sábado, 10 de maio de 2014

Pfizer se defende das críticas por interesse em adquirir a rival AstraZeneca

Por O Globo | Agência O Globo

LONDRES- A farmacêutica norte-americana Pfizer se defendeu neste sábado das críticas de que sua planejada aquisição da rival AstraZeneca prejudicaria as bases científicas da Grã-Bretanha, dizendo que a solidez das pesquisas do Reino Unido são uma das principais razões para o negócio. A AstraZeneca tem um valor de mercado de cerca de US$ 80 bilhões, enquanto a Pfizer está avaliada em US$ 193 bilhões.

Dado o seu histórico de grandes cortes de empregos em aquisições anteriores, o grupo dos EUA tem sido criticado na Grã-Bretanha, Estados Unidos e Suécia, enquanto avalia seu próximo passo para comprar a AstraZeneca, o que poderia ocorrer com uma oferta na próxima semana. O presidente-executivo, Ian Read, que deve comparecer em dois painéis de legisladores britânicos, nos dias 13 e 14 de maio, disse em um vídeo que o negócio US$ 106 bilhões seria uma situação de "ganha-ganha" para acionistas e a sociedade, e que a fusão das duas empresas de pesquisa seria "fácil".

O acordo sugerido seria a maior aquisição estrangeira de uma empresa do Reino Unido e provocou uma tempestade política na Grã-Bretanha, com o governo buscando compromissos vinculativos para proteger postos de trabalho qualificados e pesquisa científica.

A AstraZeneca, segundo maior grupo farmacêutico do Reino Unido, tem sido frequentemente apontado com um potencial alvo de compra, uma vez que luta contra o fim do prazo de patente de várias drogas que estão entre as mais vendidas, o que gera incertezas sobre o futuro da empresa. Apesar desses problemas, a companhia chamou a atenção devido ao desenvolvimento de algumas drogas experimentais contra o câncer, o que pode ser interessante para a Pfizer, que também enfrentou várias perdas de patentes, entre elas a do remédio contra o colesterol Lipitor.

As duas farmacêuticas conhecem os produtos uma das outras e trabalharam juntas em alguns projetos, como um pioneiro, sobre um novo tipo para o câncer, anunciado na semana passada. Para honrar o negócio, a Pfizer pode usar o dinheiro acumulado por suas subsidiárias no exterior, que se for repatriado para os EUA será altamente taxado

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