Nota C&T: Considero importante que cada brasleiro acompanhe algumas manifestações dos gestores públicos, acompanhá-las e compará-las no tempo. Na época do acordo do Ministério da Saúde firmado com a Novartis, que barateou o preço do Clivec, provavelmente a Indústria prevendo no futuro a perda de patente, adiantou a negociação e todos ficaram bem na fita.
“O Superior Tribunal de Justiça (STJ) antecipou a quebra da patente do remédio Glivec. A data de vencimento, agora, será no dia 3 de abril de 2012. Antes, o prazo estabelecido era março de 2013” (Fonte: http://www.acessemed.com.br/v1/2010/10/27/glivec-tera-generico/)
Isso significa que outros laboratórios poderão produzir o mesmo medicamento (similar ou genérico).
O então Ministro da Saúde José Gomes Temporão, afirmou no final do primeiro semestre de 2010 que teria negociado com o fornecedor. "O Ministério vem fazendo grande esforço para mudar sua política de compras. Ano passado, economizamos algo em torno de 165 milhões. E este acordo fechado agora com a Novartis permitirá uma economia de, no mínimo, R$ 400 milhões em dois anos e meio. Isto nos possibilita aperfeiçoar políticas, incorporar novos medicamentos e melhorar a remuneração para as ações de atenção ao câncer. Foi um acordo muito difícil e demorado, mas que traz resultados importantes para o Brasil, para o Ministério da Saúde e para as pessoas que dependem deste medicamento para recuperar a saúde", disse Temporão.
Naquela mesma época também foi confirmado, que a partir de Janeiro 2011 as compras de Glivec passariam a ser feitas centralizadas pelo Governo Federal, o que certamente melhorará o poder de negociação. Até aí, nada fora da lei de mercado que é soberana e isso aprendemos ao longo do tempo.
O que C&T que afirmar é; não há bonzinhos neste mercado, o que existe é estratégia comercial eficiente. Afirma-se, principalmente no meio rural, “que é melhor perder no boi do que perder o boi todo”. Parabéns a Novartis que não perdeu tempo. Porque esperar chegar um Genérico ou um Similar para baixar o preço? Melhor foi garantir um excelente contrato até chegar o concorrente direto e depois partir para briga com prestígio e parceria com o Governo Federal.
Os Genéricos e Similares transformaram o mercado e ainda farão muito mais nesta década.
Os Genéricos e Similares transformaram o mercado e ainda farão muito mais nesta década.
Portarias do Ministério da Saúde fixam valores inferiores aos estabelecidos em junho de 2010
Duas portarias do Ministério da Saúde, que já entraram em vigor, fixam valores inferiores aos estabelecidos em junho de 2010. No caso da quimioterapia para o tratamento da LMC em fase crônica, o valor caiu de R$ 3.175 para R$ 2.489.
Segundo o ministério, a tabela de valores sofreu uma readequação, pois os hospitais passaram, desde o ano passado, a pagar menos pelos remédios usados no tratamento, resultado de um acordo fechado entre a pasta e os laboratórios. Um exemplo citado é o preço do Glivec, fabricado pelo laboratório Novartis, que caiu pela metade.
De janeiro de 2011 a dezembro de 2012, cada comprimido de Glivec sairá por R$ 20,60, contra R$ 42,50 pagos em 2009. O medicamento é usado para tratar aproximadamente 7,5 mil pacientes com LMC e um tipo de câncer gastrointestinal.
O governo federal garante que os pacientes e as instituições não sofrerão prejuízo com a mudança. No entanto, a medida gerou críticas da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH). Para o presidente da entidade, Carmino de Souza, os novos valores são insuficientes para viabilizar um tratamento adequado aos portadores da doença.
— Esse valor não dá para pagar a quimioterapia. Doentes vão deixar de receber remédios. As instituições não têm condições de arcar — disse à Agência Brasil.
A associação solicitou uma audiência ao novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para pedir a revisão das portarias. A ABHH estima em 4,5 mil os novos casos de LMC por ano no país. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é de aproximadamente 12 mil novos casos de linfomas por ano.
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