Nota de C&T:
Fico preocupado com a idéia do Ministro Padilha, quando o mesmo afirmou que se precisa de uma nova fonte fixa de recursos para saúde do tipo CPMF. Não é possível que o Congresso Nacional entre nesta de criar outra fonte de recurso para saúde. A CPMF deixou de ir para os cofres públicos, mas não deixou de ser cobrada da sociedade. Nenhuma empresa que tinha essa taxa embutida nos preços de seus produtos a retirou quando foi extinta.
Outra preocupação é a forma como o Ministro avalia a satisfação da população com o atendimento no SUS. “A grande crítica da população não é sobre o atendimento que recebeu, mas sobre a demora,” disse o Ministro.
Será que o Ministro está pensando que o povo está satisfeito com o a qualidade do serviço?
Como pode um povo avaliar a qualidade de um serviço se poucos sabem o que é um serviço de qualidade? Infelizmente o povo perdeu a noção do que é qualidade no atendimento.
Caso a sociedade não se posicione, este governo será a continuidade da falta de respeito com a saúde do povo como tem acontecido nos últimos 20 anos.
Postado por: Teófilo Fernandes.
Ministro quer recursos fixos para a saúde
Alexandre Padilha apontou quatro prioridades para o setor.
Em entrevista, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) defendeu uma fonte de financiamento estável para a área e disse que tratará o aborto como um problema de saúde pública. Ele prometeu ainda dar mais verbas para os municípios que avançarem mais.
Pergunta - O orçamento atual é suficiente para financiar a saúde?
Resposta - Sou daqueles que acreditam que é possível fazer mais com o que temos. Combinado com isso, não tenho dúvida de que o país, governadores, prefeitos, Ministério da Saúde, Congresso, vão sim ter de discutir uma forma de financiamento estável. É fundamental a aprovação da regulamentação da emenda constitucional nº 29, porque ela diz claramente quanto União, Estados e municípios têm de investir em saúde e o que caracteriza investimento na área.
P - Para isso tem de aprovar uma fonte nova de recursos, no modelo da extinta CPMF?
R - Comparando o que o Brasil investe em valor per capita com outros países, investimos menos do que outros. Defendo que tenhamos um mecanismo que garanta financiamento estável para a saúde. A fonte dos recursos é um debate para o Congresso, governadores, prefeitos.
P - O sr. assumiu uma área que, no governo Lula, foi a mais criticada por falta de avanços. O que aconteceu?
R - Teve uma série de avanços. Um grande exemplo foi o Samu, que fez com que em oito anos se universalizasse o serviço de urgência e emergência. Agora, nosso grande desafio é ter mais avanços. O primeiro é que esse ministério tem de ter uma obsessão única: unir todas as ações para o acesso ao serviço de saúde. A grande crítica da população não é sobre o atendimento que recebeu, mas sobre a demora. Queremos criar um indicador nacional de garantia de acesso que seja uma linha de base para a pactuação entre União, Estados e municípios.
P - A ideia é premiar quem atingir as metas?
R - Premiar, pactuar ações em cima desse indicador e induzir com os recursos o alcance dessas metas.
P - Estados e municípios que não cumprirem metas vão sofrer alguma sanção?
R - Prefiro trabalhar com indução. Não quero prejudicar a população desses Estados. Quem alcançar as metas tem de ser premiado.
P - Quais são suas principais ações no ministério?
R - Prefiro trabalhar com indução. Não quero prejudicar a população desses Estados. Quem alcançar as metas tem de ser premiado.
P - Quais são suas principais ações no ministério?
R - Quatro são compromissos que a presidente assumiu ao longo da campanha: implantar a rede cegonha, que vai acompanhar a gestante desde a gestação até o parto; 500 UPAs [unidades de pronto-atendimento]; um programa de enfrentamento, prevenção, tratamento e reinserção social dos usuários de crack no país e a ampliação dos medicamentos gratuitos. E eu colocaria, também, a melhoria da gestão na saúde.
P - Como o sr. vê a questão da legalização do aborto? Defende mudança na legislação?
R - É um problema de saúde pública no país. Meu esforço principal é que qualquer mulher que chegue no serviço de saúde, com problemas, seja acolhida, independentemente das crenças religiosas ou posições morais. Defendo cumprir a lei que já existe.
Por Folhapress
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