quarta-feira, 9 de outubro de 2013

FDA pode vir a realizar inspecções sem aviso em fábricas na Índia

09/10/2013
Segundo fontes que não foram identificadas, a FDA (entidade que regula os medicamentos nos EUA) planeia utilizar o mesmo sistema de inspecções nas unidades de produção na Índia que implementou anteriormente nos EUA e outros países desenvolvidos, incluindo inspecções não anunciadas e um sistema de vigilância mais apertado, avança o site FirstWord.


As referidas fontes indicaram, que a entidade reguladora norte-americana está a adaptar-se ao novo sistema devido a questões de documentação e erro humano detectadas nas fábricas indianas.


No início deste ano, a FDA aumentou a sua equipa de inspecções na Índia (de 12 para 19 funcionários) e abriu escritórios em Hyderabad e Mumbai, que vieram acrescentar ao já existente em Nova Deli. Uma das fontes indicou que a FDA, que já tinha realizado anteriormente acções inspectivas no país, mas com aviso prévio, contratou inspectores com experiência na detecção e investigação de crimes.

A medida surge na sequência de várias farmacêuticas indianas terem sido mencionadas por problemas nas suas unidades de produção, como a Ranbaxy, que no mês passado recebeu um aviso da FDA por não estar em conformidade com as boas práticas de fabrico. A Wockhardt foi proibida pela FDA de importar em Maio e a Cadila Healthcare, a Strides Arcolab, a Aurobindo e a Lupin também receberam cartas de advertência desde 2011.

“A Índia tornou-se prioritária para a FDA, uma vez que acolhe o maior número de unidades de produção com medicamentos aprovados pela agência fora dos EUA e está a tornar-se o maior exportador de medicamentos genéricos para aquele país”, referiu uma das fontes.

Segundo o Pharmaceutical Export Promotion Council da Índia, 135 unidades de produção aprovadas pela FDA estão localizadas em território indiano e as companhias indianas exportaram em 2012 medicamento na ordem dos 6,5 mil milhões de dólares, sendo que 30% deste valor foi exportado para os EUA.

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