quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Eli Lilly é suspeita de corrupção em quatro países

02/01/2013 - 09:49

A Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos EUA, acusou a farmacêutica Eli Lilly de ter violado a legislação norte-americana contra práticas de corrupção no exterior (FCPA, na sigla em inglês), avança o Valor Econômico.

Segundo a SEC, para “ganhar milhões de dólares”, subsidiárias da empresa fizeram pagamentos “impróprios” a funcionários de governos na Rússia, Brasil, China e Polónia.

Para fechar um acordo e pôr fim à investigação, a Eli Lilly aceitou pagar 29 milhões de dólares à SEC. Para tanto, não admite nem nega as acusações. O acordo precisa de ser aprovado pela Justiça.

No Brasil, segundo a SEC, uma subsidiária da farmacêutica teria permitido que distribuidores pagassem uma propina a funcionários da área de saúde do governo - sem especificar qual - para facilitar vendas de 1,2 milhões de dólares em medicamentos.

O caso principal, segundo a SEC, teria ocorrido na Rússia. A subsidiária da Eli Lilly naquele país teria pago a entidades offshore por “serviços de marketing” para induzir distribuidores de fármacos e entidades governamentais a comprar produtos da empresa.

Segundo a SEC, 2 milhões de dólares teriam sido pagos a uma empresa offshore controlada por um funcionário do governo e outros 5,2 milhões a empresas cujos donos eram próximos de membros do parlamento da Rússia.

A SEC diz que a companhia tinha conhecimento sobre os pagamentos, mas não teria levado a fundo investigações para identificar se eles violavam as leis americanas contra corrupção no exterior.

“Quando uma controladora percebe sinais de um esquema de suborno envolvendo uma subsidiária, deve tomar medidas imediatas para assegurar que a FCPA não está sendo violada”, disse Antonia Chion, directora-adjunta da divisão de fiscalização da SEC

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