terça-feira, 28 de junho de 2011

SBOT de São Paulo poderá suspender atendimentos a pacientes de 15 empresas de seguros e planos de saúde.

SOCIEDADE DE ORTOPEDIA QUER SEUS ASSOCIADOS NA ASSEMBLÉIA SOBRE SUSPENSÃO DE ATENDIMENTO.
Luchetti  NOTÍCIAS - Saúde
A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT conclama seus associados de São Paulo a participarem da assembléia de quinta-feira, dia 30, quando será discutida a suspensão do atendimento a 15 empresas de seguro-saúde. As companhias procuradas não responderam às reivindicações dos médicos, que pleiteiam R$ 80,00 por consulta e procedimentos atualizados proporcionalmente, de acordo com a “CBHPM - Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos”.
O presidente do Conselho de Defesa Profissional da SBOT, Robson Azevedo, e o presidente da Comissão de Assuntos AMB/CFM também da SBOT, Akira Ishida, lembram que nos últimos oito anos as seguradoras passaram a cobrar 129% a mais de seus segurados, mas reajustaram as consultas em apenas 44%.
“Esse aviltamento dos honorários médicos leva o profissional a multiplicar o número de consultas atendidas, reduzindo o tempo dedicado a cada paciente”, diz o presidente da SBOT, Osvandré Lech, quando não o obriga a dobrar o número de empregos para se sustentar, o que também acaba resultando em queda da qualidade do serviço prestado ao cliente.
Depois de terem feito uma paralisação de advertência no dia 7 de abril, os médicos discutirão no dia 30, na assembléia marcada para o auditório da Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas – APCD, na rua Voluntários da Pátria, 547, às 20 horas, os próximos passos da campanha por valorização na saúde suplementar e por mais qualidade na assistência aos pacientes.
Entre as propostas a serem votadas, está o fim das pressões das empresas para que os médicos solicitem menos exames e internações, pressões essas que representam risco para o paciente e a paralisação do atendimento por tempo indeterminado dos segurados dos planos e seguros-saúde que não atenderem ao pleito da classe médica.
A assembléia foi convocada pela Associação Paulista de Medicina, pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo, pela Academia de Medicina de São Paulo e pelas entidades regionais e sociedades de especialidade.
Fonte: http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=41776:sociedade-de-ortopedia-quer-seus-associados-na-assembleia-sobre-suspensao-de-atendimento&catid=47:cat-saude

Um comentário:

  1. A luta é justa. Injusto é o cidadão pagar o preço do mau atendimento ou pelo menos o não adequado, após tanto sacrifício para pagar um plano de saúde e médico ficarem limitados a solicitarem exames complementares que sejam realmente necessários. Também não é justo que paguemos caro nossos planos de saúde para médicos elegerem órtese e próteses de determinados fabricantes que precificam seus produtos com comissões sobre tais destinadas a médicos parceiros e quem paga estas comissões (de 15% a 40%) são os pacientes através de seus planos ou particulares em casos específicos. Aproveitem e lutem para que a sociedade também respeite os médicos que se dão respeito. Aproximadamente 100% dos cirurgiões ortopédicos, neuroscirurgiões, cirugiões cardíacos e outros recebem comissões dos fabricantes de OPME. Não adianta reclamar que não existe caixa 2, todos sabem que existe este mercado milionário e muitos se beneficiam dele, mas difícil de punir por se tratar de pessoas bastante experientes nestas práticas. Basta o Ministério Público e outras autoridades terem pro- atividade que chegarão aos evolvidos (médicos, hospitais, clínicas, indústrias, distribuidoras, importadoras e representantes). Muitas dessas operações estão cobertas por notas fiscais, é preciso conhecimento técnico e investigação profunda com quebra de sigilo fiscal, bancário, telefônico e outros.

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