quinta-feira, 1 de setembro de 2011

União de gigantes do varejo farmacêutico no Brasil

Redes de drogarias São Paulo e Pacheco negociam fusão
União criaria maior cadeia de farmácias do País e seria uma resposta à recente fusão da Drogasil com a Droga Raia
A Drogaria São Paulo está em negociações com a Pacheco, rede de farmácias com sede no Rio de Janeiro, para unir as operações das duas varejistas de medicamentos, segundo informaram fontes próximas às empresas ao iG.

Com a união, as redes assumiriam de volta a liderança do varejo farmacêutico.

No início de agosto, a Drogasil uniu-se à Droga Raia, passando a ser a maior cadeia de farmácias do País. Juntas, a Raia e Drogasil apresentam uma receita bruta anual de R$ 4,1 bilhões (se consideradas as vendas das varejistas em 12 meses até março deste ano).

Cerca de 500 das 700 lojas da Drogasil e da Raia estão localizadas no Estado de São Paulo, onde a participação de mercado das duas marcas passou a ser de 18,5%.

O varejo farmacêutico sempre foi fragamentado no País, com uma forte presença de pequenas drogarias independentes de bairro. E as redes existentes, além de serem regionais, ainda são em sua maioria controladas por grupos familiares, alguns deles com problemas de sucessão.

Competição com os hipermercados

O ambiente de negócios vem se alterando rapidamente no comércio de medicamentos. Os grandes hipermercados, como Walmart, Extra e Carrefour, aceleraram a expansão de suas próprias drograias nos últimos anos, o que forçou as tradicionais cadeias do setor, antes rivais, a se unirem para enfrentar os gigantes competidores estrangeiros.

O Grupo Pão de Açúcar, dono do Extra, por exemplo, dobrou as vendas no setor farmacêutico nos últimos três anos. Com 153 drogarias, o grupo iniciará um projeto de remodelagem das lojas após ter implementado, com sucesso, um projeto-piloto em cinco unidades. O número de intens por unidade vendidos crescerá de 7 mil para 9 mil.

Fundada há 68 anos, a Drogaria São Paulo começou a ver a sua liderança ameaçada em São Paulo. Em junho de 2010, a empresa já havia tomado medidas para defender sua posição com a aquisição da rede Drogão, quarta maior rede de farmácias de São Paulo.

Com um faturamento em torno de R$ 2,5 bilhões no ano passado, a Drogaria São Paulo passou neste ano a ficar bem atrás da varejista resultante da fusão da Drogasil com a Droga Raia e não conseguiria compensar a diferença apenas com um crescimento orgânico (com a abertura de lojas).
Fonte: http://economia.ig.com.br/empresas/comercioservicos/redes+de+drogarias+sao+paulo+e+pacheco+negociam+fusao/n1597185566070.html

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