domingo, 27 de outubro de 2013

Pessoas saudáveis não devem tomar aspirina de forma preventiva

25/10/2013
Uma das mais amplas análises já feitas sobre o assunto, encomendada pelo Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS National Health Service), aconselha que pessoas saudáveis não usem aspirina para evitar ataques cardíacos ou cancro, avança o Diário da Saúde, citando a BBC.

O levantamento da literatura científica sobre o assunto concluiu que o medicamento não deve ser consumido em doses diárias até que sejam levantadas mais provas de seus eventuais benefícios e riscos.

A aspirina faz com que o sangue fique menos espesso e, por isso, reduz os riscos de formação de coágulos que podem causar um ataque cardíaco ou derrame.

Várias pesquisas já sugeriram que a aspirina pode diminuir o risco de alguns tipos de cancro.

Por outro lado, vários outros estudos concluíram que tomar aspirina de forma preventiva pode causar mais mal do que bem.

Isso tem levado a discussões infindáveis sobre as possíveis vantagens do uso de aspirinas por pessoas saudáveis.

Diante de novos questionamentos sobre o assunto, o NHS pediu a uma equipa da Universidade de Medicina de Warwik que avaliasse todos os estudos científicos sobre os efeitos do medicamento.

Riscos de sangramentos 

Segundo os investigadores, recomendar a aspirina para evitar ataques cardíacos e derrames "causaria danos, devido ao aumento do potencial de sangramentos".

Quanto à prevenção do cancro, os investigadores avaliam que as provas não são fortes o suficiente para que se chegue a uma conclusão, mas os testes com aspirina feitos actualmente darão resultados mais claros nos próximos cinco anos.

"Os riscos estão em um equilíbrio delicado e, no momento, não há provas para aconselhar as pessoas a tomar (o remédio)", diz Aileen Clarke, que liderou a análise na Universidade de Medicina de Warwik.

"Seria óptimo falar que pessoas acima dos 50 anos devem tomar uma aspirina por dia e terão menos casos de cancro, mas a pesquisa ainda não foi concluída e devemos ser cautelosos.

"Temos que ser extremamente cuidadosos com a promoção em excesso da aspirina", acrescentou a investigadora.
 

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