terça-feira, 12 de abril de 2011

Europa já comercializa e compartilha o novo medicamento para o tratamento adjuvante de adultos com crises epilépticas parciais, com ou sem generalização secundária.

Zebinix® da Bial lançado na Grécia e na República da Irlanda
12/04/2011 - 10:02

O antiepiléptico Zebinix® do Grupo Bial acaba de ser lançado na Grécia e na República da Irlanda, após obtenção da sua comparticipação, avança a companhia, em comunicado.

O lançamento nestes mercados surge no âmbito do acordo de licenciamento e co-promoção assinado entre Bial e a multinacional Eisai, em Fevereiro de 2009, para a comercialização do fármaco em vários países europeus.

Zebinix® é agora comercializado em 14 países europeus e comparticipado em nove países, entre os quais está Espanha, Reino Unido, Alemanha, Noruega e Dinamarca, refere o grupo no comunicado.

Em Fevereiro Bial tinha já lançado, em co-promoção com a Eisai, o antiepiléptico Zebinix® em Espanha, aquele que é o sétimo maior mercado da Indústria Farmacêutica e um dos mais dinâmicos a nível mundial. Bial está presente em Espanha desde 1998 que é actualmente o seu principal mercado internacional, particularmente na área da imunoterapia alérgica onde Bial tem como objectivo ser um player europeu.

Decorrem entretanto os processos de pedido de comparticipação em todos os restantes países europeus onde existem regimes de reembolso, perspectivando-se o início de comercialização de Zebinix® nestes países ao longo do corrente ano.

A investigação de novas soluções terapêuticas continuará a ser um dos alicerces da expansão internacional do grupo Bial que prevê, até 2020, colocar no mercado mais alguns novos medicamentos de sua própria investigação.

Este primeiro fármaco de patente portuguesa, fruto de 14 anos de investigação e de investimentos superiores a 300 milhões de euros do Grupo Bial, tem como princípio activo o acetato de eslicarbazepina.

É um medicamento aprovado em Abril de 2009 pela Comissão Europeia – com base no parecer da Agência Europeia do Medicamento – para o tratamento adjuvante de adultos com crises epilépticas parciais, com ou sem generalização secundária.

A síntese da entidade química decorreu em 1994, tendo a patente do antiepiléptico sido registada a nível internacional em 1996. Seguiram-se os testes pré-clínicos e os ensaios clínicos de fase I, II e III, envolvendo mais de 1.000 doentes em 23 países.

Os ensaios clínicos de fase III, realizados em doentes refractários aos antiepilépticos disponíveis à data, demonstraram a segurança e a eficácia do acetato de eslicarbazepina possibilitando uma redução significativa e sustentada do número de crises epilépticas parciais a longo prazo.

Em Novembro de 2010 o acetato de eslicarbazepina recebeu recomendação positiva do Scottish Medicines Consortium (SMC) relativa à sua utilização clínica e relação custo-benefício. O SMC é uma das entidades de maior prestígio científico na Europa no âmbito da avaliação e recomendação de novos medicamentos, novas formulações e novas indicações.

A experiência clínica no mercado tem vindo a confirmar os resultados obtidos durante a fase de ensaios clínicos, que se traduzem em claros benefícios para os doentes, conclui o comunicado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário