sábado, 30 de abril de 2011

Reckitt muda estratégia para garantir 30% da receita com medicamentos OTC
A subsidiária brasileira da inglesa Reckitt Benckiser, fabricante de produtos de limpeza detentora das marcas Veja, Vanish, Harpic, SBP, AirWick e Lysol, vem trabalhando em ritmo frenético de crescimento. As vendas saltaram 20% no primeiro trimestre do ano e a sua única unidade industrial instalada no Brasil passa por ampliações mensais da capacidade produtiva.
Embora o Brasil responda pela segunda maior fábrica da Reckitt no mundo, depois da Polônia, a companhia decidiu traçar um novo futuro para a próxima década, o que permitirá lucrar além das fórmulas e embalagens de limpadores multiuso, alvejantes seguros e aerossois. Definimos que, em 10 anos, um terço do faturamento total da Reckitt Benckiser do Brasil virá da área de medicamentos sem prescrição médica, afirma Frederic Larmuseau, vice-presidente sênior da Reckitt Benckiser para a América Latina e ex-presidente da operação brasileira.
A companhia não revela o faturamento registrado no Brasil, mas o mercado estima que este número fique entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões. Com operação própria em 60 países e venda para 200, a Reckitt vendeu R$ 21 bilhoes em 2009, balanço mais recente divulgado pela companhia. Na receita global, os medicamentos OTC já respondem por cerca de 30% das vendas.
Para ganhar mercado das grandes farmacêuticas, Larmuseau revela que a companhia planeja lançar por volta de 20 produtos até o final desta década. Em setembro, ela trouxe para o país o Gaviscon, antiácido produzido na Inglaterra para tratar azia e má digestão. Em fevereiro, lançou o Strepsils, seu segundo produto farmacêutico no país. Trata-se de uma pastilha formulada com Flurbiprofeno (anti-inflamatorio) para tratar dor de garganta, cuja primeira fórmula foi lançada em 1931, na Inglaterra. Segundo a Nielsen, 76% dos 88% de brasileiros que tratam a dor de garganta afirmam utilizar um medicamento livre de prescrição para combater os sintomas.

A experiência da nossa companhia é vender produto para o consumidor, enquanto as farmacêuticas costumam ser melhores no desenvolvimento do que na comercialização de seus medicamentos.A margem de lucro também foi um fator que fez a Reckitt saltar os olhos para os medicamentos OTC. A margem é, sem dúvida alguma, bem maior que a dos limpadores multiuso, diz o executivo, ao se referir ao Veja, produto comercializado unicamente no Brasil.


Fonte: Brasil Econômico

Fonte secundária: http://www.febrafar.com.br/index.php?cat_id=5&pag_id=7432 

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