quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ratiopharm mantém liderança nos genéricos (Portugal)
28/04/2011 - 09:53

Lançar novos produtos todos os anos é a aposta da Ratiopharm, empresa que lidera o mercado português de genéricos em valor e unidades. Pelo menos de acordo com o ranking das maiores farmacêuticas a actuar no mercado de genéricos e que é elaborado anualmente pela consultora IMS Health, escreve o Diário Económico, num dossier especial dedicado à Indústria Farmacêutica de Genéricos.

A Ratiopharm foi pioneira no segmento dos genéricos em Portugal, onde está presente desde 1990. É talvez o facto de ter entrado cedo neste mercado e de o conhecer bem que explica a liderança da farmacêutica neste segmento. Actualmente, a Ratiopharm tem cerca de 80 medicamentos diferentes no mercado português que cobrem a maioria das áreas terapêuticas. Mas todos os anos alarga o seu portefólio para produtos cujas patentes vão expirando.

No segundo lugar do ranking está a Generis que tem como ambição atingir o primeiro lugar do pódio. A revelação é de Paulo Lilaia, administrador-delegado da Generis. O responsável faz um balanço muito positivo de 2010, mas admite que, a meio do ano, a empresa teve que contornar a situação complicada vivida pela empresas de genéricos, derivada da descida de 25% dos preços dos medicamentos.

Paulo Lilaia garante que a Generis tem conseguido compensar “numa subida muito forte em termos de volume”.

De salientar que a empresa, que detém duas fábricas, tem como objectivo para 2011 “estar a produzir não só para a Generis mas também para empresas terceiras, tanto portuguesas como estrangeiras, sendo que o objectivo é reforçar a área de exportação, para mercados como a Europa, Médio Oriente, África e América Latina”, revela Paulo Lilaia que garante que a Generis pretende lançar “mais de dez medicamentos novos por ano, possuindo já em ambulatório mais de 163 medicamentos”.

No terceiro lugar do pódio, e de acordo coma IMS Health, está a Mylan. Os três lugares do pódio não têm sofrido alterações. No entanto, os quatro e quinto lugares têm sido alternados pela Sandoz e pela Mepha.

Segundo Rodrigo Goarmon, director-geral da Sandoz Portugal, a ambição da Sandoz, que tem 23 mil especialistas e está presente em mais de 130 países, “é chegar a líder mundial no mercado de genéricos”, o que pretende fazê-lo ao “desenvolver produtos diferenciados através das nossas competências científicas e expertise em tecnologias inovadoras”, diz. Rodrigo Goarmon afirma que a aposta da farmacêutica “é ser o parceiro de eleição para medicamentos genéricos de qualidade a custos acessíveis e oferecer soluções inovadoras aos seus doentes”.

O director-geral da Sandoz Portugal garante que a Sandoz “é líder mundial no desenvolvimento de novas tecnologias, gerindo mais de 400 moléculas e mais de 700 projectos, e cobrindo todas áreas terapêuticas, desde os produtos mais simples aos mais complexos e diferenciados”.

Em Portugal, a Sandoz quer expandir o seu portefólio de produtos biosimilares, onde é pioneira, e nas áreas respiratória, oftalmológica e biotecnológica, além daquelas em que já se encontra presente: cardiovascular, sistema nervoso central, anti-inflamatórios, diabetes, osteoporose, urologia, anti-infecciosos, antialergénicos e gastro. Rodrigo Goarmon diz haver “uma forte aposta da Sandoz nos medicamentos biosimilares”. A empresa “já lançou dois biosimilares – Zarzio® (Filgrastim) e Binocrit® (epoetina alfa) em Portugal e espera lançar mais um em breve”, diz.

Já a Mepha ocupou o quinto lugar do pódio em 2010 segundo o ranking da IMS Health.

A empresa está presente em mais de 60 países, e detém um portefólio de mais de 100 medicamentos, estando no segmento dos genéricos desde 2003. Actualmente, a Mepha Portugal conta com uma equipa de 69 pessoas e tem um portefólio de mais de 35 genéricos, sobretudo, nas áreas terapêuticas afectas ao Aparelho Cardiovascular, Sistema Nervoso Central e Aparelho Gastrointestinal, de onde provem a maioria das receitas da farmacêutica. Quanto a estratégia de crescimento é alicerçada na diversificação da actividade nos três principais segmentos do mercado: medicamentos inovadores, medicamentos genéricos e medicamentos não sujeitos a receita médica.

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