sábado, 2 de julho de 2011

A ANVISA quer banir Sibutramina do mercado brasileiro a qualquer custo. A quem mais interessa?

O artigo publicado no O Povo, escrito pela Dra. Adriana Forti é uma das inúmeras manifestações médicas que exige atenção das autoridades sobre a obesidade e meios de tratamentos defendidos por quem conhece o problema e seu tamanho na prática (Artigo: É preciso fiscalizar...). Considero um risco uma instituição manuseada por interesses políticos tomar decisões que possam implicar severamente em milhares de vidas sem aceitar centenas de opiniões técnicas e práticas.

Este artigo é merecedor de credibilidade por se tratar da opinião de uma profissional imparcial e de credibilidade nacional e internacional. Esta é uma das pessoas, entre muitas outras que parecem não serem escutadas, que sabe o que está falando. Diante de pontos expostos pela Dra. Forti fica claro o interesse unilateral da ANVISA de retirar sibutramina do mercado.
O desinteresse do Abbott, fabricande inicial da sibutramina, que culminou em retirar Reductil e Plenty, esta última marca se trata de uma marca utilizada pela Medley (empresa hoje da Sanofi Aventis), mas que pertence sua titularidade ao Abbott adquirida da Knoll, assim como também a sibutramina genérica da Medley que foi licenciada mesmo antes do fim da patente pelo Abbott, já que este produzia as marcas e o genérico, se deu por motivos absolutamente comerciais e resultados financeiros. O produto deu muito lucro por 12 anos. Com a chegada dos genéricos e similares comercializados com preços infinitamente menores, a sibutramina deixou de ser interessante para o Abbott e a Medley (parceiros desde o lançamento da droga no mercado em 1998). Lembrem-se de que o mercado brasileiro é um dos maiores mercados do mundo para sibutramina.
O fim da Sibutramina livra a ANVISA de fiscalizar como deve ser fiscalizada a droga no mercado e oficializa o atual contrabando de anfetaminas utilizadas como arrebites para caminhoneiros e outros meios recrativos, vendidos livremente em postos de combustíveis. É mais fácil matar uma classe terapêutica do que moralizá-la, sem contar que a Gigante Suíça Roche, “grande parceira do Ministério da Saúde” muito se beneficiará com o aumento migratório da demanda das anfetaminas para o Xenical. Alguém se lembra do alarme sobre a gripe suína e a venda emergencial de Tamiflu para o Ministério da Saúde? É o mesmo fabricante.
Suspeito bastante do interesse da ANVISA de retirar sibutramina do mercado brasileiro. Recentemente a EMA (autoridade européia na regulamentação de medicamentos) aprovou Avastin, também da Roche, para câncer de mama e no dia anterior a FDA tinha proibido o uso desse medicamento para mesma indicação nos EUA. Medicina é evidência e os médicos brasileiros precisam ser respeitados pela ANVISA.
Comentário postado por Teófilo Fernandes.

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