quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Preço do Glivec, fabricado pelo laboratório Novartis, caiu pela metade. Para o SUS.

Nota C&T: Considero importante que cada brasleiro acompanhe algumas manifestações dos gestores públicos, acompanhá-las  e compará-las no tempo. Na época do acordo do Ministério da Saúde firmado com a Novartis, que barateou o preço do Clivec, provavelmente a Indústria prevendo no futuro a perda de patente, adiantou a negociação e todos ficaram bem na fita.
“O Superior Tribunal de Justiça (STJ) antecipou a quebra da patente do remédio Glivec. A data de vencimento, agora, será no dia 3 de abril de 2012. Antes, o prazo estabelecido era março de 2013” (Fonte: http://www.acessemed.com.br/v1/2010/10/27/glivec-tera-generico/)
Isso significa que outros laboratórios poderão produzir o mesmo medicamento (similar ou genérico).
O então Ministro da Saúde José Gomes Temporão, afirmou no final do primeiro semestre de 2010 que teria negociado com o fornecedor. "O Ministério vem fazendo grande esforço para mudar sua política de compras. Ano passado, economizamos algo em torno de 165 milhões. E este acordo fechado agora com a Novartis permitirá uma economia de, no mínimo, R$ 400 milhões em dois anos e meio. Isto nos possibilita aperfeiçoar políticas, incorporar novos medicamentos e melhorar a remuneração para as ações de atenção ao câncer. Foi um acordo muito difícil e demorado, mas que traz resultados importantes para o Brasil, para o Ministério da Saúde e para as pessoas que dependem deste medicamento para recuperar a saúde", disse Temporão.
Naquela mesma época também foi confirmado, que a partir de Janeiro 2011 as compras de Glivec passariam a ser feitas centralizadas pelo Governo Federal, o que certamente melhorará o poder de negociação. Até aí, nada fora da lei de mercado que é soberana e isso aprendemos ao longo do tempo.
O que C&T que afirmar é; não há bonzinhos neste mercado, o que existe é estratégia comercial eficiente. Afirma-se, principalmente no meio rural,  “que é melhor perder no boi do que perder o boi todo”. Parabéns a Novartis que não perdeu tempo. Porque esperar chegar um Genérico ou um Similar para baixar o preço? Melhor foi garantir um excelente contrato até chegar o concorrente direto e depois partir para briga com prestígio e parceria com o Governo Federal.

Os Genéricos e Similares transformaram o mercado e ainda farão muito mais nesta década.



Portarias do Ministério da Saúde fixam valores inferiores aos estabelecidos em junho de 2010


A partir deste mês, hospitais e entidades conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) vão receber menos pelo tratamento de pacientes com câncer no sangue (leucemia mieloide crônica-LMC) e linfomas malignos.

Duas portarias do Ministério da Saúde, que já entraram em vigor, fixam valores inferiores aos estabelecidos em junho de 2010. No caso da quimioterapia para o tratamento da LMC em fase crônica, o valor caiu de R$ 3.175 para R$ 2.489.

Segundo o ministério, a tabela de valores sofreu uma readequação, pois os hospitais passaram, desde o ano passado, a pagar menos pelos remédios usados no tratamento, resultado de um acordo fechado entre a pasta e os laboratórios. Um exemplo citado é o preço do Glivec, fabricado pelo laboratório Novartis, que caiu pela metade.

De janeiro de 2011 a dezembro de 2012, cada comprimido de Glivec sairá por R$ 20,60, contra R$ 42,50 pagos em 2009. O medicamento é usado para tratar aproximadamente 7,5 mil pacientes com LMC e um tipo de câncer gastrointestinal.

O governo federal garante que os pacientes e as instituições não sofrerão prejuízo com a mudança. No entanto, a medida gerou críticas da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH). Para o presidente da entidade, Carmino de Souza, os novos valores são insuficientes para viabilizar um tratamento adequado aos portadores da doença.

— Esse valor não dá para pagar a quimioterapia. Doentes vão deixar de receber remédios. As instituições não têm condições de arcar — disse à Agência Brasil.

A associação solicitou uma audiência ao novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para pedir a revisão das portarias. A ABHH estima em 4,5 mil os novos casos de LMC por ano no país. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é de aproximadamente 12 mil novos casos de linfomas por ano.
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&section=Geral&newsID=a3166063.htm 

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