sábado, 24 de janeiro de 2015

Deputada é promovida para conselheira do Tribunal de Contas mesmo estando sob suspeita de envolvimento em escândalo de desvio de dinheiro público.

Por Teófilo Fernandes

Imagem ilustrativa captada em https://www.facebook.com/humorpoliticobr
É do conhecimento dos mais prudentes que não se deve tirar conclusões antecipadas, assim como é direito de cada cidadão manifestar seu ponto de vista respeitando o direito dos demais cidadãos.

Recentemente durante um horário jornalístico de uma emissora de rádio local, eu pude escutar uma entrevista com o Presidente da Associação Nacional do Ministério Público de Contas (Ampcon) Diogo Ringenberg, entidade representativa dos membros do Ministério Público de Contas junto aos Tribunais de Contas do Brasil, o mesmo entrou com uma representação junto ao Ministério Público Federal para pedir o anulamento da posse da ex-deputada Angélica Guimarães no cargo de conselheira do Tribunal de Contas de Sergipe.

Será que esta medida teve como motivação a publicação na grande mídia dos escândalos que envolvem os membros da Assembleia Legislativa de Sergipe da qual a ex-presidente, agora conselheira do Tribunal de Contas é acusada de  uso indevido de verbas públicas? Alguém tem alguma dúvida que outros fatos semelhantes já aconteceram no Estado de Sergipe? Como se comporta a sociedade sergipana diante de tamanho escândalo assinado em baixo pelo atual governador do Estado quando deu posse a acusada?

O Presidente da Ampcon não falou entre linhas, ele falou muito claro e em bom tom que o processo de nomeação da Deputada Angélica Guimarães não atendeu aos requisitos constitucionais para que a mesma fosse nomeada e tomasse posse, entre tais requisitos ficou claro a falta de conduta ilibada. Como se fossem poucas suas críticas, o referido Presidente afirmou que a deputada não tinha condição “moral” de fazer julgamentos naquela instituição para qual foi nomeada como conselheira, cargo vitalício com alto padrão de remuneração. Foi vergonhoso para qualquer sergipano que se prese ouvir a citada entrevista.

Pode as instituições públicas exigir da sociedade respeito quando nos deparamos com uma acusação tão impactante sobre um servidor de tamanha importância? Não merecia o Poder Executivo também ser indiciado criminalmente caso fique provado que a conselheira acusada de ocupar a função indevidamente já que foi o mesmo que sancionou a lei que a conduziu a esse cargo tão importante?


Batendo na mesma tecla, não me cansarei de afirmar que a maior crise no Brasil e de outras Nações é a falta de ética, de moral e civismo, não só dos políticos, mas principalmente da sociedade que os elegem.

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