quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Farmacêutico chama atenção do poder público no tocante a assistência farmacêutica.

Assistência Farmacêutica bem estruturada propicia ganhos na saúde da população
26/10/2011 às 07:00h
Sempre que viajo a cidades piauienses, tenho a curiosidade de, como farmacêutico, procurar as “Assistências Farmacêuticas” dos Municípios visitados. Coloco entre aspas, porque o que muitos municípios assim denominam, em nada parece com o que é preconizado pelo Ministério da Saúde em suas inúmeras publicações da área.
Se a área física difere tanto do que é padronizado, é possível imaginar no que se refere a procedimentos, onde em muitos locais os medicamentos entram e saem sem nenhum registro de sua passagem, muito menos do seu destino, deixando margem para desvios e corrupções.
Medicamento é um insumo de saúde e assim deveria ser tratado. O Estado e o município carecem urgentemente contratar profissionais qualificados para esta função e investir na estruturação dos serviços. Da forma que está, compra-se mal, caro e perde-se parte do que foi comprado.
Não temos a prática de dispensar medicamentos, mas de livrar-se deles entregando a população sem obedecer aos critérios mínimos de dispensação. O paciente deveria deixar a farmácia com o medicamento prescrito, na quantidade exata para realização do tratamento completo e TODAS as informações de como utilizá-los: posologia, duração, horários, principais interações com alimentos e outros medicamentos e o que fazer em caso de surgimento de alguma reação adversa.
Da forma que está, o SUS paga as consultas, os exames que se fizerem necessários e distribui o medicamento (quando tem), e por falta destas informações o medicamento é utilizado de forma errada, não tratando o paciente, expondo-o a intoxicações e perdendo recursos financeiros importantíssimos.
Que nossos administradores exemplem-se em modelos de sucesso, como o adotado pelo estado vizinho do Ceará, que embora muito aquém do ideal, está “anos luz” a nossa frente. Um outro exemplo é a cidade de Ponta Grossa – PR, onde os recursos das três esferas de governo para aquisição de medicamentos são suficientes para o atendimento da população, um indício que os problemas enfrentados no nosso estado, podem também ser administrativos e não somente de financiamento
Publicado por: José Vilmore

Nota de C&T: O brasileiro sabe o que é assistência farmacêutica? O que é um farmacêutico e seu papel na saúde?  Qual é a diferença de um farmacêutico presente em um balcão de drogaria e um farmacêutico de um serviço de assistência farmacêutica? O brasileiro procura os serviços de um farmacêutico na busca de uma melhor qualidade de vida e combate ou controle de sua doença ou se limita apenas ao médico?

2 comentários:

  1. Olá. Estou investigando algumas distribuidoras de medicamentos e tenho constatado que o mercado de medicamentos é uma farsa. A lista de preços da Anvisa é muito maior do que o praticado no comércio. Há uma flagrante omissão do Governo.

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  2. Ratificando a manifestação do Bavaresco, não há dúvida, o Governo é omisso e conivente. Ex: O preço do Brasíndice, que tem como base para maioria dos produtos é o preço autorizado pelo governo que é apenas uma referência de preço máximo ao consumidor (PMC). O preço pago por hospitais, clínicas, os governos e outras instituições, sejam eles para Indústrias ou distribuidores é outro absolutamente diferente, conheço caso de 1.000% de diferença. Mas o consumidor final paga o PMC ou com um desconto não superior a 30%.
    Medicamento Genérico custa para distribuidoras e farmácias 1/3 do que o consumidor paga. Falta esclarecimento, fiscalização por pessoas habilitadas no assunto (comércio de medicamentos), instrumento legal menos benevolente e vergonha na cara das autoridades públicas quando o assunto é moralização. O número de atravessadores ganhando bilhões de reais neste segmento é enorme. Porém, como insumos de saúde, talvez os medicamentos sejam os menos escandalosos. Quando o assunto é diagnóstico, imagens, material, honorários, entre outros a coisa é pior.

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