domingo, 13 de maio de 2012

Genéricos já detêm 25,4% do mercado brasileiro

08/05/2012 - 10:09

Mercado farmacêutico total, incluindo todas as categorias de medicamentos, também apresentou crescimento

Os medicamentos genéricos alcançaram a marca histórica de 25,4% de participação de mercado no primeiro trimestre de 2012 no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), de Janeiro a Março foram comercializadas 152,8 milhões de unidades, o que representou evolução de 23,5% em relação aos três primeiros meses de 2011. Em valores, as vendas das companhias do sector somaram 2,4 mil milhões de reais contra 1,772 mil milhões de reais aferidos no primeiro trimestre de 2010, consolidando uma alta de 35,4%, avança o Jornal do Brasil.

O mercado farmacêutico total, incluindo todas as categorias de medicamentos, também apresentou crescimento no período. As vendas totais da indústria farmacêutica brasileira apresentaram evolução de 10%, menos da metade do desempenho apresentado pela comercialização de genéricos. O conjunto da indústria registou vendas de 598,7 milhões de unidades entre Janeiro e Março de 2012 contra 544,3 milhões em igual período de 2011, fechando com alta de 10%.

Excluindo a participação dos genéricos do total da indústria, a evolução do mercado foi menor: 6% em unidades. Para o presidente da Pró Genéricos, Odnir Finotti, o indicador reflecte claramente o peso que os genéricos têm hoje na indústria farmacêutica brasileira. “Somos o sector economicamente mais dinâmico da indústria. Seguiremos crescendo nesses patamares e esperamos alcançar 30% de participação de mercado ainda em 2012”, afirma o executivo.

O presidente da Pró Genéricos aponta com optimismo para uma tendência que deverá consolidar-se nos próximos meses: uma maior participação dos genéricos de nova geração na receita do sector. Esses fármacos, de acordo com Finotti, tiveram patente vencida mais recentemente e chegaram há pouco tempo no mercado. “São drogas mais modernas, ainda mais eficazes e por isso possuem maior valor agregado”, explica.

O consumidor brasileiro também tem beneficiando dos genéricos. Desde que os medicamentos chegaram ao mercado brasileiro, em 2001, a população já economizou 26,7 mil milhões de reais em compras com medicamentos. Essa economia é ainda maior quando se observa que a concorrência com os genéricos tem obrigado os medicamentos de referência a reduzirem os seus preços no mínimo e, 30%. “Os genéricos estão entre as maiores conquistas da saúde pública no Brasil. Uma parcela significativa da população compra medicamentos hoje graças aos genéricos”, conclui Odnir Finotti.

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