sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Brasil nega pedido da Pfizer para estender prazo de patentes

15/02/2013 - 07:56

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) do Brasil negou o pedido da Pfizer para estender as patentes de três medicamentos. Com a decisão, caem em domínio público os medicamentos Revatio® (usado para distúrbios cardiovasculares), Revolution® (antiparasitário veterinário) e Relpax® (utilizado no combate de enxaquecas). A decisão foi publicada no Diário da Justiça Electrónico (DJE) no dia 4 de Fevereiro.

A 4ª Turma foi unânime ao aceitar o recurso do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para reformar a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo), que tinha sido favorável ao laboratório, avança o Valor Econômico.

Com a decisão do STJ, prevalecem as datas de vencimento de patentes previstas pelo INPI e não pelo laboratório. Assim, a patente do Revatio® teria vencido em Julho de 2011 e não em Julho de 2012, como pleiteava a Pfizer. Do Revolution®, o fim da validade da patente teria ocorrido em Janeiro deste ano e não Janeiro de 2014, como queria o laboratório. O mesmo ocorreu com o Relpax®, com patente vencida em Outubro de 2010 e não em Agosto de 2013.

A Pfizer informou por nota que não comenta o processo judicial envolvendo as patentes de seus medicamentos. “Contudo, acata a decisão do Superior Tribunal de Justiça e cumprirá todas as suas determinações”.

A farmacêutica também afirmou que o Relpax® não é comercializado no Brasil. Esclareceu ainda que “o vencimento da patente de um medicamento faz parte do ciclo natural de qualquer molécula inovadora no mercado farmacêutico”. E, por último, que “tem-se preparado para o vencimento das patentes dos seus medicamentos há anos, em diversos aspectos relacionados à marca, ao portefólio e ao impacto na companhia como um todo”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário