Reuters
Por
Eric Kelsey e Jonathan Alcorn
LOS ANGELES, 28 Out (Reuters) -
Conrad Murray, o médico pessoal de Michael Jackson que foi condenado por
homicídio culposo por administrar uma dose letal de anestésico ao cantor, foi
solto de uma prisão de Los Angeles nesta segunda-feira depois de cumprir metade
da pena de quatro anos.
Murray foi libertado diante de
seus representantes, disse o porta-voz da polícia de Los Angeles Steve Whitmore
logo após Murray deixar a cadeia local. A medida foi tomada como parte de um
plano do Estado da Califórnia para reduzir a superlotação das prisões.
O julgamento de seis semanas de
Murray chamou a atenção mundial depois que Jackson, em preparação para uma
série de concertos em Londres, morreu inesperadamente em 2009, aos 50 anos.
Repórteres esperaram do lado de
fora da prisão em que estava Murray, mas ele saiu por uma saída alternativa,
longe da vista do público. Alguns fãs de Jackson também estavam presentes, um
dos quais tocava músicas do álbum de 1982 "Thriller", disco mais
vendido de todos os tempos com mais de 50 milhões de cópias vendidas.
A morte de Jackson provocou
manifestações de apoio ao "Rei do Pop", depois de anos de má
publicidade decorrente de seu comportamento cada vez mais estranho e um
julgamento por abuso sexual infantil em que ele foi absolvido. Hoje, ele é a
celebridade morta de maior rendimento no mundo, segundo a Forbes.
Os promotores argumentaram com
sucesso que Murray, contratado pela promotora de shows AEG Live como clínico
geral de Jackson, foi negligente na administração de propofol, medicamento
usado para ajudar o cantor a dormir.
Murray, de 60 anos, foi
condenado em 2011 por homicídio culposo --ou morte não intencional-- e recebeu
a pena máxima de quatro anos.
A defesa de Murray alegou que
Jackson tinha injetado sozinho o poderoso anestésico. Um tribunal de apelações
da Califórnia ainda tem de ouvir os argumentos orais na tentativa de Murray
para derrubar sua condenação.
"Ele está preparado para
continuar lutando enquanto for preciso", disse a advogado de Murray,
Valerie Wass, antes da libertação de seu cliente.
A AEG Live foi absolvida no
início deste mês, em uma ação civil movida pelos filhos e a mãe de Jackson
acusando a empresa de negligência na contratação do cardiologista. O júri,
nesse caso, considerou que Murray agiu além do papel para o qual foi
contratado.
Wass disse que o médico quer
praticar a medicina novamente após deixar prisão.
A licença de Murray para a
prática foi suspensa na Califórnia, Nevada e Texas, Estados onde ele trabalhava
antes da morte de Jackson. Sua licença no Havaí venceu em 2010.
Murray manteve o nome nas
manchetes durante o tempo na prisão, divulgando mensagens às vezes incoerentes
para a mídia e concedendo entrevistas por telefone ao vivo para programas de TV
dos EUA
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