quinta-feira, 20 de março de 2014

Álcool, velocidade e direção. Não é fatalidade

É preciso acabar com a hipocrisia

“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

Fatalidade = aquilo que não se consegue evitar. Ultimamente muita gente vem usando esta palavra quando ocorre algum acidente com morte, principalmente no trânsito de Aracaju.

Na última quinta-feira, 13, mais uma morte na curva do Palácio de Veraneio, local que este espaço sempre defendeu a colocação de radares e lombadas eletrônicas. Quando elas existam no local o número de acidentes reduziu em muito.

O que chamou a atenção neste último acidente foi que em entrevistas no enterro do jovem, em Lagarto, alguns amigos disseram que foi uma “fatalidade”. Não foi. O blog respeita a dor da família e dos amigos, mas lembra que álcool e velocidade não combinam com direção. E neste caso o acidente não é uma fatalidade: é algo que poderia ser evitado e não foi.

Pelo amor de Deus. É preciso acabar com a hipocrisia e lembrar que anualmente perdem-se centenas de jovens e outros milhares ficam paraplégicos em todo país, por conta do álcool, velocidade e direção.

É preciso que as leis continuem duras. Que as multas sejam mais fortes. Que as prisões sejam rotineiras. Infelizmente, para alguns a conscientização só chega quando o bolso é atingido.

E por favor, deixem de lado a palavra fatalidade quando o acidente envolver álcool e velocidade. É o destino inevitável de quem deixou a vida de lado.

(Artigo original de Cláudio Nunes que... Desde maio de 2006, tem um blog no Portal Infonet. Atua no jornalismo de Sergipe há mais de 15 anos, passando pela Gazeta de Sergipe, Jornal da Manhã, Diário de Aracaju, TV Sergipe e Jornal do Dia. Radialista e jornalista, em dezembro de 2006 publicou o livro "Liberdade da Expressão".)


 

 

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