sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Grandes Redes de Farmácias chegaram ao Nordeste com força total.

Nota de C&T: Para muitos que pensam que o Nordeste de hoje é o mesmo de 30 anos atrás, segue uma matéria que mostra como o mercado desenvolvido  do Sudeste hoje enxerga positivamente o Nordeste.
Há 10 anos quando fui contratado como Gerente de Contas para o Norte/Nordeste de uma multinacional de grande porte no seguimento farmacêutico  já discutíamos a presença das primeiras células dessas grandes redes na região, o tempo passou e as previsões se concretizaram, hoje o Nordeste é definitivamente uma região atrativa para investimentos, ontem estive em uma recém inaugurada loja da Drogasil em Aracaju, diga-se de passagem uma excelente loja, uma loja de quem acredita no retorno financeiro com segurança.
Investimentos públicos podem chegar de forma rápida e desorganizados, mas para fixar investimentos privado tudo tem seu tempo, é preciso estudo, segurança no que está fazendo e certeza de retorno.
O Nordeste é a região que oferece aos investidores radicalizados em outras regiões oportunidades de pelo menos manterem seus resultados positivos ao contrário dessas regiões que estão saturadas ou caminhando para isso. (Teófilo Fernandes).

17/10/2014 - 05h00 | Atualizado em 17/10/2014 - 09h11

Drogarias vão acirrar a disputa pelo mercado no Nordeste























Setor de medicamentos.Rede de farmácias cearense, a bandeira Pague Menos, que lidera na região e hoje detém mais de 10% do mercado nacional, deve sentir o aumento da concorrência
Fellipe Aquino

SÃO PAULO - Após redes de supermercados e shopping centers anunciarem a expansão para o Nordeste, o setor farmacêutico também se prepara para acirrar a disputa por esse mercado. O motivo é o aumento do poder de compra da população, além do crescente interesse pelos produtos de beleza.
Com investimento em novas unidades e centros de distribuição, redes do Sudeste agora buscam uma fatia do mercado e o movimento deve afetar a rede de farmácias cearense Pague Menos, que lidera na região e hoje detém mais de 10% do mercado nacional. O Grupo DPSP, que detém as drogarias São Paulo e Pacheco, é um exemplo e desde o ano passado tem ampliado as operações na Bahia e no Recife.
Criada há três anos, após a fusão das marcas - que têm operações separadas -, a companhia já soma ao menos 25 lojas em Salvador, onde está com a Drogaria São Paulo. "Tínhamos presença muito forte na Região Sudeste, predominantemente em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Agora, começamos a atuar em outras praças para ter abrangência nacional, em médio e longo prazo", disse ao DCI o presidente da DPSP, Gilberto Martins Ferreira.
Com a projeção de fechar o ano com 140 novas lojas das duas marcas, além de 560 novos pontos de venda até 2018, ele afirmou que o foco da companhia está no Nordeste e também Centro-Oeste, onde a DPSP passou a atuar com a Drogaria Pacheco. "No ano passado entramos em Goiânia [GO]. Este ano, no Distrito Federal". Hoje, a empresa soma com as duas marcas ao menos 900 lojas em operação - todas próprias.

Modelo regional
De acordo com ele, o varejo farmacêutico tem migrado de um modelo regional para o nacional. E a companhia investe em um crescimento orgânico, que se tornou mais interessante economicamente, já que o Grupo pode ser mais seletivo na hora de abrir uma nova loja. "Nosso mercado é extremamente competitivo. E a preocupação está principalmente na capacitação dos funcionários, que exige uma atenção maior já que estamos falando de saúde".
Ao mirar na crescente classe C da Região Nordeste, Ferreira destaca que as mulheres são maioria nas unidades das redes. Tanto que 30% do faturamento do Grupo já correspondem às vendas do segmento de beleza e estética. "Mesmo com um tíquete médio baixo, a categoria possui um volume de vendas importante", conclui.
Questionado sobre a possível venda do Grupo para a empresa CVS - líder do setor nos Estados Unidos -, que estaria disposta a comprar a companhia por R$ 4,5 bilhões, o executivo disse que as informações não passam de especulação.
Vale lembrar que em fevereiro do ano passado, a CVS comprou a brasileira Onofre, que também negava as negociações. "Temos uma empresa sadia e extremamente capitalizada, além de muito assediada por fundos de investimentos. Mas não pensamos nisso agora."

Investimento
Com mais de 1.045 lojas - 60% em São Paulo - a RaiaDrogasil é outra companhia que investirá na Região Nordeste. Com seis centros de distribuição (CD), em quatro estados da federação, a empresa irá construir um CD para atender a crescente demanda em Pernambuco.
"Será a primeira unidade na região e deverá ser aberta em Recife. Hoje, Nordeste é abastecido pelo CD de Goiânia", ressalta o presidente da RaiaDrogasil, Marcílio Pousada.
Presente em 14 estados, ele diz que os investimentos da companhia estão direcionados para o Nordeste, onde a marca atua com um modelo que atende principalmente às classes B e C. O aumento de renda e o crescimento da taxa de envelhecimento nas cidades nordestinas foram destacados pelo executivo. "São os principais vetores de vendas para nós. Além disso, até o momento não tivemos problemas com isso na região, muito pelo contrário."
Com projeção de abrir mais 130 lojas este ano, Pousada afirma que ao menos 80 já foram inauguradas e as outras 50 devem entrar em operação até dezembro. "O mais difícil no processo é achar o ponto e fechar o contrato, mas isso já fizemos."
De acordo com ele, as duas redes controladas pela companhia - Droga Raia e Drogasil - têm apresentado crescimento, mas cada uma em seu mercado de atuação. Nascidas no Sudeste, a Droga Raia cresce com mais força na Região Sul, onde tem forte atuação em Curitiba (PR). Já a Drogasil está bem posicionada nos estados do Centro-Oeste e no Nordeste.
"Isso acontece por conta do posicionamento das redes, definido quando houve a fusão das marcas. A Drogasil como estava muito bem estabelecida no sul de Minas Gerais, logo estrategicamente achamos melhor subir com a marca para os outros estados", afirmou.

Liderança
Na contramão dos concorrentes está a Pague Menos. Nascida na Região Nordeste, a companhia diz ser a única do varejo de medicamentos "com presença em todo o território nacional", como informou o presidente da marca, Deusmar Queiróz.
Conforme o executivo, agora os investimentos da companhia estão direcionados para o Centro-Oeste, onde recentemente foi inaugurado um centro de distribuição que irá abastecer a região, o Sudeste e o Sul do País. "Esse é o maior CD de medicamentos da América Latina, com 400 mil metros cúbicos de armazenagem", afirmou.
Com perspectivas de crescer 18% este ano, Queiróz contou que ao menos 80 novas lojas devem ser abertas até o final de 2014, sendo a projeção de terminar o ano com 730 unidades. "Vamos sair de um faturamento de R$ 3,8 bilhões em 2013 para R$ 4,4 bilhões este ano", revelou. Para 2015, a intenção da rede é de chegar a 830 unidades.
Outra aposta da rede são produtos de marca própria, que correspondem a 5% do faturamento. A categoria de produtos de beleza e higiene tem crescido a uma taxa de 20% ao ano. Já a venda de medicamentos tem crescido menos, 15% ao ano


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