sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Farmacêuticas suspeitas de acordo anti-concorrência

Bruxelas diz que Johnson & Johnson e Novartis combinaram atrasar colocação de genérico no mercado holandês

A Comissão Europeia enviou esta quinta-feira uma comunicação de objeções aos grupos farmacêuticos norte-americano Johnson & Johnson e suíço Novartis, suspeitos de terem combinado atrasar a colocação de um medicamento genérico no mercado holandês.

Trata-se da segunda fase do inquérito da Comissão, aberto em outubro de 2011, relativo ao fentanil, um analgésico mais forte que a morfina.

«Se as nossas conclusões preliminares se confirmarem, as filiais holandesas da Johnson & Johnson e da Novartis fizeram um acordo para evitarem concorrer entre si, o que impediu os utilizadores de fentanil na Holanda de terem acesso a um analgésico mais barato», explica o comissário europeu da concorrência, Joaquin Almunia, num comunicado, citado pela Lusa.

«A comissão está determinada em combater os atrasos injustificados de entrada no mercado de medicamentos genéricos, para permitir aos cidadãos cuidados acessíveis», sublinha o comissário.

O inquérito de Bruxelas indicou que a Janssen-Cilag, filial holandesa da Johnson & Johnson, que vende o fentanil no país, fez um acordo com a Sandoz, filial da Novartis, em junho de 2005. O acordo previa que a Janssen-Cilag entregasse um valor mensal à Sandoz em troca desta não lançar um medicamento genérico no mercado holandês.

Segundo a comissão, a combinação atrasou em 17 meses, até dezembro de 2006, a entrada no mercado holandês de um genérico concorrente do fentanil e manteve o preço deste artificialmente elevado.

Um comentário:

  1. No Brasil, para quem conhece do mercado, esta suspeita ocorrida na Holanda, é motivo para fazermos uma comparação com a nossa lei de genérico que está no mercado a mais de 12 anos. Nossa lei nos coloca muito a frente de muitas outras nações, somos melhores neste sentido. E viva o Brasil.

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