quarta-feira, 3 de abril de 2013

Medicamento contra leucemia ganha subsídio do governo

Glivec, que pode custar até R$ 10 mil, será distribuído pelo SUS

BRASÍLIA – No mesmo dia em que a Suprema Corte da Índia rejeitou o apelo da Novartis AG pela proteção da patente de seu medicamento de combate ao câncer Glivec, no Brasil o Ministério da Saúde começa, através do SUS,a distribuir o medicamento na rede pública a preços subsidiados.

Indicado para o tratamento de Leucemia Mielóide Crônica (LMC), o Glivec, fabricado no Brasil pelo laboratório Novartis, é consumido por cerca de 7,7 mil pessoas no País. O medicamento é apresentado em versões de 100mg e 400mg e nas farmácias e drogarias chega a custar cerca de R$ 10 mil a caixa com 30 comprimidos na versão de 400mg.

Pelo acordo firmado entre o governo e o laboratório, o preço de cada comprimido do medicamento nas dosagens de 100mg e 400mg ficou, respectivamente, em R$ 20,60 e R$ 82,40, o que representa um custo de R$ 618 e R$ 2.472 por caixa com 30 comprimidos. Em média, os hospitais pagam R$ 42,50 e R$ 170 pelas dosagens de 100mg e 400mg res.

Na Índia, a decisão da Suprema Corte estabeleceu um precedente legal que não traz bom agouro para companhias estrangeiras com disputas de propriedade intelectual em curso no país, entre elas a Pfizer e a Roche, dizem analistas.

Entre os maiores beneficiários da decisão desta segunda-feira estão as indianas Cipla e Natco Pharma, que já vendem versões genéricas do Glivec na Índia a um décimo do custo do remédio com marca. Mas de 16 mil pacientes usam o Glivec na Índia, a grande maioria dos quais recebem o remédio de graça, disse a Novartis. Em contraste, o Glivec genérico é usado por mais de 300 mil pacientes, de acordo com relatórios da indústria.

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