sexta-feira, 17 de junho de 2011

A corrida para lançar produtos oncológicos entre Indústrias Farmacêuticas nos EUA e Europa é grande.

Novos medicamentos oncológicos chegam primeiros aos EUA do que à Europa
17/06/2011 - 12:02
Um estudo publicado quinta-feira na revista Health Affairs sugere que novos medicamentos oncológicos geralmente chegam ao mercado dos EUA vários meses antes de ficarem à venda na Europa. Comentando o estudo, a directora do Centro de Pesquisa e Avaliação de Medicamentos da FDA (entidade que regula os medicamentos nos EUA), Janet Woodcock, disse que a entidade "não está numa corrida com outras agências reguladoras", mas disse que as conclusões deste estudo podem ajudar a dissipar um "mito urbano" de que os EUA estão rotineiramente a ficar para trás em relação à Europa sobre as decisões de aprovação de novos fármacos, avança o site FirstWord.
Investigadores do grupo Friends of Cancer Research analisaram os tempos de revisão regulamentar para 35 novos medicamentos oncológicos aprovados nos EUA, na Europa ou em ambos os mercados, entre 2003 e 2010. Segundo a análise, a FDA aprovou 32 novas terapias contra o cancro durante esse período, em comparação com 26 aprovados pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Durante este período, 23 fármacos oncológicos foram avaliados pelos órgãos reguladores em ambas as regiões e todos entraram no mercado dos EUA, segundo o estudo. Os investigadores observaram que as farmacêuticas geralmente apresentaram os seus medicamentos primeiro à FDA, e que o período de revisão pelo órgão regulador dos EUA foi geralmente mais curto - uma média de 182 dias - do que na Europa - quase 350 dias.
Woodcock comentou que a "revisão de medicamentos oncológicos pela FDA é eficaz. É rápida. Os verdadeiros problemas estão nos programas de desenvolvimento científico e incertezas científicas" sobre como tratar o cancro.
Os autores do estudo concluíram que os resultados mostraram a necessidade de o Congresso dos EUA financiar adequadamente a FDA. "O forte apoio público e do Congresso é desesperadamente necessário para a FDA continuar esta tendência e melhorar o seu fundamento científico", disse Ellen Sigal, presidente do grupo Friends of Cancer Research.

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