quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Medicamentos Genéricos, sinônimo de livre concorrência ou não?

Nota de C&T: Desde o lançamento dos primeiros medicamentos genéricos no Brasil eu tenho acompanhado este mercado, como ele tem se comportado e forma como a sociedade tomou conhecimento, os métodos de publicidade e outras coisas a mais que não precisamos entrar em detalhe neste momento. No link a baixo podemos observar um artigo  publicado hoje no Jornal do Brasil e como os demais, sempre falha em alguma coisa, por exemplo: dizer que os Genéricos são mais baratos porque não tem investimentos em pesquisas, oxalá fosse este o motivo, medicamentos seriam muito mais baratos do que são os Genéricos. A precificação de um produto se dá por uma série de fatores, entre muitos dois são muito relevantes: Impostos elevados e Investimento de Marketing. Basta observar o patrocínio de um determinado fabricante com o Corinthias, fala-se de R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões). Vai sair de onde este investimento?  Da precificação do produto, do contrário tem algo errado e as autoridades competentes terão que agir com firmeza. No mundo dos negócios não há mágica, dois mais dois são quatro e acabou.
Nada mais relevante no mercado farmacêutico brasileiro, tratando-se de negócios, do que os genéricos, o mesmo ocorre em qualquer país do mundo. Genérico é sinônimo de livre concorrência. No Brasil os resultados foram rápidos e a população entendeu. Outros fatores  merecem discussão posterior, por exemplo: Parcerias público/privadas, reforma tributária que trate medicamento como produto de saúde com carga tributária justa e não como produto de consumo comum, uma ANVISA eficaz na fiscalização das Indústrias com políticas definidas e rígidas com os reincidentes, divulgar as falhas das Indústrias com a mesma ênfase das campanhas pró-genéricos para que a população possa escolher de quem comprar, punir severamente o incentivo à automedicação, acompanhar com rigor as práticas comerciais suspeitas, aumentar o controle sobre a venda de medicamentos tarja vermelha (a exemplo dos antibióticos recentemente), entre outros pontos importantes.
Temos medicamentos similares com preços muitas vezes inferiores aos genéricos. O que a ANVISA, através da CAMED nos explica? O Ministério da Saúde registra produtos sem qualidade? Com doses inferiores ou diferentes das descritas em bula? Muitos similares são produzidos no mesmo tacho dos genéricos e de referência, e aí? Não prestam? São perguntas como estas que a ANVISA precisa responder a sociedade. Porque o Governo Federal controla preço de medicamentos, aliás, único produto com preço máximo (PMC) regulado? Porque o Governo compra um produto da Indústria por R$0,10 (dez centavos) e autoriza a mesma Indústria a vender o mesmo produto em uma farmácia comum por R$ 2,00 (dois reais), este valores são  hipotéticos, mas na realidade é assim que funciona. Medicamento continua muito caro para o consumidor final. Sobre farmácia popular falamos depois.
http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2010/12/30/registro-de-remedios-genericos-cresce-cinco-vezes-em-oito-anos/

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