terça-feira, 17 de maio de 2011

Grupo EMS planeja para 2013 oferta de ações da Germed Pharma
Da Redação

O empresário Carlos Eduardo Sanchez, dono do grupo EMS, decidiu que fará oferta de ações na bolsa da Germed Pharma em cerca de dois anos, segundo apurou a reportagem do Valor. Essa empresa nasceu como marca da EMS Pharma em 2002, se transformou em empresa independente em 2009 e é a que mais cresce na organização entre os negócios de medicamentos nos últimos anos.
De acordo com pessoas próximas, a oferta de ações da Germed poderá ocorrer em 2013. O prazo não está formalmente estabelecido. A única certeza é que, para ir à bolsa, a empresa terá que dobrar o faturamento, que foi de R$ 393,9 milhões em 2010.
Esse valor equivale às vendas de medicamentos pela tabela "cheia" de preços. Se for considerado que as indústrias farmacêuticas concedem descontos entre 50% a 75% nos remédios vendidos nas farmácias, estima-se que a Germed terá de aumentar seu faturamento atual "limpo de descontos" de R$ 210 milhões, projetado para 2011, para cerca de R$ 500 milhões por ano. "A oferta de ações da Germed já foi discutida em reunião de conselho, mas não há estratégia definida. Primeiro, queremos consolidar a Germed na terceira posição do ranking da indústria farmacêutica", diz o executivo José Cosme, presidente da empresa.
Além de "testar" o mercado, Sanchez quer "sentir" como é ser dono de uma companhia com sócios investidores. "A partir daí, ele poderá pensar na possibilidade de levar a EMS Pharma para a bolsa também", diz uma fonte próxima do empresário.
O que está por trás da decisão de Sanchez é o ritmo de expansão acelerado da Germed nos últimos anos. Lançada como segunda linha da EMS Pharma em 2002, a Germed detém hoje quase 6% do mercado de genéricos. Em 2009, ocupou a quinta posição no ranking de genéricos, com faturamento de R$ 181,8 milhões (valor "cheio"). À frente, estavam os laboratórios Medley, EMS Pharma, Eurofarma e Aché.
No acumulado deste ano até março, a empresa já se posicionou no terceiro lugar, com uma pequena vantagem em relação à concorrente Eurofarma e atrás apenas de Medley e EMS Pharma. No primeiro trimestre, o faturamento "cheio" da Germed foi de R$ 107,7 milhões, contra R$ 107,3 milhões da Eurofarma.

GERMED
Sob o comando de José Cosme desde a criação, a Germed fundamenta sua expansão em duas principais vertentes. A primeira segue a estratégia da empresa EMS Pharma - a rapidez no lançamento de genéricos quando caem as patentes de fórmulas dos produtos de referência.
A segunda é a aposta de linhas de medicamentos que exigem prescrição médica voltadas para diferentes especialidades, como dermocosméticos e endometabólico. O Lipiblock, usado para emagrecer, por exemplo, é hoje um dos maiores concorrentes do Xenical, da Roche. As linhas de prescrição encerram o trimestre respondendo por 29% dos negócios da Germed. Em 2010, respondiam por 22%.
A Germed não investe em remédios conhecidos como OTC (venda livre). "OTCs exigem pesados investimentos em mídia. Com esses recursos, apostamos em prescrição, que tem melhor rentabilidade, e genéricos – que é o segmento que mais cresce no país", diz Cosme.

Fonte: Valor Econômico

Fonte secundária: http://www.febrafar.com.br/?cat_id=5

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