sábado, 3 de novembro de 2012

Subsidiar remédio para funcionários é estratégia que ganha impulso no Brasil

Hoje, mais de dois milhões de pessoas já usufruem no Brasil do PBM - Programa de Benefício em Medicamentos; setor acredita que esse número pode crescer até dez vezes em cinco anos.

Embora ainda não seja tão comum quanto o ticket-refeição ou o plano de assistência médica e odontológica, o PBM (Programa de Benefício em Medicamentos) já é oferecido a muitos funcionários de grandes empresas brasileiras. Hoje, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM (PBMA), cerca de dois milhões de pessoas já recebem este benefício das empresas onde trabalham. “Fora do Brasil, em países mais desenvolvidos, os empregados já estão acostumados a isso. Aqui, as empresas estão começando a compreender as vantagens de aderir ao PBM e a população a reconhecer sua importância”, diz Luiz Monteiro, presidente da PBMA.

Ele acredita que, em muitos casos, o funcionário consegue um bom atendimento médico, realiza os exames necessários e obtém o diagnóstico e a prescrição para o tratamento medicamentoso, mas deixa de fazê-lo por falta de recursos financeiros. Com o subsídio que o benefício oferece (em algumas empresas, pode chegar a 100% do valor dos remédios), os funcionários têm mais chances de seguir corretamente o tratamento, reduzindo o nível de absenteísmo e aumentando a produtividade da empresa. “O funcionário saudável rende mais e falta menos. Por outro lado, a empresa diminui os índices de sinistralidade e também os custos com saúde”, defende Monteiro.

A empresa que adota o PBM pode oferecê-lo de duas maneiras aos seus funcionários: Desconto em Folha (o crédito oferecido pela empresa para a compra do remédio é deduzido do salário do funcionário); ou Subsídio de Medicamentos (a empresa participa financeiramente sobre o valor dos medicamentos). Atualmente, a primeira opção é a mais utilizada pelas empresas. De acordo com a PBMA, cerca de 80% das empresas do país preferem descontar o benefício do holerite dos empregados. Porém, é crescente o número de empresas que co-participam do custeio das receitas médicas, aderindo nesses casos a formas mais modernas de gestão e controles possibilitados pelas PBMs.

“Acreditamos que dentro de cinco anos teremos um número muito maior de empresas que oferecem PBM aos seus funcionários, aumentando a população de beneficiados para 20 milhões em todo o país”, diz Monteiro. Para o presidente da PBMA, um dos fatores que pode contribuir ainda mais para esse crescimento é a criação pelo governo de incentivos fiscais para os empregadores, a exemplo do PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador. “Dentro deste possível cenário, subiria consideravelmente o número de empresas interessadas em oferecer PBM aos seus funcionários, apontam pesquisas realizadas por empresas do setor”, conclui Monteiro.

PBMA - A Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM foi criada em 2011 pelas quatro maiores empresas do setor: ePharma, Funcional, Orizon e Vidalink. Aqui no Brasil, o PBM (Programa de Benefício em Medicamentos) passou a ser difundido há, aproximadamente, 12 anos. Mas o conceito surgiu na década de 1980, nos Estados Unidos, onde já existem 200 milhões de beneficiários, atualmente. Originalmente, PBM é a sigla para Pharmacy Benefit Management.

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