segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Será que o Brasil está preparado do ponto de vista ético para ser um dos maiores mercados farmacêutico do mundo?


“Em 2015, Brasil deve assumir 6ª posição no mercado farmacêutico”

O IMS Health, empresa que audita o mercado farmacêutico mundial, divulgou recentemente o estudo IMS Pharma Review, que analisou o cenário global e nacional do setor, e estipulou que, em 2015, a previsão é de um mercado de R$ 110 bilhões e o Brasil deve aparecer na 6ª colocação em relação ao consumo mundial.
Em 2005, o consumo nacional ocupava a 10ª colocação global. Em 2010, com um mercado avaliado em cerca de R$ 62 bilhões, o Brasil subiu três posições e atingiu a 7ª posição geral.
Dois aspectos chamaram atenção no levantamento: o aumento da porcentagem de mercado dos genéricos e similares no país; e o crescimento mais acentuado de países emergentes, entre eles o Brasil, em relação às nações maduras.
Segundo o estudo, enquanto os medicamentos referência cresceram a uma taxa média de 7,19% nos últimos quatro anos, os similares avançaram 18,69% e os genéricos 28,67%. Se analisado apenas o ano de 2011, os números chamam ainda mais atenção. Enquanto os medicamentos referências devem crescer 8,02%, os similares devem avançar 22,04% e os genéricos 38,44%.
Além disso, o estudo constatou que os medicamentos referência sofreram rápida erosão de market share após a entrada dos genéricos e similares. O Lipitor (atorvastatina), por exemplo, que é o medicamento mais vendido do mundo, sete meses após a queda da patente já havia perdido cerca de 30% de mercado para os genéricos. Outro bom exemplo é o Viagra (sildenafila), que dez meses após a queda da patente já tinha perdido cerca de 75% do mercado para os genéricos.
O maior crescimento do mercado farmacêutico dos países emergentes em relação aos mercados maduros é o segundo ponto que chamou atenção no estudo. No Brasil, segundo o levantamento, este processo ocorreu basicamente sustentando pelo forte crescimento do PIB e devido à queda do desemprego e consequente aumento de renda da população. Com isso, se formou uma classe C muito consistente, que é responsável aproximadamente por 42% do consumo de medicamentos do país.
Segundo o diretor de marketing do laboratório Teuto, Ítalo Melo, o crescimento do poder de compra da classe C e a diminuição dos preços dos medicamentos, graças ao advento dos genéricos, são aspectos fundamentais para a saúde da população brasileira
Ele conta que o crescimento do poder de compras ampliou o acesso a medicamentos, e esse avanço vai de encontro ao crescimento das indústrias de medicamentos genéricos, mostrando que esta classe de fármacos tem se mostrado essencial para o bem-estar, qualidade de vida e saúde da maior parcela da população.
A diminuição da taxa de desemprego também se refletiu no aumento da cobertura dos planos de saúde privados, o que resultou, de 2003 até 2010, em um crescimento de cerca de 85% no consumo de drogas de alto custo. Estima-se que de 2003 para 2010 o número de vidas cobertas por planos de saúde tenha saltado de 32 para 46 milhões.

Fonte: http://saudeweb.com.br/24181/em-2015-brasil-deve-assumir-6-posicao-no-mercado-farmaceutico/

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