sábado, 12 de outubro de 2013

Evento divulga e explica direitos do autista

Pais debaterão, em São Gonçalo, formas de fazer valer a Lei Berenice Piana
NITERÓI - Será realizado no próximo sábado, às 8h30m, o 1º Encontro de Pais da Família Azul de São Gonçalo, no Colégio Nilo Peçanha, na Rua Coronel Serrado 1.750, no bairro Zé Garoto. O principal objetivo do evento, gratuito, é debater formas de fazer valer a legislação federal que garante às pessoas de espectro autista tratamento multiprofissional pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e matrícula na rede regular de ensino. Os organizadores também querem ajudar a divulgar outros direitos reconhecidos pela chamada Lei Berenice Piana, sancionada em dezembro do ano passado.
Berenice, uma das líderes do movimento que culminou no reconhecimento do transtorno como deficiência, estará presente no encontro.
— Existe um grande desconhecimento sobre o assunto no Brasil, a tal ponto que muitos médicos não conseguem diagnosticar o paciente autista. Além disso, o problema não costuma ser abordado nas áreas de saúde das universidades — diz ela, que redigiu o texto da lei com base nas dificuldades que encontrou para assistir o filho.
Além de buscar dicas com quem passa pelo mesmo calvário para dar tratamento adequado a crianças com o diagnóstico, pais buscam, em eventos sobre o tema, apoio emocional.
— É muito comum que os pais sofram de depressão. Por isso, a simples troca de experiências já os fazem sentir acolhidos e motivados — conta a pedagoga Mila Ferreira, organizadora do evento e mãe de Davi Guimarães, de 14 anos, que recebe tratamento desde os 3.
Para o desenvolvimento da pessoa com autismo, o ideal é que ela conte com o acompanhamento de uma equipe composta por fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, neurologista, psiquiatra e nutricionista. A Lei Berenice Piana garante ensino profissionalizante, inserção no mercado de trabalho, formação e capacitação de professores especializados e acesso gratuito a medicamentos. O estímulo a pesquisas científicas com ênfase nos estudos epidemiológicos sobre o autismo também está previsto no texto.
— O acesso à informação é o primeiro passo para integrar essas pessoas à sociedade — afirma Mila.

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