segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Pfizer recomenda troca de aparelhos da BlackBerry

18/11/2013
A Pfizer, maior companhia farmacêutica do mundo, pretende desfazer-se dos telefones da marca BlackBerry por temer que a companhia possa ir à falência ou interromper os seus serviços. Em memorando interno, a Pfizer orientou os seus empregados que usam aparelhos da marca a comprar um telefone da Apple ou algum modelo que rode o sistema operacional Android, do Google, avança o portal Estadão, citando a agência Bloomberg.


Ao dar a orientação, a farmacêutica citou a queda na participação de mercado da BlackBerry, empresa baseada em Waterloo, no Canadá, e observou que a companhia chegou a oferecer-se para venda. "Em função da queda nas vendas, a empresa está numa situação volátil", disse a Pfizer, a partir da sua sede em Nova Iorque, a empregados, num memorando obtido pela Bloomberg News.


"Recomendamos que os utilizadores dos telefones BlackBerry usem os seus aparelhos e planeiem migrar para um novo modelo quando expirar o contrato normal".

Após anos perdendo clientes para o iPhone, da Apple, e aparelhos que rodam o sistema Android, a BlackBerry está a encontrar dificuldades para evitar a perda de utilizadores.

Segundo dados da consultoria britânica Juniper, a empresa teria vendido 3,7 milhões de smartphones no terceiro trimestre, obtendo receita de menos de 1,6 mil milhões de dólares. No mesmo período, em 2010, a BlackBerry comercializou 12 milhões de aparelhos, com uma facturação de 4,6 mil milhões de dólares.

O novo sistema operacional BlackBerry 10, pensado para iniciar uma retomada da companhia no mercado, recebeu uma resposta morna dos consumidores, e a empresa teve de dar baixa de quase mil milhões de dólares em stocks não vendidos no último trimestre.

A Pfizer tinha 92 mil empregados na sua última prestação de contas anual às autoridades, o que faz dela a oitava maior empregadora entre companhias farmacêuticas baseadas nos EUA e na Europa ocidental, segundo dados compilados pela Bloomberg. O efeito da recomendação da empresa aos seus funcionários, portanto, deve ser sentido pela a marca de smartphones.

Planos de contingência foram desenvolvidos para o caso de a BlackBerry fechar ou não conseguir prover serviços, diz a Pfizer no memorando. "Nós nunca fomos à comunicação social nem falamos sobre os nossos provedores de serviços", disse Joan Campion, porta-voz da Pfizer.

Fracasso

Uma oferta feita em Setembro para a aquisição da BlackBerry por 4,7 mil milhões de dólares foi retirada este mês, provocando um abalo na empresa. Em vez de adquirir a companhia e fechar o seu capital, a Fairfax, maior accionista da BlackBerry, e um grupo de investidores aportaram mil milhões de dólares em títulos para ajudar a recompor o caixa da empresa.

Com a mudança, o ex-presidente da Sybase, John Chen, considerado o responsável por recuperar a empresa de softwares corporativos, foi escolhido para comandar a companhia no lugar de Thorsten Heins.

Num post num blog da empresa em 13 de Novembro, Chen tentou tranquilizar clientes de que a BlackBerry não vai desaparecer. "A BlackBerry tem força financeira para o longo prazo", disse. "Estou confiante de que reconstruiremos a BlackBerry para o benefício de todas as partes interessadas".
 




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