segunda-feira, 19 de março de 2012

Porta-Voz do governador do Distrito Federal chama de "patética" denuncia contra Agnelo Queiróz.

Nota de C&T: Começo também a admitir que trata-se de uma ação patética. Duvido que alguém tenha coragem de fiscalizar a ANVISA com a mesma ótica (propinas da IF para liberação de registros) nos seus últimos vinte anos, principalmente a partir da lei de genéricos. Enquanto a ANVISA for palco de políticos tudo poderá acontecer.

Agnelo é acusado de receber R$ 50 mil para liberar licenças para grupo farmacêutico.
Em nome do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiróz, seu porta-voz, Hugo Braga, chamou de “patética” a denúncia de que ele teria recebido propina em favor de um grupo farmacêutico investigado por fraudes e falsificação de remédios.
O hoje governador teria embolsado R$ 50 mil da Hipolabor em troca de um registro que permitia a venda de medicamentos para o poder público em 2010, ano em que Agnelo deixou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para concorrer ao Palácio do Buriti.
Ontem, o Ministério Público Federal distribuiu o caso a um de seus procuradores, que terá 30 dias para decidir se abre inquérito para investigar a denúncia revelada na Operação Panaceia.
Em uma das páginas de uma agenda apreendida na empresa está escrito "Agnelo" ao lado de "50.000". Em outra página, a do dia 30 de maio, a anotação diz "Agnelo: .50".
Ao R7, o porta-voz do governador, Hugo Braga, classificou a denúncia de “patética, absurda, sem sentido”. Ele disse que as suspeitas “são frágeis” porque o papel apreendido se trata apenas de uma “anotação à caneta com o nome ‘Agnelo’, sem sobrenome”.
- Não se sabe se é o governador nem se essa anotação foi feita antes da busca e apreensão porque não houvperícia no documento.
Ele também desqualificou a denúncia, que partiu da Polícia Civil de Minas Gerais, que “responde a um governo do PSDB”, o que justificaria “motivação política”.
- Eles [os policiais] não têm a mínima noção de como funciona a Anvisa.
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Braga disse que Agnelo apenas ratificou a avaliação do órgão, que para conceder o certificado teria feito uma “rigorosa inspeção”. Ele diz que o documento de certificação começa na Anvisa estadual, “que faz uma inspeção no laboratório para saber se o medicamento cumpre todos os regulamentos. Depois ele envia um relatório técnico para a Anvisa nacional, que checa o estudo documentado. Se estiver tudo certo, a área técnica manda um parecer para seu diretor homologar, concedendo o certificado”.
- Não tem sentido falar em propina por uma assinatura que já seria dada de qualquer jeito.
Um vídeo que está sendo examinado pela Procuradoria Geral da República mostra um lobista de outra indústria farmacêutica acusando o governador de receber outros R$ 50 mil para liberar licenças. A Anvisa informou que vai decidir nos próximos dias se abre uma nova investigação para apurar irregularidades nessas concessões.

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