Estudo
acompanhou mulheres que usaram Tenofovir durante a gestação e seus bebês
RIO - A exposição à droga anti-HIV tenofovir não causa
efeitos colaterais como defeitos congênitos, anormalidades de crescimento ou
problemas renais em crianças nascidas de mulheres africanas HIV positivo, de
acordo com um estudo realizado por uma equipe de pesquisadores internacionais
publicados no “PLoS Medicine” desta semana.
Os pesquisadores analisaram dados coletados em grávidas e
bebês de Uganda e do Zimbábue que tomaram o antirretroviral durante a gravidez
no programa Desenvolvimento de Terapia Antirretroviral na África (DART, na
sigla original), um grande estudo controlado aleatório que comparou diferentes
abordagens de monitoramento em mais de três mil adultos. Como parte do estudo,
os pesquisadores coletaram dados de qualquer grávida do projeto, incluindo os
remédios que tomavam e os bebês foram acompanhados até os 4 anos.
A maioria das mulheres que engravidou estava (e
continuou) tomando uma combinação de drogas anti-HIV, incluindo tenofovir, e de
226 nascimentos vivos, os pesquisadores registraram que não houve aumento na
proporção de crianças que morreram logo após o nascimento (3%) ou tiveram
defeitos congênitos (3%), comparando quem teve exposição ao coquetel de
medicamentos com quem não tomou os remédios.
De 182 crianças sobreviventes acompanhadas no estudo, 14
morreram, dando ao primeiro ano o índice de mortalidade de 5%, similar aos 2%
de mortalidade infantil normalmente vista na região e muito abaixo dos índices
de bebês nascidos de mães infectadas e sem tratamento. Além disso, os
pesquisadores descobriram que nenhum dos bebês eram HIV positivo e nenhuma
fratura de osso ou problemas de rins ocorreram durante o acompanhamento.
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