Novo medicamento da AstraZeneca (Brilinta®) garante ser mais eficaz na redução da mortalidade e ataque cardiaco quando comparado a Clopidogrel (Plavix e outros)

Novo medicamento reduz em até 20% mortes por ataque cardíaco

20/06/2011 - 09:12

Ticagrelor foi mais eficaz que o tratamento actual tanto em pacientes jovens quanto naqueles acima dos 75 anos

Uma em cada cinco mortes por ataque cardíaco poderia ser evitada se o novo medicamento ticagrelor fosse usado como tratamento padrão. A afirmação é de investigadores da University of Sheffield, no Reino Unido. Os resultados do estudo com mais de 18 mil doentes ao redor do mundo revelam que o fármaco ticagrelor foi mais efectivo do que o tratamento actual com clopidogrel na redução da mortalidade e de ataque cardíaco tanto em doentes jovens quanto naqueles acima dos 75 anos, avança o portal ISaúde.

O ticagrelor foi disponibilizado no mercado britânico em Dezembro de 2010, mas ainda não foi adoptado na maior parte do Reino Unido devido aos custos do sistema. O clopidogrel tem um custo muito baixo, pois está disponível em formulários genéricos, enquanto o ticagrelor é mais caro, com um custo de cerca de 55 libras por mês. No entanto, o custo excessivo do fármaco é compensado, em certa medida, pela sua maior eficácia, que reduz a necessidade de operações cardíacas.

Um dos problemas com o clopidogrel é que cerca de um quarto das pessoas no Reino Unido têm uma variante genética que reduz o efeito da droga. Um sub-estudo foi publicado confirmando que doentes tratados com clopidogrel que têm como uma variante genética têm um risco ligeiramente maior no primeiro mês após ataque cardíaco, mas o ticagrelor não é afectado por esta variante e ainda é mais eficaz do que o clopidogrel, independentemente da constituição genética do doente.

Um efeito secundário comum de ticagrelor é uma sensação de falta de ar que normalmente é leve e bem tolerada. Segundo os investigadores, mesmo os doentes que desenvolvem esse efeito secundário ainda parecem ter risco reduzido de mortalidade em comparação com doentes tratados com clopidogrel. Outra análise, também conduzida pelo professor Robert Storey, mostrou que doentes que desenvolveram dispneia de ticagrelor não apresentam quaisquer problemas em testes cardíacos ou pulmonares, tranquilizando sobre a natureza benigna da falta de ar relacionada a ticagrelor.

O próximo passo dos investigadores é avaliar se o medicamento continua a oferecer benefício um ano após um ataque cardíaco. Esta questão será abordada pelo estudo PEGASUS, iniciado recentemente no Reino Unido e em muitos outros países, recrutando doentes que estão dentro de dois anos de concluir o seu curso de um ano de tratamento após um ataque cardíaco.

Fonte: http://www.rcmpharma.com/actualidade/medicamentos/novo-medicamento-reduz-em-ate-20-mortes-por-ataque-cardiaco_234

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