Nota de C&T:
Como pode 50% das prescrições (receita médica) de antibióticos serem incorretas ou desnecessárias? Não estamos falando de automedicação, este é outro problema sério.
Podemos dizer que muitos médicos não sabem prescrever medicamentos para seus pacientes? O que podemos fazer? Talvez cobrar mais das autoridades envolvidas neste assunto.
Lutemos pelo uso racional de medicamentos. Medicamento não pode ser tratado como um produto qualquer.
Novos antibióticos
Por: Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação CRF-SP
O governo dos Estados Unidos, preocupado com uma iminente crise de saúde pública, anunciou que pretende oferecer incentivos ao setor farmacêutico do país, tais como ampliação do prazo das patentes e benefícios fiscais. A medida visa incentivar a indústria a desenvolver novos antibióticos capazes de combater as chamadas superbactérias, resistentes ao uso dos medicamentos que hoje existem para tratar infecções.
Anualmente, morrem cerca de 100 mil americanos de infecções hospitalares, muitas delas resistentes a diversos antibióticos. O Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina (MRSA) - a superbactéria mais conhecida - agora mata mais americanos por ano que a aids.
Ao mesmo tempo em que o problema avança, um número considerável das grandes companhias do setor abandonaram esse campo na busca de medicamentos mais lucrativos. Com exemplo disso, de 2003 a 2007, o FDA aprovou apenas cinco novos antibióticos. No período compreendido entre 1983 a 1987 foram 16. Atualmente, apenas cinco dos 13 maiores laboratórios ainda procuram descobrir novos antibióticos.
O reduzido arsenal mundial contra as "superbactérias" levou os cientistas a alertar que as infecções dos dias atuais poderão se tornar novamente uma das principais causas de morte, como eram antes do advento da penicilina.
Ação do CRF
Um dos fatores que mais contribui para o agravamento desse problema é o uso abusivo e inadequado dos antibióticos. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que cerca de 50% das prescrições no mundo são incorretas ou desnecessárias.
Desde 2009, a campanha “Uso racional de antibióticos e combate à resistência bacteriana” do CRF-SP, já atuou em várias frentes promovendo debates, palestras e orientações à população sobre as formas corretas de utilizar os medicamentos antimicrobianos.
Neste mês, o CRF-SP promove um ciclo de palestras em 24 cidades do interior do Estado de São Paulo e irá abordar o tema: “Perspectivas para a atuação do farmacêutico”. O evento faz parte do XI Encontro Paulista de Farmacêuticos, em homenagem ao Dia do Farmacêutico (20 de janeiro) e aos 50 anos do CRF-SP. Entre os principais temas abordados estão os esclarecimentos sobre a Resolução RDC 44/10 que trata do controle dos antibióticos, os riscos da automedicação e a orientação dos farmacêuticos quanto aos cuidados na dispensação de medicamentos.Fonte: CRF-SP.
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