Nota C&T: Longe de mim qualquer comentário fazendo juízo sobre o proprietário e profissional farmacêutico da farmácia abaixo citada, se trata de um problema das autoridades responsáveis, porém uma coisa precisa ficar clara; esta prática continua em larga escala por todo o país.
Conheço todas as capitais e grandes cidades do Norte e Nordeste, em todas ocorrem em larga escala pelo menos uma das infrações cometida pela farmácia citada, me refiro a falta do profissional farmacêutico no estabelecimento.
O número de PDVs de medicamentos no Brasil é alto e desnecessário, inclusive de muitas grandes redes, as autoridades (tributárias e sanitárias) precisam ser mais rigorosas na hora de conceder licenças de funcionamento e fiscalizar mais as que já têm. É muito comum a ausência permanente ou temporária do profissional farmacêutico nos PDVs.
Outras irregularidades além da ausência do farmacêutico precisam ser corrigidas, entre elas destaco as de fundo econômico e sanitária. Muitas farmácias estimulam com pagamento de comissões e até cobertura de metas de vendas de produtos diversos (medicamentos) aos balconistas para que clientes acabem adquirindo produtos sem necessidade e promovendo dessa forma a automedicação.
O que não falta é serviço para Vigilância Sanitária, CRF, Polícias e Procon de todos os Estados da Federação.
Vigilância Sanitária fecha farmácia que funcionava sem farmacêutico em Campo Grande
De Priscilla Peres
A Drogaria Tamandaré já havia sido interditada em dezembro passado, segundo os fiscais |
A farmácia Tamandaré, localizada na Avenida Tamandaré, em Campo Grande, foi interditada pela segunda vez na manhã desta quarta-feira (05), por não ter um farmacêutico responsável no local.
A Polícia Civil realizou uma fiscalização nessa manhã e constatou que o farmacêutico responsável pela farmácia não estava no local. Por regra toda farmácia é obrigada a contratar um farmacêutico e que o profissional cumpra expediente integral.
A Vigilância Sanitária interditou novamente a farmácia até que o proprietário apresente um profissional responsável.
O dono da farmácia, Joaquim Jorge de Alencar, 50, foi encaminhado para a delegacia e irá responder a processo administrativo sobre exercício ilegal da profissão, que se condenado poderá ser preso e ter a farmácia fechada.
Será feito um laudo de infração contra a farmacêutica que atualmente responde pelo local. Ela será notificada e responderá a processo de ética, junto ao CRF (Conselho Regional de Farmácia), onde será penalizada, segundo a fiscal da entidade, Giovana Bellucci.
O delegado que cuida do caso, Adriano Garcia, afirmou que as acusações mais graves contra Joaquim de Alencar surgiram por meio de denúncias de médicos.
Ele explica que em julho de 2010, uma criança de seis anos teria ido até a farmácia para tomar uma determinada injeção e após ser medicada teve contra indicações e foi para o posto de saúde da região, onde os médicos constaram a irregularidade, já que a farmácia aplicou um medicamento sem orientação médica.
Já em setembro, ocorreu um caso parecido, quando um homem tomou uma injeção na farmácia sem saber de qual medicamento se tratava e sem prescrição médica, sentiu dores posteriormente e foi encaminhado para o mesmo posto de saúde, onde os médicos fizeram uma nova denúncia.
Joaquim Jorge de Alencar não admite que tenha aplicado as injeções. Em um livro de registro das injeções da farmácia Tamandaré, a última injeção aplicada em pacientes ocorreu em outubro de 2010.
A farmácia já havia sido fechada no período de 23 de novembro à 13 de dezembro do ano passado por não ter farmacêutico responsável. O proprietário se adequou e reabriu a farmácia.
Participam do caso, a Vigilância Sanitária, a Polícia Civil, o Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (PROCON) e o Conselho Regional Farmácia.
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