domingo, 31 de março de 2013

Presidente do Bahia sugere Estaduais no 2º semestre: 'Regionais são o futuro'



Imagem apenas ilustrativa, o Nordeste conta com outras
 boas equipesque não estão contempladas nesta imagem.
Lancepress

O segundo dia do seminário sobre o Calendário do Futebol Brasileiro, realizado na Trevisan Escola de Negócios, começou com cobranças. Mas não por parte de estudiosos ou jornalistas, como no dia anterior. Marcelo Guimarães Filho, presidente do Bahia, fez o apelo para que os demais grandes clubes do Brasil - principalmente os de maior poderio econômico -, se unam para realizar mudanças na estrutura do calendário.

- Os clubes que precisam tomar a iniciativa para que as mudanças aconteçam. Mas não vejo nenhuma mudança a curto ou médio prazo. Talvez fruto da entrada do dinheiro de televisão, que foi uma coisa boa, mas gerou uma inércia. A extinção do Clube dos 13 nos tirou o único fórum de debate que tínhamos, sem entrar no mérito se ele era bom ou não para os clubes . Sou a favor de uma Liga ou associação que os clubes discutam seus interesses - disse.

Guimarães criticou o Campeonato Baiano. Segundo ele, a Federação Baiana de Futebol nunca pagou nenhuma premiação para os clubes campeões. Além disso, a disputa a disputa atrapalha o planejamento do clube para a temporada

- Não tem apelo de público, é sem atratividade. O Paulistão é rentável, mas o Baiano, não. Sempre pagamos para jogar. Nossa torcida é apaixonada, mas prefere ir no Campeonato Brasileiro. E é difícil de contratar profissionais de alto nível, que preferem jogar o Paulista, o Carioca, o Mineiro e o Gaúcho. Isso atrasa a formação do nosso time e diminui a nossa competitividade admitiu.

A solução, para ele, porém, não é o fim dos Estaduais. Guimarães sugere que o campeonato seja transferido para o segundo semestre. E que, no primeiro, Regionais como a Copa do Nordeste, sejam feitos para fortalecer os clubes grandes. Nem a eliminação precoce na competição, que deixou o time inativo por 40 dias, muda a opinião do dirigente.

- Os regionais são o futuro. Não tenho a solução, mas deixar os Estaduais como estão não tem a menor condição. Estamos minando as finanças dos clubes. Os regionais são mais atraentes, tem rivalidade acirrada, mais público, estádios mais confortáveis. Talvez possamos empurrar os Estaduais para o segundo semestre, permitindo o acesso aos Regionais. Vamos permitir que os pequenos joguem e ainda faremos com que os grandes atuem em campeonatos melhores - sugeriu ele, lembrando que o fim dos clubes pequenos causaria demissões e atrapalharia a formação de atletas.

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