Nota de C&T:
Os assuntos tratados hoje em Brasília, entre o Conselho Nacional de Saúde e Ministro da Saúde Alexandre Padilha são da maior importância. A sociedade não precisa esperar só pelos conselhos e outros representantes. O povo pode fortalecer estes movimentos de diversas formas, tais como: dialogando com colegas, amigos, parentes, igreja, grupo social, comunidades diversas, entre outras formas de luta, inclusive explorando o quanto puder este mundo virtual.
É um absurdo proibir um homossexual de doar sangue. Não tem o menor cabimento oficializar este preconceito. O Ministério da Saúde conhece a intimidade das mulheres e homens heterossexuais, dos bissexuais, entre outros? É preciso punir com rigor este crime contra a cidadania.
Postado por Teófilo Fernandes, teofilofernandes@uol.com.br e http://twitter.com/#!/edsonteofilo
Ministro ouve prioridades do Conselho Nacional de Saúde
26 de janeiro de 2011 • 13h13
Na primeira reunião do Conselho de Saúde, na manhã desta quarta-feira em Brasília, os conselheiros manifestaram o que consideram ser as prioridades para a área da saúde no País. Diante do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os participantes do Conselho defenderam políticas para a saúde da mulher e dos homossexuais, o reforço do Sistema Único de Saúde (SUS), soluções contra a demora no atendimento nos hospitais, entre outras propostas.
Maria de Lourdes Rodrigues, da Liga Brasileira de Lésbicas, defendeu a pactuação de programas pela saúde do segmento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis) e protestou contra resoluções que proíbem que homossexuais doem sangue. Luiz Augusto Facchini, da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), demonstrou preocupação com o acesso à rede pública de saúde. Para ele, os gastos públicos devem ser direcionados aos problemas cruciais da população. Facchini afirmou que as parcerias público-privadas devem ser debatidas e que serviços filantrópicos devem ser implementados em universidades para o atendimento pelo SUS. Outro problema levantado por Facchini foi a depressão pós-parto, um "problema sistêmico tanto para as mulheres ricas quanto para as pobres", defendendo a articulação de políticas pela saúde da mulher com os programas federais de combate à miséria.
A saúde da mulher também pautou a fala de Maria do Espírito Santo Tavares, representante da Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. Ela afirmou que os profissionais devem ser preparados para tratar a mulher "não apenas como um ser reprodutivo, mas integral". O conselheiro Luiz Anibal Vieira Machado, da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, demonstrou preocupação com o tempo de espera dos pacientes pelo atendimento em hospitais e com a chamada ambulancioterapia, ou seja, o envio de pacientes de um município para outro, com mais condições de oferecer serviços de saúde. Ele também defendeu a informatização de todas as unidades sanitárias.
Abrahão Nunes da Silva, representante da Central de Movimentos Populares, defendeu o reconhecimento do diploma de estudantes de Medicina formados fora do País. "Estudar em Cuba, por exemplo, foi a forma que muitos filhos de pobres, de camponeses, encontraram para estudar. Há uma dificuldade em criar uma norma concreta que não complique a vida desses estudantes. Não pedimos nenhum benefício, apenas o reconhecimento do diploma", disse Abrahão.
Entre as outras propostas defendidas estiveram o regime de carreira única do SUS e políticas específicas para o tratamento de pessoas com síndrome de Down e autismo.
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