Estadão
Fonte original: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2013/10/19/seis-ficam-feridos-em-protesto-na-raposo-tavares.htm
Em Sorocaba
Seis pessoas foram feridas por balas de
borracha durante protesto de ativistas dos direitos dos animais contra o
Instituto Royal na rodovia Raposo Tavares, em São Paulo. A PM deteve quatro
manifestantes do grupo Black Bloc por dano ao patrimônio público - dois deles
por atear fogo em um carro da Polícia Militar e dois por causarem danos a um
carro da polícia rodoviária. Um veículo da TV TEM, afiliada da Rede Globo, foi
apedrejado e depois incendiado.
O conflito começou justamente quando
representantes dos ativistas negociavam com a PM a ida de uma comissão até a
frente do Instituto Royal.
Uma liminar
impede que os manifestantes se aproximem do prédio, invadido nessa sexta
por dezenas de ativistas, que retiraram 178 cães da raça beagle, usados como
cobaia para testes de medicamentos.
Policiais
da Tropa de Choque faziam um cordão de isolamento e foram empurrados pelos
black blocs. Eles reagiram disparando bombas de gás e tiros com bala de
borracha contra a multidão. Uma jornalista de "O Globo" foi ferida.
Cerca de mil pessoas se aglomeravam em frente ao bloqueio.
A Tropa de Choque
da PM usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar o
grupo de mascarados que ateou fogo em dois veículos, um deles da
Polícia Militar. Os bombeiros foram acionados e o fogo já foi controlado.
A rodovia foi
bloqueada e manifestantes mascarados foram ao local para engrossar um protesto
de ativistas, que até então era pacífico.
Um dos ativistas
que está no local, Fabio Chaves, disse que a polícia está soltando bombas e que
ainda há muita fumaça no local. "Os mascarados que estão próximos aos
carros incendiados não são do grupo de defensores dos animais", afirma.
"Infelizmente, a situação perdeu completamente o controle. Não há mais
clima de manifestação", escreveu Chaves em seu site, onde está postando em
tempo real sobre o ato.
O empresário Silvio Roberto da Cunha, 51,
discutiu com black blocs depois que eles incendiaram os veículos. "Era um
movimento pacífico e os vândalos conseguiram dispersar a manifestação com mais
eficiência que a própria polícia. Eles desvirtuaram o nosso ato", disse.
Também ativista, a dona de casa Rosana Natali
Piñol, 38, contou que a apresentadora Luísa Mel falava com os ativistas por
meio de um megafone quando a Polícia Militar jogou uma bomba de gás. Segundo
ela, após os policiais lançarem o artefato, os black blocs que já estavam no
local se revoltaram e atearam fogo nos veículos.
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