quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Abbott parte para nova estratégia no mercado.

A Abbott Laboratories informou na quarta-feira que planeja dividir-se em duas empresas de capital aberto, separando a divisão de produtos médicos das operações farmacêuticas baseadas em pesquisas.

A empresa de produtos médicos será constituída pelas atuais divisões de farmacêuticos genéricos, produtos para diagnóstico em laboratório e produtos nutricionais, e vai manter o nome Abbott. A empresa farmacêutica baseada em pesquisas incluirá a carteira da Abbott de produtos farmacêuticos e biológicos e receberá outro nome mais tarde.

A firma de produtos médicos tem cerca de US$ 22 bilhões em receita anual, enquanto a farmacêutica baseada em pesquisas tem quase US$ 18 bilhões. Miles White continuará a ser o presidente do conselho e executivo principal da Abbott, e Richard A. Gonzalez, atual vice-presidente executivo da divisão global de produtos farmacêuticos, será o presidente do conselho e executivo principal da empresa farmacêutica baseada em pesquisas.

A Abbott apresentou queda nos lucros nos últimos trimestres devido a encargos de reestruturação e aquisição, embora também tenha gerado maiores receitas nos últimos tempos. De modo geral, a carteira diversificada da Abbott tem poupado a empresa de alguns problemas que se colocam a outros grandes fabricantes de medicamentos, como a expiração das patentes e a concorrência dos genéricos. A série de aquisições da empresa nos últimos anos visa reduzir sua dependência do anti-inflamatório Humira para o crescimento das vendas.

A Abbott, com sede em Abbott Park, Illinois, divulgou na quarta-feira um lucro de US$ 303 milhões, ou US$ 0,19 por ação, resultado abaixo dos US$ 891 milhões, ou US$ 0,57 por ação de um ano antes. Excluindo itens como os custos de reestruturação e integração das aquisições, os lucros subiram de US$ 1,05 para US$ 1,18 por ação. As vendas saltaram 13% para US$ 9,82 bilhões, refletindo um crescimento de 21% da empresa em mercados emergentes.

Analistas consultados pela Thomson Reuters previam lucro de US$ 1,17 sobre receitas de US$ 9,64 bilhões. A margem operacional caiu de 13,6% para 6,1%.

As vendas de produtos farmacêuticos patenteados, o maior segmento da empresa em receita, subiram 13,5%. O segmento de produtos já estabelecidos, que concentra as vendas de genéricos fora dos Estados Unidos, teve aumento de 22,6% nas vendas. Houve aumento de 12,6% nas vendas de produtos nutricionais e de 11,5% nos produtos para diagnósticos em laboratório.

A empresa também reduziu sua estimativa para os ganhos do ano todo para uma faixa de US$ 4,66 a US$ 4,64 por ação. A projeção anterior, de julho, previa uma faixa de US$ 4,58 a US$ 4,68 por ação.

Fonte: http://online.wsj.com/article/SB10001424052970204618704576640932200965402.html

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