sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Automedicação mata, mas sua existência é interessante para algumas Indústrias Farmacêuticas, Distribuidoras e Drogarias.


Nota do C&T:
Esta foto é de um panfleto encontrado na recepção de um
 consultório médico em Maceió - AL. Autor não identificado.

Enquanto o Presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais (Abradilan) Sr. Aclair Machado defende uma revisão na RDC 44/10 que exige a prescrição médica para compra de antibacterianos, ou seja, é contra esta resolução que moraliza o mercado de antibióticos, o Brasil comemorou ontem o dia do Farmacêutico com muitos debates, matérias, notas, entre outras formas de manifestações contra a automedicação e a favor da vida, entre outras lutas.
Será que alguns fabricantes e comerciantes de medicamentos não se preocupam com os dados registrados? São inúmeras vidas atingidas pelos efeitos nocivos da automedicação!
A cada 30 minutos um brasileiro recorre a uma instituição do SUS com intoxicação por medicamentos, dados de 2007. São 34.000 casos por ano, 44,47% por tentativa de suicídio. Vale ressaltar que estes registros são apenas do SUS, imaginem se somarmos com os atendimentos da rede privada e dos não assistidos.
O artigo postado neste blog abaixo foi captado no portal do CRF-ES, outras informações relevantes podem ser encontradas lá. Vejam o link se quiserem conferir.
 Nota postada neste blog por Teófilo Fernandes (teofilofernandes@uol.com.br)

Os perigos da Automedicação.
Aos primeiros indícios de um mal estar milhares de pessoas já correm às farmácias. No entanto, embora alguns medicamentos não precisem de receita médica para serem adquiridos, é essencial o bom senso na hora de se automedicar.
No Brasil, segundo dados relativos a 2007, o principal agente de intoxicação humana oficialmente registrado no Sistema Único de Saúde (SUS) são os medicamentos. Dos mais de 34 mil casos de intoxicação por essa causa, 15.119 são referentes a tentativas de suicídio. Os outros 18.909 são casos de pessoas que buscaram no medicamento uma forma de prevenir e tratar doenças ou recuperar a saúde. Dividindo esse número pelos 365 dias do ano, são quase 52 casos por dia, ou seja, um caso oficialmente registrado a cada 30 minutos. E esse número pode ser ainda mais assustador já que esses dados referem-se apenas aos atendimentos pelo SUS.
No Espírito Santo, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde, em 2009 o Centro de Atendimento Toxicológico do Espírito Santo (Toxcen), registrou 3.726 casos de intoxicação por medicamentos. Entre eles, a faixa etária mais acometida foi a de 01 a 04 anos, com 856 ocorrências; seguido dos adultos de 20 a 29 anos, com 648 ocorrências. De 30 óbitos ocorridos em 2009 por intoxicação, cinco foram por medicamentos.
Apesar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamentar a venda dos medicamentos que podem ser adquiridos sem prescrição médica, os casos mostram que a regulamentação não funciona para quem resolve consumi-los inapropriadamente.
Além disso, muitos remédios que só deveriam ser vendidos com receita, ainda são comprados livremente. Embora a fiscalização dos órgãos competentes (Conselhos e Vigilâncias Sanitárias) esteja cada vez mais atuante, ainda há casos em que a ausência do farmacêutico no estabelecimento de saúde leva o consumidor a agir assim, se automedicando, muitas vezes influenciado pela “empurroterapia” praticada no balcão da farmácia.
Outro fator que leva à automedicação é o sistema público de saúde mal estruturado, que não oferece atendimento médico imediato e adequado.
Mal que pode ser evitado
São vários os causadores de intoxicação. Inclusive, as causas acidentais são bastante comuns, envolvendo, geralmente, crianças que por curiosidade ou por apreciar o sabor de certos medicamentos (como alguns xaropes), ingerem as substâncias. Já os erros de administração são os acidentes causados pela troca ou confusão de frascos de remédios, como por exemplo, utilizar um descongestionante nasal ao invés do colírio.
Aos pais, o conselho é não dizer às crianças que os remédios são balas, a fim de ter sua cooperação na hora de medicá-las e as substâncias devem ser mantidos fora do alcance dos pequenos. Já os que utilizam mais de um medicamento, é recomendável criar maneiras de diferenciá-los para não se confundir.
Àqueles que insistem em tomar medicação por conta própria, fica o aviso: “é preciso consciência. A prática, além de levar pacientes às filas de transplantes e diálises, pode criar muitos outros problemas, como as infecções por superbactérias, causadas pelo mau uso de antibióticos. E, em último caso, ainda pode levar à morte”, alertou o presidente do CRF-ES, Dr. Carlos Bragança.
Fonte: Suellen Barone - Assessoria de Comunicação do CRF-ES
Link originário: http://www.crfes.org.br/noticias_19012011_2.html

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