Nota de C&T:
Não faz muito tempo que postamos neste Blog um artigo publicado em diversos jornais do Brasil e outros meios de comunicações sobre a quebra de patente do Glivec® e o acordo feito entre o Ministério da Saúde e o Laboratório Novartis fabricante deste medicamento. Naquela oportunidade fizemos uma nota alertando a sociedade para acompanhar as promessas dos gestores público.
Não é muito raro gestores afirmarem que medidas visando a melhoria do serviço foram tomadas e na realidade não observamos nada, quando não fica pior.
Não querendo ser pessimista, mas a decisão de negociação direta do Ministério da Saúde com o fabricante pode ser a causa da falta do produto no HC paranaense. Está mais do que provado que a centralização de algumas negociações não funciona bem.
Prezado leitor, estamos falando de um medicamento que custa muito caro para aquisição direta pelo paciente (R$12.000,00) e não é para tratar pacientes com uma doença simples, estamos falando de pacientes com câncer. Dá para pararmos e pensarmos se cada um de nós chegasse para pegar o produto no local indicado e fosse informado que não tem o produto nem previsão para chegar? Só sabe o que é isso quem tem um caso em casa como eu tive com um filho.
Esta gente não sofre nenhuma punição? São falhas como esta que nos leva a acreditar que o Brasil precisa de um choque de moralidade.
Postado por Teófilo Fernandes.
Pacientes do HC com câncer estão sem medicação
Por Leonardo Coleto
Pacientes do Hospital de Clínicas (HC), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que fazem tratamento contra câncer, estão desde quarta-feira da semana passada sem receber o medicamento de uso controlado Glivec 400mg. A medicação é vital, pois controla o crescimento das células cancerígenas no corpo. A falta preocupa a família de Levito Piovezan, 47 anos, que não tem condições de comprar o remédio no sistema particular. A caixa de Glivec com 30 unidades custa cerca de R$ 12 mil.
Dafini Piovezan, filha de Levito, conta que a preocupação começou na semana passada, quando a família foi ao HC buscar o remédio para esse mês. “Mensalmente pegamos uma caixa com 30 comprimidos, que dá exatamente para um mês. Dessa vez, porém, fomos buscar e não tinha. O pessoal do hospital não soube nos informar a razão dessa falta”, relata. De acordo com ela, os profissionais não deram, inclusive, previsão de quando o medicamento chegaria. “Trata-se de um remédio controlado e que não pode falhar. Ele já está há três dias sem tomar”, ressalta Dafini.
Residentes e médicos do próprio hospital recomendaram atenção à família sobre a importância da continuidade do medicamento. “Os médicos falaram que não poderíamos interromper o tratamento. Estamos lidando com um remédio que meu pai vai ter que tomar a vida toda, sem falhar um dia sequer. É um sentimento horrível saber que ele não está tomando”, diz.
Dafini Piovezan, filha de Levito, conta que a preocupação começou na semana passada, quando a família foi ao HC buscar o remédio para esse mês. “Mensalmente pegamos uma caixa com 30 comprimidos, que dá exatamente para um mês. Dessa vez, porém, fomos buscar e não tinha. O pessoal do hospital não soube nos informar a razão dessa falta”, relata. De acordo com ela, os profissionais não deram, inclusive, previsão de quando o medicamento chegaria. “Trata-se de um remédio controlado e que não pode falhar. Ele já está há três dias sem tomar”, ressalta Dafini.
Residentes e médicos do próprio hospital recomendaram atenção à família sobre a importância da continuidade do medicamento. “Os médicos falaram que não poderíamos interromper o tratamento. Estamos lidando com um remédio que meu pai vai ter que tomar a vida toda, sem falhar um dia sequer. É um sentimento horrível saber que ele não está tomando”, diz.
De novo
Essa não é a primeira vez que pacientes que fazem tratamento com Glivec no HC sofrem pela falta do medicamento. Em setembro do ano passado o HC informou que houve um atraso no pregão nacional feito pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento, do Ministério da Educação. Além desse, em maio de 2007, o déficit no pagamento do medicamento quase deixou permanentemente os pacientes do HC sem o Glivec. O problema foi solucionado posteriormente pelo Ministério da Saúde.
Repasses
Questionado, o HC informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que, por se tratar de um hospital público federal, a administração está esperando o governo federal liberar os recursos do orçamento para 2011, para então comprar os remédios. Segundo o HC, são gastos, mensalmente, R$ 300 mil para compra dos remédios para 120 pacientes que fazem esse tratamento. Se o problema se prolongar, o hospital afirmou que irá tomar providências para que os pacientes não fiquem sem o remédio.
Essa não é a primeira vez que pacientes que fazem tratamento com Glivec no HC sofrem pela falta do medicamento. Em setembro do ano passado o HC informou que houve um atraso no pregão nacional feito pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento, do Ministério da Educação. Além desse, em maio de 2007, o déficit no pagamento do medicamento quase deixou permanentemente os pacientes do HC sem o Glivec. O problema foi solucionado posteriormente pelo Ministério da Saúde.
Repasses
Questionado, o HC informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que, por se tratar de um hospital público federal, a administração está esperando o governo federal liberar os recursos do orçamento para 2011, para então comprar os remédios. Segundo o HC, são gastos, mensalmente, R$ 300 mil para compra dos remédios para 120 pacientes que fazem esse tratamento. Se o problema se prolongar, o hospital afirmou que irá tomar providências para que os pacientes não fiquem sem o remédio.
Isso é o cumulo, o governo nao ta nem ai pros pacientes. Quem é que tem condiçoes pra comprar o Glivec?
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