terça-feira, 3 de maio de 2011

Anvisa defende veto a emagrecedores no Brasil, mas médicos protestam e o assunto chega ao Senado.


Nota de C&T:
Comentário do responsável pelo Blog referente à matéria abaixo: "Anvisa defende veto a emagrecedores no Brasil, mas médicos protestam."
O Dr. José Ruben Bonfim, coordenador-executivo da Sobravime (Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos), tem razão ao afirmar que "essa defesa aguerrida dos anfetamínicos e da sibutramina são os interesses comerciais da indústria que fabrica esses produtos".
 Vale salientar que sua proibição também tem o interesse de indústrias diretamente envolvidas, principalmente por sabermos que a Indústria mais interessada na proibição dos afetamínicos tem parcerias milionárias com o Governo Federal.
Não estaria a ANVISA com uma canetada resolvendo um problema que deveria ser resolvido com eficiência fiscalizadora da referida instituição que não tem feito seu papel na totalidade? No caso das anfetaminas seu maior consumo não é por prescrição médica convencional, salvo aquelas fórmulas comuns nas farmácias de manipulações, método não recomendado por muitos médicos tradicionais. O grande mercado desses produtos é a clandestinidade, principalmente na modalidade "arrebite" nas estradas brasileiras e de fácil aquisição em bares e postos de abastecimento de combustíveis. Qual é a dificuldade que a ANVISA tem de fiscalizar a partir dos fabricantes? Qualquer indústria farmacêutica (são poucas) tem como rastrear nos dias atuais aonde está um comprimido de anfetamina por ela produzido em fraçao de minutos, basta uma linha telefônica disponível.
O problema não está na falta de racionalidade por parte de quem prescreve, usa, comercializa, fabrica e regulamenta?
Nota postada por Teófilo Fernandes.

Anvisa defende veto a emagrecedores no Brasil, mas médicos protestam
Senado promove debate sobre proibição de remédios para emagrecer
Do R7

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado promoveu nesta segunda-feira (2) uma audiência pública sobre a proibição da venda alguns remédios para emagrecer, proposta pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O órgão quer banir os compostos que atuam no sistema nervoso central: a sibutramina e os derivados anfetamínicos femproporex, dietilpropiona e mazindol. O orlistate, que atua no intestino, permanece no mercado. Ainda não é certo que a proibição vai ser adotada.

O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, disse que a proibição segue estudos técnicos e mencionou o fato de diversos países terem proibido ou restringido esses medicamentos.

Mas a endocrinologista Rosana Bento Radominski, representante da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, questionou os estudos usados pela Anvisa. A médica disse que "não há necessidade de proibição, sendo mais recomendável um maior controle sobre o uso dessas medicações, para que elas sejam utilizadas corretamente e quando realmente forem necessárias".

- A obesidade é uma doença e precisa ser tratada.

Ela disse que "não existem medicamentos sem nenhum efeito adverso e que é preciso contrabalançar riscos e benefícios".

Já o médico sanitarista José Ruben Bonfim, coordenador-executivo da Sobravime (Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos), criticou o uso desses tipos de inibidores de apetite. Ele afirmou que o Brasil "não pode ser o último país do mundo a bani-los". Segundo ele, uma das principais razões para "essa defesa aguerrida" dos anfetamínicos e da sibutramina são os interesses comerciais da indústria que fabrica esses produtos.

A comissão ainda vai fazer outro debate sobre o assunto. O presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS), informou que a reunião ocorrerá no próximo dia 31. As informações são da Agência Senado.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/noticias/anvisa-defende-veto-a-emagrecedores-no-brasil-mas-medicos-protestam-20110502.html 

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