segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Fábrica da Baxter Médico-Farmacêutica na Irlanda com níveis elevados de endotoxinas em alguns lotes de soluções de diálise peritoneal

Nota C&T:
O fato ocorreu na Irlanda, mas com a globalização não estamos totalmente isentos. Cabe pelo menos atenção.
Casos na Irlanda

Infarmed alerta que médicos devem avaliar diálise nos doentes devido a risco de peritonite asséptica

24.01.2011 - 15:25 Por Lusa
A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) recomendou aos médicos que avaliem a realização da diálise peritoneal nos doentes, tendo em conta o risco de peritonite asséptica devido à possível presença de endotoxinas no tratamento.
Foram detectados durante a realização de testes de rotina na fábrica da Baxter Médico Farmacêutica na Irlanda níveis elevados de endotoxinas em alguns lotes e, após condução de uma investigação, verificou-se a existência de problemas em dois dos dez tanques utilizados na linha de produção das soluções de diálise peritoneal (Dianeal, Extraneal e Nutrineal).

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) foi informada pela Baxter Médico-Farmacéutica que o problema da presença de endotoxinas nas soluções de diálise peritoneal – Dianeal, Extraneal e Nutrineal – não se encontra ainda resolvido, pelo que, neste momento, esta unidade fabril encontra-se encerrada.

“Apesar do número de lotes potencialmente afectados ser reduzido, existe o risco de desenvolvimento de peritonite asséptica. No entanto, não é possível efectuar a recolha dos lotes no mercado, tendo em conta a não existência de alternativas terapêuticas e o risco de complicações clínicas associado à interrupção do tratamento”, refere o Infarmed numa circular publicada no site oficial.

Para garantir o fornecimento destes medicamentos, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde está a analisar a autorização de importação de soluções fabricadas noutros países.

Mas até à substituição total dos lotes no mercado, o Infarmed recomenda aos médicos para avaliarem a situação de cada doente e ponderarem a continuação da realização da diálise peritoneal tendo em conta o risco de peritonite asséptica.

“Os médicos devem considerar as alternativas disponíveis dependendo do tipo de solução e de diálise que o doente se encontra a realizar”, aconselha ainda.

Por outro lado, os doentes que se encontrem a fazer diálise peritoneal com uma destas soluções devem contactar o seu médico para avaliação da necessidade de alteração do tratamento.

“Os doentes e os médicos devem estar alerta para o aparecimento de sinais e sintomas que possam sugerir o desenvolvimento de uma peritonite asséptica, tais como o aparecimento de efluentes turvos visível no saco de recolha da drenagem, dor abdominal, náuseas, vómitos e eventualmente febre”, acrescenta.

Todos os casos suspeitos de peritonite asséptica devem ser notificados ao Infarmed ou à Baxter Médico-Farmacêutica.

O Comité de Medicamentos para Uso Humano já iniciou uma avaliação de todo o processo de fabrico das soluções de diálise peritoneal da Baxter nesta fábrica.

Foram detectados durante a realização de testes de rotina na fábrica da Baxter na Irlanda níveis elevados de endotoxinas em alguns lotes e, após condução de uma investigação, verificou-se a existência de problemas em dois dos dez tanques utilizados na linha de produção das soluções de diálise peritoneal.

De acordo com a Baxter, já se encontram em produção novos lotes e a substituição gradual de todos os lotes deverá estar concluída em Março de 2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário