariam benefícios para a população brasileira foram desconsideradas.
Houve desrespeito aos princípios constitucionais de que todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza e de que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
A MP, ao manter uma situação que vigora desde 1973 (ano de publicação de Lei Federal nº 5.991), é, lamentavelmente, uma perda de oportunidade do Governo em garantir a Assistência Farmacêutica como um direito fundamental do cidadão, acima de qualquer interesse econômico. É colocar interesses comerciais acima da saúde pública. É discriminar usuários de medicamentos que buscam os serviços das pequenas empresas, afinal, o risco envolvido na dispensação de medicamentos não se altera em decorrência do porte da empresa.
As normas sanitárias que minimamente garantem segurança nos serviços prestados devem ser observadas igualmente por todos que desejam atuar na área da saúde independentemente do porte da empresa. A edição da MP demonstra medo de avançar, falta de visão de futuro, desprezo pela saúde e oportunismo.
O oportunismo foi demonstrado pela atitude da ABCFarma, que acordou a redação final da Lei 13.021, e subscreveu o documento enviado ao plenário da Câmara dos Deputados, e, menos de um mês depois, agindo de forma desleal, trabalhou contra a sanção da lei, sempre com o discurso retrógrado de que os pequenos empresários seriam prejudicados. Mas sabemos que esse discurso é falacioso, pois o salário do farmacêutico não inviabiliza o funcionamento de uma farmácia principalmente porque, no geral, o que é pago chega ser degradante. Na verdade essa entidade deseja anular o farmacêutico e assim comercializar livremente todo tipo de medicamento, ignorando eventuais consequências danosas à saúde do cidadão brasileiro.
O Brasil é um dos países que têm o maior número de faculdades de Farmácia do mundo. A quantidade de farmacêuticos que se formam é superior à dos estabelecimentos já existentes, que aliás, são tantos que excedem às recomendações internacionais. Não é razoável manter uma lei de 1973 com a falsa desculpa de que a nova regra, amplamente discutida, dificultaria o acesso ao medicamento por exigir a presença de farmacêutico durante todo horário de funcionamento dos estabelecimentos. Acesso e uso racional pressupõem orientação farmacêutica, e esta, somente pode ser feita pelo farmacêutico, mais ninguém!
Não é possível continuar em uma situação onde o governo cede a interesses de quem já não cumpre a lei em vigor, e ameaça estender essa facilidade a todos sobre o frágil argumento da falta de profissionais.
Por esses motivos e pela defesa incondicional da Assistência Farmacêutica como direito de cada cidadão brasileiro, as entidades farmacêuticos continuarão lutando, assim como fizeram para evitar a aprovação do Projeto de Lei da ex-senadora Marluce Pinto (que propunha o fim da obrigatoriedade da presença do farmacêutico nas drogarias). Continuaremos investindo todos os esforços para reverter essa MP e os vetos à Lei 13.021 totalmente contrários à saúde.
Assine a petição eletrônica contra a Medida Provisória 653/14 que coloca em dúvida o direito à assistência farmacêutica, e contra os vetos aos artigos 9º, 15, 17 e 18 da Lei nº 13.021 de 08/08/14.
Clique no link e diga não à MP 653/14:
http://bit.ly/1oq7ftQ
Referência

http://portal.crfsp.org.br/noticias/5752-farmaceutico-e-direito-mpnao.html

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Bomba de insulina é mais eficaz do que injeções no tratamento de diabetes tipo 2

Em todo o Mundo existem cerca de 20 milhões de pessoas com diabetes tipo 2

27 de agosto de 2014 - 15h17

A revista online The Lancet acaba de anunciar os resultados do estudo OpT2mise, que demostram que as pessoas com diabetes tipo 2 que necessitam de insulina têm melhor controlo da doença através da terapia com bomba infusora de insulina, em vez do recurso a múltiplas injeções diárias.

Este é o maior estudo global que avalia comparativamente a eficácia da terapia com bomba de insulina versus múltiplas injeções diárias em pessoas com diabetes tipo 2 com controlo glicémico inadequado. Atualmente já estão comprovados os benefícios da terapia com bomba de insulina em pessoas com diabetes tipo 1.

No estudo OpT2mise, as pessoas que utilizaram a bomba de insulina alcançaram uma redução média da A1c de 1,1% versus uma redução de 0,4% nos participantes que recorreram às múltiplas injeções diárias. Esta melhoria no controlo da glicose foi alcançado sem quaisquer episódios de hipoglicemia grave. Além disso, o grupo que utilizou a terapia com bomba infusora de insulina reduziu a dose total diária de insulina em mais de 20 por cento. Não houve diferença no aumento de peso entre os dois grupos.

De acordo com João Raposo, diretor clínico da APDP, “o estudo agora publicado vem pela primeira vez revelar que a terapêutica com bomba infusora de insulina pode ajudar no tratamento de algumas pessoas com diabetes tipo 2, que apesar das múltiplas injeções continuam com os seus níveis glicémicos por controlar”.

A redução dos níveis médios da A1c é essencial para as pessoas com diabetes, pois apenas uma ligeira diminuição contribui significativamente para a prevenção de complicações, como doenças oculares, renais, danos neurológicos ou enfarte.

“Muitos pacientes com diabetes tipo 2 não conseguem um controlo correto da glicemia apesar do tratamento farmacológico, incluindo as múltiplas injeções diária. Este grupo de pacientes é muito prevalente e de difícil tratamento, circunstâncias que a longo prazo acarretam consequências dispendiosas. Para estes pacientes as bombas de insulina são uma nova opção terapêutica com benefícios significativos agora cientificamente comprovados”, refere o Prof. Yves Reznik, do Hospital Universitário de Caen, França.

“Os resultados do estudo são importantes para demonstrar como a terapia com bomba pode reduzir de forma segura a A1c sem causar episódios de hipoglicemia e pode ajudar na redefinição do standard of care para esta população crescente de pessoas com diabetes tipo 2 insulino-dependentes”.

O estudo global, randomizado e controlado foi apoiado pela empresa Medtronic (empresa líder mundial em tecnologia médica) e conduzido com a participação de 331 doentes, com idades entre 30 e 75 anos.

Os doentes que utilizaram bombas de insulina obtiveram uma redução média dos níveis da A1c de 1,1% vs. 0,4% nos participantes que utilizaram múltiplas injeções diárias (P <0,001).

Os doentes que utilizaram a terapia com bomba de insulina alcançaram uma redução da A1c sem quaisquer episódios de hipoglicemia grave (baixa de açúcar no sangue, o que pode causar confusão, desorientação, perda de consciência e, no pior dos casos, coma e até morte) ou cetoacidose (condição que coloca o doente em risco de vida causada por hiperglicemia ou açúcar elevado no sangue).

A dose total diária de insulina foi de 20,4 por cento menor com a bomba de insulina, quando comparado com as múltiplas injeções diárias (P <0,001), sem diferença significativa na variação de peso entre os dois grupos.

55% dos participantes no grupo que utilizou a bomba de insulina atingiram A1C <8%, só 28% dos participantes do grupo de injeções diárias múltiplas alcançaram esse valor.

Em todo o Mundo aproximadamente 20 milhões de pessoas com diabetes tipo 2 necessitam de tratamento com insulina e a adesão à insulinoterapia é muitas vezes difícil. Cerca de 57 por cento desses doentes recorrem à terapia de múltiplas injeções diárias e admitem que por vezes omitem uma dessas injeções.

 

Por SAPO Saúde