sábado, 8 de dezembro de 2012

EUA altera legislação e obriga farmacêuticas a combater cancro pediátrico

Nos últimos anos, os laboratórios assumiram uma forte aposta em medicamentos para tratar o cancro em adultos, testando-os e avaliando-os sobre o seu potencial para tratar pacientes mais jovens apenas posteriormente, pelo facto de encarem este mercado menos lucrativo. Esta abordagem reflectiu-se na aprovação de apenas 15 medicamentos permitidos para uso em crianças desde 1998, avança o PIPOP – Portal de Informação Português de Oncologia Pediátrica, citando a Bloomberg.

Agora, para contrariar esta tendência, os EUA e o seu regulador de medicamentos (a FDA) têm um novo foco na obtenção de medicamentos contra o cancro para jovens adultos, que será auxiliado por uma nova legislação que entrará em vigor no país em Janeiro.

A nova lei incita as farmacêuticas a debaterem a possibilidade de avançar precocemente com estudos sobre cancro pediátrico. Assim, a partir de Janeiro, as empresas farmacêuticas são obrigadas por lei a avaliar os seus produtos em crianças, desde que a doença exista na população pediátrica.

Quatro tratamentos experimentais contra o cancro pediátrico estão já em avaliação no mercado norte-americano, numa altura em que a FDA tem em mãos uma revisão de medicamentos da GlaxoSmithKline, Amgen, Threshold Pharmaceuticals e da Boehringer Ingelheim com potencial para tratar uma variedade de tumores e a rápida disseminação da leucemia (tipo de tumor que afecta o sangue) em crianças.


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